Conferência de imprensa concedida
ao lado do ministro das Relações Exteriores da Alemanha, que deveria focar nas
comemorações da queda do Muro de Berlim, é dominada pela declaração de Macron
sobre a "morte cerebral" da OTAN.
O secretário de Estado norte-americano,
Mike Pompeo, se reuniu com o seu homólogo alemão, Heiko Maas, em Leipzig, na
Alemanha, no âmbito das comemorações do 30º aniversário da queda do Muro de Berlim,
conforme reportou a Reuters.
A intenção das comemorações,
envolvidas em uma aura de nostalgia e triunfalismo, era reiterar a correlação
entre a queda do muro e a primazia militar da OTAN no final da Guerra Fria.
Pompeo, inclusive, recordou sua experiência como um dos 300.000 soldados estacionados na
Alemanha no final da década de 1980. Na época, o secretário de
Estado participou de missões de patrulhamento do antigo muro e depois serviu
como comandante de brigada de tanques em uma base na Bavária.
"Podemos dizer que eu
testemunhei um pouco da história, da qual eu tive uma pequenina participação na
década de oitenta", disse o secretário.
'Morte cerebral' da OTAN
Porém, o clima de nostalgia foi
interrompido pelas declarações do presidente francês Emmanuel Macron, nesta
quinta-feira (07), em entrevista à The Economist, de que a OTAN estaria sofrendo de "morte cerebral". Pompeo
rebateu as críticas:
"A OTAN continua sendo
crucial, historicamente deve ser uma das parcerias estratégicas mais relevantes
de que se tem registro", disse.
Durante a visita, o secretário de
Estado pressionou sua aliada, a Alemanha, a atingir a meta de 2% do PIB em gastos de defesa, estipulada pela OTAN.
Heiko Maas se comprometeu a cumprir a meta, mas foi mais conciso ao comentar as
declarações de Macron.
"Eu não acho que a OTAN
esteja sofrendo de morte cerebral", resumiu o ministro.
Sputnik | Imagem: © AP Photo /
Jens Meyer
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