@Verdade | Editorial
A seriedade de um país vê-se em
pequenos actos, como é o caso do investimento feito pelo Governo de turno. O
caso de Moçambique fica claro que os moçambicanos estão entregues a sua própria
sorte. Há quatro décadas que o Governo da Frelimo tem estado a retardar o
desenvolvimento do país, implantando as suas políticas terroristas contra a
população.
É deveras preocupante que,
volvidos 44 anos de Independência, o país continue a debater-se com problemas
básicos, como é o caso de transporte público. Todos os dias, os moçambicanos
são obrigados a arriscar as suas próprias vidas para se deslocarem de um ponto
para outro. Desde os meios aéreos, passando pelos terrestres até aos marítimos
e fluviais, a situação é a mesma: a precariedade dos serviços prestados.
Relativamente ao transporte
marítimo, a realidade é gritante. Quase sempre há registos de naufrágio. Por
exemplo, nesta semana, pelo menos dez pessoas morreram e 13 estão desaparecidas
na sequência do naufrágio, de uma pequena embarcação que fazia o transporte de
passageiros entre os distritos de Chinde e Marromeu, nas Províncias da Zambézia
e de Sofala, respectivamente.
Esse tipo de acidentes tem como
principal responsável o Governo da Frelimo que tem estado a permitir que os
moçambicanos continuem a ser transportados em embarcações precárias, enquanto
dá primazia à Cidade de Maputo e arredores na alocação dos transportes
públicos.
Enquanto o Governo da Frelimo
continuar a liderar este país, os moçambicanos continuarão a assistir a mais
tragédias dessa natureza. O caso particular de Chinde e Marromeu, a viagem, que
dura pelo menos 5 horas, acontece sem as mínimas condições de segurança. Na
verdade, as viagens são efectuadas em embarcações frágeis desde que o batelão
que operava na região avariou em 2015 e desde, então aguarda por cerca de 10
milhões de Meticais para a sua reabilitação.
Na sua habitual e estúpida
decisão, o Ministério dos Transportes e Comunicações rapidamente criou uma
equipa de burocratas baseados nos escritórios climatizados de Maputo para olhar
para a situação e apurar as circunstâncias e causas do acidente. Não é
necessário um inquérito para se chegar a conclusão de que as tragédias sem
devem ao descaso do Governo da Frelimo.
O mais caricato, portanto, nessa
história toda é que o Governo da Frelimo endividou os moçambicanos em 2,2
biliões de Dólares norte-americanos para comprar barcos que não os servem.
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