Hong Kong, 22 set 2019 (Lusa) -- A polícia disparou hoje
balas de borracha em confrontos com manifestantes pró-democracia, em Hong Kong,
perto de um centro comercial no qual causaram distúrbios.
Pelo décimo sexto fim de semana de mobilização, milhares de
manifestantes reuniram-se hoje pacificamente num centro comercial localizado em
Shatin, no norte da antiga colónia britânica, onde entoaram cânticos e fizeram
origami.
"Apesar de estarmos muito cansados, não podemos abrir
mão dos nossos direitos", explicou Ching, professora, à Agência
France-Presse.
"Se o movimento durar 100 dias, 200 dias ou mesmo 1.000
dias e não conseguirmos o que queremos, continuaremos a sair às ruas",
frisou.
A situação começou a agravar-se ao final da tarde, em Hong
Kong, quando militantes com máscaras pertencentes a grupos radicais ergueram
uma bandeira chinesa arrancada de um edifício governamental, antes de a
atirarem num rio.
Os ativistas vandalizaram depois máquinas de bilhetes na
estação de metro de Shatin, tendo a polícia de choque encerrado o acesso.
À noite, eclodiram confrontos no exterior do centro
comercial, entre algumas dezenas de manifestantes e agentes da polícia, que
recorreram a balas de borracha e gás lacrimogéneo para dispersar os
manifestantes.
A polícia, que fez várias detenções, também foi chamada
depois de a viatura de Patrick Nip, membro do governo de Hong Kong, ter sido
cercada por uma multidão enfurecida, noticiaram os media locais South China
Morning Post e RTHK.
ECR // EA
Sem comentários:
Enviar um comentário