Partido criado recentemente em
Moçambique elege neto do histórico combatente da luta de libertação Francisco
Manyanga como candidato às eleições gerais de outubro. "País precisa de
visão estrutural", diz comunicado.
O Partido Otimista pelo
Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), criado recentemente em Moçambique,
elegeu esta segunda-feira (10.06) Helder Mendonça como candidato daquela
formação à Presidência da República nas eleições de 15 outubro.
Helder Mendonça, neto do
histórico combatente da luta de libertação de Moçambique Francisco Manyanga,
foi eleito num grupo composto por três candidatos durante a primeira sessão do
Conselho Central daquele partido.
"O país precisa sem dúvida
de uma outra visão estrutural de funcionamento bem como de gestão inspirada
numa cultura virada aos interesses do Estado unitário, inclusivo e que respeite
o bem público", disse em comunicado o presidente do partido, Albino
Forquilha.
Os criadores do PODEMOS,
registado a 14 de maio, são antigos membros da Frente de Libertação de
Moçambique (FRELIMO), o partido no poder, que pediam mais "inclusão
económica", mas hoje dizem estar "desencantados, porque não era
possível a mudança de rumo a partir de dentro do partido".
Renovação política
No fim de semana, o secretário
provincial do PODEMOS, Valdemiro Mussoco, referiu que o surgimento do partido
partiu da reprovação da candidatura de Samora Machel Júnior no ano passado pelo
município de Maputo.
O objetivo do partido é
introduzir um novo modelo de governação, que garanta maior separação entre
assuntos partidários e os assuntos de governação. Valdemiro Mussoco sublinha
que o Presidente da República de Moçambique, Felipe Nyusi, muitas vezes
"vira as suas atenções só para os membros do seu partido".
A nova organização é integrada
por membros da Associação de Ajuda ao Desenvolvimento de Moçambique (AJUDEM),
que tentou concorrer, sem sucesso, às eleições autárquicas de 2018, em Maputo,
com uma lista encabeçada por Samora Machel Júnior, filho do primeiro Presidente
do país e militante destacado da FRELIMO.
Deutsche Welle | Agência Lusa, kg
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