As autoridades russas e
investidores privados estão disponíveis para investir cerca de nove mil milhões
de euros para financiar projetos com impacto socio-económico em Angola, segundo
um responsável da Federação Russa.
O anúncio foi feito pelo
vice-presidente da Comissão Parlamentar para as Relações Internacionais da
Federação Russa, Chepa Alexey, numa audiência com o Presidente da República de
Angola, João Lourenço.
O dinheiro resulta de uma linha
de crédito conjunta, da Federação Russa, setor privado russo e investidores
internacionais, segundo a Agência Lusa.
Chepa Alexey indicou que os
projetos estão ligados ao setor energético, incluindo a construção de barragens
hidroelétricas, produção de energia eólica, painéis solares, linhas de
transporte de energia elétrica, construção de estradas, habitações e outras infraestruturas.
O dinheiro destina-se a financiar
"projetos de grande envergadura" do interesse comum da Federação
Russa e de Angola, adiantou Chepa Alexey, líder de uma delegação de empresários
russos que vai manter encontros bilaterais com representantes de congéneres
angolanas.
Relações Rússia e Angola desde
1976
Angola e Rússia têm relações
privilegiadas desde 8 de outubro de 1976, data em que foi assinado, em Moscovo,
na altura capital da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS),
o Tratado de Amizade e Cooperação.
Atualmente, a cooperação é mais
significativa nos setores da energia, geologia e minas, ensino superior,
formação de quadros, defesa e segurança, telecomunicações e tecnologias de
informação, pescas, transportes, finanças e banca.
Em Abril deste ano, o presidente
angolano João Lourenço enalteceu o papel da Rússia em Angola e na África
Austral, durante a sua vista àquele país europeu.
Na mesma altura Angola convidou
empresários russos no sentido de prepararem-se para concorrer na privatização
de empresas do sector petrolífero, banca e seguros, além de fazendas agrícolas
e industriais.
Para os diamantes, um sector em
que os russos já têm presença em Angola, João Lourenço apresentou nessa altura
a nova legislação que acaba com o monopólio antes existente e cria incentivos
aos investidores na área de diamantes brutos ou na lapidação.
Deutsche Welle | Agência Lusa
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