A greve que arrancou dia 12, por
tempo indeterminado, foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de
Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de
Mercadorias (SIMM). Ao quarto dia, o SIMM desconvocou o protesto e chegou a
acordo com a ANTRAM.
A greve dos motoristas de
matérias perigosas entrou este domingo no sétimo dia, com as atenções voltadas
para um plenário de trabalhadores, que deverá decidir sobre a continuidade da
paralisação.
O plenário está marcado para as
16 horas, em Aveiras de Cima (Lisboa), depois de ter falhado um acordo mediado pelo Governo numa
reunião que durou cerca de 10 horas e que terminou na madrugada de
sábado.
No sábado, a associação das empresas de transportes de
mercadorias (Antram) disponibilizou-se para integrar um processo de mediação
junto da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, afirmando ser
convicção da "associação que um processo de mediação, realizado em clima
de paz, poderá conduzir à solução do problema".
De seguida, o porta-voz do
sindicato de motoristas de matérias perigosas, Pedro Pardal Henriques, disse ver com agrado a disponibilidade da associação, mas
ressalvou ser necessário que a base de entendimento já debatida seja aceite.
Dados demonstram "crescente
normalidade da situação"
A requisição civil relativa à
greve dos motoristas de matérias perigosas foi cumprida (sábado) e os serviços
mínimos "superados", com o último balanço a demonstrar "uma
crescente normalidade da situação", avança o Ministério do Ambiente e
Transição Energética.
"Ao longo do dia de hoje,
sábado, 17 de agosto, a requisição civil foi cumprida e os serviços mínimos
superados", indica em comunicado o ministério liderado por João Pedro
Matos Fernandes.
A Rede de Emergência de Postos de
Abastecimento (REPA) apresentava às 17 horas de hoje "os 'stocks'
mais elevados desde o início da greve e, em conjunto com o aumento do número de
cargas, demonstram uma crescente normalidade da situação", avança a mesma
fonte.
A REPA exclusiva apresentava
níveis de preenchimento de 'stocks' de 60,75% no gasóleo e de 93,45% na
gasolina.
Por sua vez, a REPA não exclusiva
apresentava 62,26% de gasóleo e 45,50% de gasolina.
A título de exemplo, o ministério
indica que das 101 cargas previstas em Leça de Palmeira, foram realizadas 127
(126%).
Já em Sines, das 33 cargas
previstas foram cumpridas 40 (121%) e, em Aveiras, das 102 cargas previstas
realizaram-se 146 (121%).
"Note-se que estes valores
excedem largamente os previstos nos serviços mínimos, o que traduz o facto de
serem muitos os trabalhadores que não se encontram em greve", sublinha o
ministério liderado por João Pedro Matos Fernandes.
Por sua vez, continua a mesma
fonte, os serviços de abastecimento nos aeroportos "foram os previstos"
e as Forças de Segurança e as Forças Armadas "só foram pontualmente
solicitadas para conduzir as viaturas de transporte carburante".
Diário de Notícias (ao minuto)
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