Portugal foi o país com a maior
proporção (73%) de recomendações não implementadas do Grupo de Estados Contra a
Corrupção (GRECO), seguido da Turquia (70%), indica o relatório de 2018 deste
órgão de monitorização anticorrupção do Conselho da Europa.
Nesta lista, divulgada pelo
GRECO, segue-se a Sérvia (59%), Roménia (44%), Bélgica (42%), Grécia (40%) e
Croácia (39%).
Segundo o relatório, que analisa
o nível de implementação de recomendações para prevenir a corrupção no sistema
judiciário, no que diz respeito ao número total de medidas não aplicadas, a
Turquia surge à frente com 26 medidas não implementadas, seguido de Portugal
(11), Grécia (10), Sérvia (10), Bélgica (oito) e Bósnia-Hergozina (oito).
Depois, aparecem três países:
Azerbaijão (sete medidas não implementadas), Roménia (sete) e Chipre (seis).
O relatório faz ainda o somatório
por país das medidas não implementadas com as medidas parcialmente
implementadas, surgindo aqui a Turquia à frente (33), seguida da
Bósnia-Herzegovina (23), Grécia (19), Arménia (17), Bélgica (17), Macedónia do
Norte (17), Sérvia (17), Chipre (14), Portugal (14) e Roménia.
Portugal aparece, por outro lado,
no grupo dos quatro países com maior percentagem de medidas parcialmente
implementadas ou não implementadas, com a Bósnia-Herzegovina, Sérvia e Espanha
a evidenciarem uma percentagem máxima (100%) neste domínio, seguido de Portugal
(93%), Bélgica (89%), Turquia (89%), Chipre (88%), Dinamarca (83%), Lituânia
(77%) e Grécia (76%).
Portugal figura também entre os
16 países - juntamente com o Azerbaijão, Bélgica, Bósnia-Herzegovina, Croácia,
Dinamarca, Alemanha, Lituânia, Malta, Roménia, Sérvia Eslováquia, Espanha e
Turquia - que ainda não implementaram completamente uma única das medidas GRECO
relativas ao Ministério Público.
Portugal consta também da lista
de 10 países - ao lado da Albânia, Bósnia-Herzegovina, Chipre, Dinamarca,
Grécia, Islândia, Irlanda, Sérvia e Espanha - que ainda não implementaram na
totalidade qualquer das medidas respeitantes aos juízes.
O GRECO é o órgão do Conselho da
Europa, com sede em Estrasburgo, que faz monitorização anticorrupção.
O GRECO surgiu, em 1999, como um
acordo subscrito por 17 estados- membros do Conselho da Europa, mas que também
está aberto a Estados não europeus, tendo atualmente 49 membros.
Notícias ao Minuto | Lusa
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