domingo, 18 de agosto de 2019

Portugal | Ao sétimo dia de greve, é dia de decidir futuro em plenário de motoristas MP


A greve que arrancou dia 12, por tempo indeterminado, foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM). Ao quarto dia, o SIMM desconvocou o protesto e chegou a acordo com a ANTRAM.

A greve dos motoristas de matérias perigosas entrou este domingo no sétimo dia, com as atenções voltadas para um plenário de trabalhadores, que deverá decidir sobre a continuidade da paralisação.

O plenário está marcado para as 16 horas, em Aveiras de Cima (Lisboa), depois de ter falhado um acordo mediado pelo Governo numa reunião que durou cerca de 10 horas e que terminou na madrugada de sábado.

No sábado, a associação das empresas de transportes de mercadorias (Antram) disponibilizou-se para integrar um processo de mediação junto da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, afirmando ser convicção da "associação que um processo de mediação, realizado em clima de paz, poderá conduzir à solução do problema".

De seguida, o porta-voz do sindicato de motoristas de matérias perigosas, Pedro Pardal Henriques, disse ver com agrado a disponibilidade da associação, mas ressalvou ser necessário que a base de entendimento já debatida seja aceite.

Dados demonstram "crescente normalidade da situação"

A requisição civil relativa à greve dos motoristas de matérias perigosas foi cumprida (sábado) e os serviços mínimos "superados", com o último balanço a demonstrar "uma crescente normalidade da situação", avança o Ministério do Ambiente e Transição Energética.

"Ao longo do dia de hoje, sábado, 17 de agosto, a requisição civil foi cumprida e os serviços mínimos superados", indica em comunicado o ministério liderado por João Pedro Matos Fernandes.

A Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA) apresentava às 17 horas de hoje "os 'stocks' mais elevados desde o início da greve e, em conjunto com o aumento do número de cargas, demonstram uma crescente normalidade da situação", avança a mesma fonte.

A REPA exclusiva apresentava níveis de preenchimento de 'stocks' de 60,75% no gasóleo e de 93,45% na gasolina.

Por sua vez, a REPA não exclusiva apresentava 62,26% de gasóleo e 45,50% de gasolina.
A título de exemplo, o ministério indica que das 101 cargas previstas em Leça de Palmeira, foram realizadas 127 (126%).

Já em Sines, das 33 cargas previstas foram cumpridas 40 (121%) e, em Aveiras, das 102 cargas previstas realizaram-se 146 (121%).

"Note-se que estes valores excedem largamente os previstos nos serviços mínimos, o que traduz o facto de serem muitos os trabalhadores que não se encontram em greve", sublinha o ministério liderado por João Pedro Matos Fernandes.

Por sua vez, continua a mesma fonte, os serviços de abastecimento nos aeroportos "foram os previstos" e as Forças de Segurança e as Forças Armadas "só foram pontualmente solicitadas para conduzir as viaturas de transporte carburante".

Diário de Notícias (ao minuto)

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