Político angolano Abel
Chivukuvuku contestou nesta segunda-feira (23.12) decisão judicial que
dificultou legalização do seu projeto político, o PRA-JÁ Servir Angola.
O político angolano Abel
Chivukuvuku contestou na segunda-feira (23.12) a decisão do Tribunal
Constitucional (TC) de Angola que validou apenas quatro mil das 23.492
assinaturas recolhidas para legalização do seu projeto político PRA-JÁ
Servir Angola, e afirmou que a instância judicial "faz política e não
jurisprudência".
"Infelizmente temos um
Tribunal Constitucional que não faz jurisprudência, mas faz política e,
eventualmente, recebe ordens", afirmou em conferência de imprensa,
lamentando a situação.
A comissão instaladora do
Partido do Renascimento Angolano - Juntos por Angola (PRA-JÁ) - Servir Angola
entregou, no passado 06 de novembro, 23.492 assinaturas ao TC, nomeadamente
declarações de aceitação, cópias de bilhete de identidade e atestados de
residência de seus militantes.
Pelo menos 7.500 assinaturas são
exigidas legalmente pelo Tribunal Constitucional angolano para legalização de
partidos políticos, pelo que, na última semana, o TC anunciou que apenas 3.997
entregues pelo PRA-JÁ Servir Angola reuniam os requisitos legais.
Xavier Jaime, coordenador da
comissão instaladora da agremiação partidária classificou a situação como
uma "perseguição impiedosa" contra Abel Chivukuvuku, exigindo a
devolução dos restantes processos considerados inválidos.
"O juiz presidente do
Tribunal Constitucional encetou uma perseguição impiedosa a Abel Chivukuvuku na
sua qualidade de político e a todos que o seguem. Por exemplo, a administração
municipal de Cabinda invalidou os processos sem razões, porque estão aqui os
números dos bilhetes dos cidadãos", enfatizou.
Abel
Chivukuvuku, que liderou a Convergência Ampla de Salvação de Angola -
Coligação Eleitoral (CASA-CE), até fevereiro deste ano, não descartou a
possibilidade de fazer manifestações pelo país.
"Cidadãos de muitas
províncias, que muitos queriam fazer manifestações optamos pela ponderação,
pela moderação. Isso não quer dizer que não reconheçamos a indignação das
pessoas. Também quero deixar claro que se um dia em sentir que é preciso fazer
manifestação estarei à testa", disse, manifestando-se "agastado"
com o caso.
Deutsche Welle | Agência Lusa
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