Melhoria das condições de vida da
população, mais infraestruturas sociais, exploração racional de recursos
naturais e igualdade das oportunidades: os candidatos a governador na província
do Niassa não prometem pouco.
Oficialmente, a campanha
eleitoral arrancou no sábado, 31 de agosto. Mas a resistência Nacional
Moçambicana (RENAMO) só se lançou oficialmente na caça ao voto quarta-feira,
dia 4, alegando questões estratégicas. Na sede do partido, em Lichinga, o seu
cabeça de lista, Hilário Waite, prometeu salvar a população do Niassa do
sofrimento, caso seja eleito: "O nosso povo não tem boa saúde, sofre de má
governação, a educação é um dilema. A nossa província é potencialmente
agrícola, tem recursos naturais de varias espécies, mas o nosso povo não
usufrui dessas riquezas", disse Waite à DW África.
Também o Movimento Democrático de
Moçambique (MDM), que iniciou a sua campanha eleitoral no distrito de Cuamba,
quer melhorar as condições de vida da população da província em todas as
esferas. O candidato do MDM para o cargo de governador do Niassa, Damião
Saimone, queixa-se de negligência por parte do governo de Maputo: "A
província do Niassa esta marginalizada", acrescentando que nem parece
terem passado 44 anos sobre a independência. "Agora estou na zona de
Chamba e Sale, no distrito onde eu nasci. Não há infraestruturas sociais,
faltam estradas, pontes, escolas e as escolas existentes quem as faz é a
própria comunidade", disse Saimone.
Programas partidários sérios
precisa-se
Judite Massangele, que concorre
pelo partido governamental Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), lançou
a sua campanha no campo do Ferroviário, no bairro de Chuaula. Massangele quer
dar continuidade ao trabalho do partido no poder: "Porque só com a FRELIMO
vamos promover o desenvolvimento do Niassa e nós queremos o Niassa
desenvolvido".
Para o jornalista e analista
politico Santos Felisberto, os candidatos dos três maiores partidos políticos
devem apresentar programas convincentes e realistas, porque a província precisa
de uma mudança séria."Há uma situação muito preocupante no meio desses
partidos políticos. Alguns, quando namoram os seus eleitores e são conduzidos
ao poder, especem o que andaram a prometer à população e não vão ao encontro da
realidade".
Também os cidadãos do Niassa
ouvidos pela DW África esperam promessas justas e uma campanha ordeira:
"Eu acredito que vai decorrer de melhor forma porque os partidos políticos
estão a preparar a sua campanha e ate neste momento não existe nenhuma irregularidade”,
diz um cidadão e outro acrescenta: "Espero seriedade dos cabeças de lista.
E chega de promessas não cumpridas. Queremos ver o Niassa desenvolver".
Manuel David (Lichinga) | Deutsche Welle
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