quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Angola | Inundações deixam mais de 500 desalojados no Kwanza-Norte


Moradores lembram que inundações são frequentes na região. Por seu lado, governador do Kwanza-Norte pede às famílias desalojadas para que se dirijam para centro de reassentamento nos arredores da cidade do Dongo.

As chuvas intensas que caíram, na terça-feira (19.11), na velha cidade do Dondo, no município de Kambambe, província do Kwanza-Norte, deixaram um rasto de destruição. Dezenas de casas ficaram inundadas e outras desabaram, explicou Ilídio Diogo, comandante municipal do Serviço de Proteção Civil e Bombeiros daa região. "É uma situação de calamidade que deixou 90 habitações inundadas e 11 residências desabadas, das quais três destruídas parcialmente e oito totalmente", disse.

Os bairros mais afetados foram Kibululu, Kafuma, Terra Nova, Cazenga, Kissanga, Cerâmica e Cassesse.


Esperança Raul foi uma das pessoas que ficou desalojada. À DW conta que, na sua vizinhança, "12 casas inundaram". Também a sua ficou inundada, tendo ficado ao relento com os seus sete filhos e esposo.

"Perdi a cama, o canto bar, o armário de cozinha, a estante, a tela e alguns meios que molharam, que já não se aproveitam. Uma das arcas também se estragou. Tinha duas arcas e uma geleira. Vivo com o meu esposo, somos nove pessoas em casa, sete crianças, eu como mãe e o pai", conta.

Outro morador, que pediu para não ser identificado, lembrou que esta não foi a primeira vez que houve inundações na cidade do Dondo. Mas, conta que, no passado, "nunca chegou a este extremo". Sobre a contabilização dos estragos, o mesmo morador afirma que "no meu caso, na minha casa, quase tudo foi. Eu não vou tirar nada, se não os colchões".

Governo a par da situação

O governador provincial do Kwanza-Norte, Adriano Mendes, deslocou-se até ao Dondo, vindo da capital da província, Ndalatando, para constatar de perto o rasto de destruição provocado pelas enxurradas. "A área social está aqui, a vice-governadora e a administradora adjunta para a área política, social e financeira local estão aqui para fazermos o levantamento deste cenário e acompanharmos um bocadinho esta situação", afirmou.

O Governo fez saber ainda que há um local de reassentamento no bairro 10 de Agosto, nos arredores da cidade do Dongo, e pede aos desalojados que se dirijam para lá. Muitos dos desalojados estão, neste momento, ao relento. Outros procuraram abrigo junto de amigos ou familiares.

António Domingos (Ndalatando) | Deutsche Welle

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