Na quinta-feira (31), o líder
do partido trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, atacou a elite financeira do
Reino Unido em seu discurso de inauguração de campanha, realizado no sul de
Londres.
O discurso foi o primeiro passo
oficial de Corbyn na campanha para as eleições legislativas do dia 12 de
dezembro.
"É a oportunidade única em
uma geração de transformar nosso país, enfrentar os interesses adquiridos que
impedem as pessoas de avançar e garantir que nenhuma comunidade seja
relegada", disse ele em Battersea, ao sul do rio Tamisa.
Corbyn mencionou a sonegação de
impostos como o principal medo dos bilionários que, alertou, "lutarão mais
e de forma mais suja do que nunca".
Com o slogan do partido
trabalhista, "Para muitos, não para poucos", impresso no fundo do
palco, o líder da esquerda britânica identificou, com nome e sobrenome,
"fraudadores de impostos", "proprietários não confiáveis",
"maus chefes" e "poluidores".
Entre eles, mencionou o duque de
Westminster, o empresário Mike Ashley, o magnata da comunicação Rupert Murdoch
e Sir Jim Ratcliffe, presidente do grupo químico Ineos.
Corbyn
atribuiu responsabilidade ao primeiro-ministro, Boris Johnson, por
mais um adiamento do Brexit, que tinha data limite marcada para este 31 de
outubro e foi adiado para 31 de janeiro de 2020.
“Boris Johnson prometeu que
deixaríamos a União Europeia hoje, ele disse que preferia
morrer na sarjeta a aceitar outro adiamento; ele falhou e o fracasso é
apenas seu”, afirmou.
O político britânico respondeu
àqueles que questionavam sua prontidão para continuar liderando a batalha e
observou que gosta de fazer seu "trabalho, conversar com pessoas, sair em
campanha" e que chefiará "orgulhosamente um governo trabalhista".
As eleições legislativas no Reino
Unido ocorrerão em 12 de dezembro e decorrem de uma tentativa de Boris Johnson
de obter uma maioria parlamentar com o objetivo de aprovar o Brexit na próxima
data.
Sputnik | Imagem: © REUTERS /
Peter Nicholls
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