Pequim, 03 abr (Lusa) - A
economia chinesa vai crescer 6,3%, este ano, e 6,1%, em 2020, previu hoje o
Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD), dentro da meta estabelecida por
Pequim, e apesar das disputas comerciais com os Estados Unidos.
Na atualização do relatório Asian
Development Outlook (Perspetivas para o Desenvolvimento Asiático), o
economista-chefe do BAD, Yasuyuki Sawada, considerou que a economia chinesa
"permanece forte".
Em 2018, a economia da China
cresceu 6,6%, o ritmo mais lento dos últimos 28 anos.
Para Sawada, a incerteza causada
pela guerra comercial com os EUA poderá prolongar o abrandamento económico, mas
as medidas promovidas por Pequim, como reduções no imposto sobre rendimento ou
nas contribuições para a segurança social, contribuíram para diminuir o efeito
da menor subida dos salários e impulsionar o consumo.
O relatório analisa um total de
45 países asiáticos vinculados à instituição, uma região que, no conjunto, deve
crescer 5,7%, em 2019, e 5,6%, em 2020.
Em março, o Governo chinês
estabeleceu como meta para 2019 um crescimento económico "entre 6% e
6,5%".
Trata-se de um ritmo ligeiramente
abaixo daquele alcançado no ano anterior, mas ainda assim entre os mais rápidos
do mundo.
Na segunda metade do ano passado,
China e EUA aumentaram as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de
dólares de produtos de cada um.
O presidente norte-americano,
Donald Trump, exige que a China ponha fim a subsídios estatais para certas
indústrias estratégicas, à medida que a liderança chinesa tenta transformar as
firmas do país em importantes atores em atividades de alto valor agregado.
Washington quer também mais
acesso ao mercado, melhor proteção da propriedade intelectual e o fim da
ciberespionagem sobre segredos comerciais de firmas norte-americanas.
JPI // EA
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