O líder da Fenprof já reagiu à
votação desta sexta-feira, no Parlamento, que culminou com o chumbo do diploma
que previa a recuperação integral do tempo de carreira congelado dos
professores.
"Hoje, o PS e o Governo
estão de parabéns porque ganharam esta batalha. Mas podem escrever e ter a
certeza de que vão perder esta guerra".
Foi desta forma que Mário
Nogueira reagiu à votação parlamentar que, com o recuo do PSD e CDS, determinou
que os professores não vão recuperar os 9 anos, 2 meses e 4 dias de tempo de
carreira congelado.
O secretário-geral da Fenprof,
que assistiu à votação através da galeria no Parlamento, acusou os partidos que
chumbaram o diploma de terem “metido a mão na dignidade dos professores e
do seu tempo de serviço”. E, por isso, avisa: “Quem faz e quem também
fez isso vai sempre perder”.
Mário Nogueira disse ainda que,
“à Esquerda do PS esperava-se que, como em outros momentos, os partidos
pudessem ter percebido que, apesar dos critérios de Bruxelas, a recuperação –
ainda que insuficiente de rendimentos e direitos – poderia permitir que fosse
possível contabilizar o tempo integral”.
Já à “Direita do PS”,
acrescentou, “podia ter-se percebido que, como afirmou ontem a UTAO, nada disto
– mesmo que fosse a contagem integral do tempo de serviço – poria em causa o
equilíbrio orçamental e os critérios de Bruxelas”.
Face ao exposto, Mário Nogueira
asseverou que os “professores vão à luta” e, “até ao último dia
desta legislatura, apelaremos para irem votar com o crachá”. E reiterando o que
já havia dito nos últimos dias, o sindicalista garantiu que “no primeiro
dia da tomada de posse do próximo governo estaremos à porta do Ministério da
Educação”.
Depois de uma semana conturbada,
dominada pela ameaça de demissão de António Costa, esta sexta-feira, em
plenário, PSD, PS, CDS-PP 'juntaram-se' e reprovaram, em votação
final global, o texto proveniente da Comissão Parlamentar de Educação para a
reposição integral do tempo de serviço dos professores, que ainda assim contou
com o apoio do Bloco, PCP e PEV.
Com o resultado desta votação, em
que o PAN optou pela abstenção, fica em vigor o decreto do Governo que
recupera apenas dois anos, quatro meses e 18 dias do tempo de serviço
(referente ao período entre 2011 e 2017) em que a carreira docente foi alvo de
congelamento.
Após confirmado o chumbo, os
vários docentes sindicalistas, entre os quais o líder da Fenprof, Mário
Nogueira, que estavam nas galerias a acompanhar as votações, saíram em
silêncio do hemiciclo.
Patrícia Martins Carvalho | Notícias
ao Minuto | Foto: Global Imagens
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