A minha confissão sem cinismo é
de confiar em João Lourenço, pese a sua tribo bajuladora, pensar o contrário,
em relação ao meu pensamento. Não me ofendo, pelo contrário, sabendo estarem as
mentes obtusas apenas comprometidos, com a mentira, as mordomias, a maldade, a
ganância, a roubalheira e a organização criminosa institucional.
William Tonet | Folha 8 | opinião
São a escória da política, com
comportamentos danosos e dolosos, com a cumplicidade dos corredores do alto
poder, que defraudam, todos os dias, o sonho do cidadão, em função de uma
crónica e aselha incompetência.
João Lourenço tem força de
vontade, mas falta-lhe a vontade da força, para aferir da impossibilidade de
erguer uma barragem no meio do Oceano Atlântico.
Quando um líder começa mal uma
empreitada; combate à corrupção, por se ter auto-convencido de a humildade de
conclamar os demais actores políticos a um Pacto de Regime, ser sinónimo de
fraqueza, não consegue, não conseguirá, nunca, atingir os píncaros da razoabilidade,
tão pouco da eficácia governativa.
A democracia é incompatível com a
injustiça, a ilegalidade, a discriminação, mas com a ditadura (estes conceitos)
são compatíveis.
Actualmente, o maior inimigo de
João Lourenço não são aqueles que ele cham(a)ou pejorativamente de marimbondos,
mas a sua raiva, ódio, contra um passado, onde, no passeio da fama futunguista,
também estão cravadas as suas impressões digitais, aliado ao facto da sua
equipa económica de tão ruim, o afundar no descrédito, todos os dias.
O momento político do partido do
regime, está eivado de vícios insanáveis e envergonha todos os militantes e
dirigentes, principalmente, os comprometidos com a verdade, o cumprimento
escrupuloso das leis e da Constituição.
Estes, poucos, mas bons, no interior
do MPLA, não têm, ainda, talvez por falta de coragem ou mesmo covardia, força
bastante para, com a voz da indignação, alterarem o quadro dantesco. Esses
militantes amordaçam a voz, numa clara demonstração de nada ter mudado. Melhor,
mudou o que nada mudou, pois tirando o “verbo” corrupção, a mais visível
inversão, cinge-se na alteração da cor do fardamento dos exércitos de bajulação
de azul para vermelho.
O que vai ocorrer com o aumento
dos membros do Comité Central do MPLA, no congresso extraordinário de 15 de
Junho de 2019, para além da vaidade do chefe, esse aumento, destapará a
cumplicidade sanguínea com a ilegalidade, por manifesta violação, não só dos
estatutos do partido, como a Lei dos Partidos Políticos e a Constituição da
República.
Qual a motivação de um partido e
de um novo líder, com a responsabilidade que detém, transformarem-se,
blindadamente, num bastião de maus exemplos, de reserva mórbida de batota
institucional, atentatória da própria bíblia partidária.
O líder absoluto, em dois anos,
teve o grande mérito de, primeiro se ter convertido na esperança, depois na
frustração e, quando disso teve noção clara, com os altos índices de rejeição
nas ruas, decidiu hastear uma política de medo, ameaças de cadeia, ostracismo,
impondo a lei da rolha, como se espalha o recado: “eu sou o iluminado! O Luís
XIV de Angola. O dono disto tudo. Aquele por quem devem temer. O enviado de
Deus”.
E é assim, que os delegados
entram calados e saem mudos das reuniões do Comité Central, para com esta acção
comprometerem o chefe, mas mandando-lhe um forte recado: ficarás cada vez mais
isolado.
É grave, principalmente, quando o
economista da SONANGOL, Manuel A denunciou ao Folha 8, ter a empresa
contribuído com cerca de USD 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil
dólares), para ajudar nas despesas do congresso extraordinário do MPLA.
Verdade ou mentira, tudo
incrimina, por institucionalização da batota desde os tempos de antanho e desta
empresa ser o sorvedouro da roubalheira partidocrata.
Há seca no Kunene. Não há
dinheiro público, para acudir às populações. Há congresso extraordinário do
partido do poder e emerge do crude, os milhões para alimentar uma farra
partidocrata, quando milhões morrem, por falta de um prato de pirão.
Noutro extremo a PGR controlada
por gente bajuladoramente incompetente, subverte a norma jurídica e,
descaradamente, compromete o consulado de João Lourenço, que havia abertamente
criticado, como monstro político e corrupto maior, José Eduardo dos Santos,
mas, afinal, quando ele chega na esquina da verdade, o presidente anda em
sentido contrário.
Os tribunais superiores estão
carentes de legitimidade, mas prestam-se à vassalagem partidocrata, enquanto a
CNE (Comissão Nacional das Eleições) vai sendo, na calada da noite moldada para
a batota eleitoral de 2020 e 2022.
Por esta razão, ainda se mantém,
em funções, o presidente do Tribunal Supremo, quando deveria estar suspenso,
diante de denúncias graves e escândalos de alegada fraude eleitoral, roubo de
empresa privada: AROSFRAN, exercício ilegal de profissão: advogado e venerando
juiz, participação em alegado desvio de 30 milhões de dólares, de uma conta
privada, etc..
Por isso, nem é preciso os
alegados marimbondos fazerem planos e projectos para perturbar a governação de
JLO, porquanto ele dá, todos os dias, com medidas atípicas, tiros nos próprios
pés, ao emergir das suas entranhas, a porcaria preta e vermelha de sucessivas
batotas, recauchutadas, mas institucionalizadas desde 11 de Novembro de 1975,
por quem (des)governa Angola e pode, havendo bom senso, mudar, para bem de
Angola.
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