Pelo menos 10 pessoas
morreram devido à tempestade que atingiu a cidade brasileira do Rio de Janeiro
entre a noite de segunda-feira e a madrugada de hoje, avançou a imprensa
brasileira.
Sete das vítimas estavam na zona
sul, sendo que três pessoas foram encontradas mortas dentro de um táxi em
Botafogo, outras três perderam a vida no morro da Babilónia, no bairro Leme, e
uma outra vítima mortal foi encontrada na zona da Gávea.
Na zona oeste da cidade do Rio de
janeiro morreram três pessoas, duas em Santa Cruz e outra no Jardim Maravilha, de acordo
com o portal de notícias G1.
De acordo com dados da plataforma
"Alerta Rio", da prefeitura do Rio de Janeiro, o volume de chuva
acumulado em apenas quatro horas na noite de segunda-feira foi 70% superior ao
esperado para todo o mês de abril em alguns locais.
O município mantém-se em estado
de crise - o mais alto numa escala de três - desde as 20:55 de segunda-feira
(mais quatro horas em Lisboa).
Dezenas de carros foram
arrastados e o pavimento de calçadas foi arrancado pela força da água em
algumas zonas da cidade. Há ainda registo de queda de árvores e um troço de uma
ciclovia cedeu.
O prefeito da cidade, Marcelo
Crivella, cancelou as aulas nas escolas e universidades municipais e também
pediu aos "cariocas" que evitem sair de casa.
Durante uma conferência de
imprensa em que fez um balanço da situação, o prefeito disse não ter orçamento
para lidar com a prevenção de emergências, como a chuva intensa que caiu no Rio
de Janeiro.
"Temos milhares de famílias
que vivem em áreas de risco, temos 750 mil buracos de esgoto que precisam de
ser limpos constantemente, mas os recursos para isso são pequenos. Dependemos
de parcerias com o Governo federal", afirmou Marcelo Crivella.
A zona sul, onde estão
localizados os distritos turísticos de Ipanema e Copacabana, foi uma das mais
afetadas, bem como a Barra da Tijuca, Jacarepaguá e outros bairros localizados
a oeste da cidade.
O Sistema "Alerta Rio"
informou que hoje à noite a chuva começa, gradualmente, a perder intensidade,
passando de moderada a fraca.
Jornal de Notícias | Foto Reuters
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