Polícia moçambicana deteve seis
alegados guerrilheiros da autoproclamada "Junta Militar" da RENAMO,
que estariam a preparar ataque na província da Zambézia. Corporação assegura
estar preparada para proteger cidadãos.
A polícia garante estar a postos
para combater os homens armados que têm realizado ataques
no centro de Moçambique. Desde agosto, 10 pessoas morreram nos ataques e o
Presidente Filipe Nyusi prometeu, na semana passada, que o Estado
iria perseguir os responsáveis.
Timóteo Bernardo, vice-comandante
geral da Polícia da República de Moçambique, assegurou esta quinta-feira
(21.11) numa conferência de imprensa em Quelimane que a corporação já pôs mãos
à obra.
"A partir do nosso
comandante-em-chefe, o Presidente da República, recebemos um comando para
agirmos no sentido de assegurarmos a pacificação do país", sublinhou.
Na quarta-feira, a polícia deteve
seis supostos guerrilheiros da autoproclamada "Junta Militar" da
RENAMO. O grupo de dissidentes do maior partido da oposição é liderado
por Mariano
Nhongo.
Um dos detidos, suspeito de
pertencer à "Junta Militar", Carlos L., afirmou à imprensa que
recebeu ordens de Nhongo para recrutar guerrilheiros na província da Zambézia.
"Saí de Gorongosa para aqui
na Zambézia, destacado pelo general Mariano Nhongo para recrutar jovens para
fazer um quartel na Zambézia. Consegui recrutar 18 jovens e, porque fui
capturado, não consegui completar a meta de 50 Jovens, para começar com ataques
aqui na Zambézia", disse o suspeito.
A DW não pôde verificar estas
informações de forma independente. Esta semana, Mariano Nhongo disse que estava
disponível para negociar com o Governo moçambicano para acabar com a violência
no centro do país. Mas voltou a ameaçar recorrer às armas se o Executivo se
recusasse a dialogar.
PRM garante proteção
A "Junta Militar"
rejeita o líder da RENAMO, Ossufo Momade, e quer renegociar o processo de
Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) no âmbito do Acordo de Paz,
assinado em agosto entre Momade e o Governo moçambicano.
Face aos ataques no centro do
país, o Presidente Filipe Nyusi sublinhou na semana passada que "não há
mais espaço para guerra".
Timóteo Bernardo, vice-comandante
geral da Polícia da República de Moçambique, garante a proteção dos cidadãos:
"Nós todos acompanhámos os acordos de cessação das hostilidades de
Gorongosa. As Forças de Defesa e Segurança, no geral, e a Polícia da República
de Moçambique, em particular, têm-se desdobrado em medidas de proteção de
pessoas e bens e também se têm desdobrado em medidas que conduzam à livre
circulação de pessoas e bens".
Marcelino Mueia (Quelimane) |
Deutsche Welle
Na imagem: Timóteo Bernardo,
vice-comandante geral da PRM
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