Governo afirma que gestão de
Espanha do caudal do Tejo "não é aceitável"
De acordo com o jornal Público,
as consequências económicas, ambientais e sociais refletem-se num cenário
"dramático" e o Governo português nunca recebeu explicações de
Espanha.
O Governo considera que a gestão
que Espanha fez durante o ano hidrológico 2018/2019 para lançar o regime de
caudais anuais para o rio Tejo "não é aceitável", noticia este
domingo o jornal Público.
O ano hidrológico 2018/2019
terminou em setembro e Espanha libertou uma média de 14 milhões de metros
cúbicos de água diários da barragem de Cedilho, durante o mês de setembro, para
que Espanha cumprisse o volume anual integral estabelecido na Convenção de
Albufeira, refere o jornal.
"Portugal já referiu de forma
clara a Espanha que vai reforçar a sua atitude na próxima reunião plenária da
CADC (Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Convenção de Albufeira)
propondo o incremento de mecanismos de controlo que permitam evitar no futuro
situações desta natureza", afirmou o MAAC citado pelo Público.
O Ministério do Ambiente e Ação
Climática (MAAC), refere o jornal, afirma que "nunca se tinha
atingido uma situação em que o diferencial do escoamento acumulado em junho
para o integral tivesse uma diferença tão significativa, mesmo nos anos em que
se verificaram condições de exceção".
As consequências económicas,
ambientais e sociais refletem-se num cenário "dramático" e o Governo
português nunca recebeu explicações de Espanha, adianta o jornal.
Ouvido pela TSF, o porta-voz do
movimento proTEJO, Paulo Constantino, assinala a mudança de atitude do Governo,
lembrando que o movimento vem alertando para o problema há muito tempo:
"Há anos que vimos a dizer isto. E a posição que ainda vimos há uns dias
do senhor ministro do Ambiente é que não faltava água. Era como se estivesse a
dizer que não havia nenhum problema. Há aqui uma alteração completa, uma
volta de 180 graus."
O movimento proTEJO defende uma
melhor gestão dos caudais, que poderia levar a um triplicar do caudal mesmo no
verão. Paulo Constantino propõe, por isso, distruibuir o caudal existente
"por todos os trimestres".
TSF | Lusa | Título PG
Sem comentários:
Enviar um comentário