Moradores lembram que inundações
são frequentes na região. Por seu lado, governador do Kwanza-Norte pede às
famílias desalojadas para que se dirijam para centro de reassentamento nos
arredores da cidade do Dongo.
As chuvas intensas que caíram, na
terça-feira (19.11), na velha cidade do Dondo, no município de Kambambe,
província do Kwanza-Norte, deixaram um rasto de destruição. Dezenas de casas
ficaram inundadas e outras desabaram, explicou Ilídio Diogo, comandante municipal
do Serviço de Proteção Civil e Bombeiros daa região. "É uma situação de
calamidade que deixou 90 habitações inundadas e 11 residências desabadas, das
quais três destruídas parcialmente e oito totalmente", disse.
Os bairros mais afetados foram
Kibululu, Kafuma, Terra Nova, Cazenga, Kissanga, Cerâmica e Cassesse.
Esperança Raul foi uma das
pessoas que ficou desalojada. À DW conta que, na sua vizinhança, "12 casas
inundaram". Também a sua ficou inundada, tendo ficado ao relento com
os seus sete filhos e esposo.
"Perdi a cama, o canto bar,
o armário de cozinha, a estante, a tela e alguns meios que molharam, que já não
se aproveitam. Uma das arcas também se estragou. Tinha duas arcas e uma
geleira. Vivo com o meu esposo, somos nove pessoas em casa, sete crianças, eu
como mãe e o pai", conta.
Outro morador, que pediu para não
ser identificado, lembrou que esta não foi a primeira vez que houve inundações
na cidade do Dondo. Mas, conta que, no passado, "nunca chegou a este
extremo". Sobre a contabilização dos estragos, o mesmo morador afirma
que "no meu caso, na minha casa, quase tudo foi. Eu não vou tirar
nada, se não os colchões".
Governo a par da situação
O governador provincial
do Kwanza-Norte, Adriano Mendes, deslocou-se até ao Dondo, vindo da
capital da província, Ndalatando, para constatar de perto o rasto de destruição
provocado pelas enxurradas. "A área social está aqui, a vice-governadora e
a administradora adjunta para a área política, social e financeira local estão
aqui para fazermos o levantamento deste cenário e acompanharmos um bocadinho
esta situação", afirmou.
O Governo fez saber ainda que há
um local de reassentamento no bairro 10 de Agosto, nos arredores da cidade do
Dongo, e pede aos desalojados que se dirijam para lá. Muitos dos desalojados
estão, neste momento, ao relento. Outros procuraram abrigo junto de amigos ou familiares.
António Domingos (Ndalatando) |
Deutsche Welle
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