A conclusão da investigação ao
principal inquérito do caso Espírito Santo estava agendada para esta
segunda-feira, mas voltou a ser adiada.
Tal como o JN adiantou sábado, o
prazo para a conclusão do inquérito não vai ser cumprido, tendo a investigação
três meses para ser concluída, a partir do momento em que for feita a
"devolução dos elementos probatórios em poder das autoridades suíças e apreendidos
à ordem dos autos".
"O atual Diretor do DCIAP,
na consideração de ser essencial, para que o inquérito cumpra a sua finalidade
de descoberta da verdade, a recolha de todos os elementos de prova
indispensáveis a permitir concluir pela ocorrência ou não dos factos objeto do
mesmo, entendeu que tal ainda não se verifica no atual estado da investigação
do designado processo 'Universo Espírito Santo' ", refere um comunicado da
Procuradoria-Geral da República.
Em janeiro, o anterior diretor do
DCIAP tinha adiado o final do inquérito-crime para 8 de julho, por considerar
essencial que os "elementos em falta relativamente à devolução das cartas
rogatórias, nomeadamente da Suíça (...), mostravam-se imprescindíveis à
apreciação objetiva e subjetiva da factualidade a que respeitavam"; tinham
sido efetuados novos pedidos de cooperação internacional; havia "um acervo
muito grande de traduções a realizar e que estava em curso" e "um
número significativo de audições a realizar - algumas no estrangeiro (...) -
bem como o interrogatório dos visados pelos factos em investigação", pode
ler-se na informação enviada às redações pela PGR.
Jornal de Notícias | Foto: José
Sena Goulão/Lusa
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