Américo Ramos foi ex-Ministro das
Finanças no anterior governo da ADI, e desempenhava as funções de assessor
económico e financeiro do Presidente da República Evaristo de Carvalho, quando
foi detido pela polícia judiciária no dia 4 de Abril passado.
Foi detido para explicar ao país
o paradeiro de dois créditos financeiros, que o mesmo ex-ministro das finanças
assinou. Primeiro com uma empresa chinesa cujo patrão foi apanhado pela polícia
internacional na pratica de vários crimes, e o segundo acordo de crédito foi
assinado com o fundo soberano do Kuwait.
«É minha convicção e de uma
grande maioria da população que o que aconteceu neste fatídico dia 4 de Abril
configura-se numa perseguição política sem precedentes, engendrada pelo actual
poder. Essa convicção é ainda mais reforçada quando os representantes do Fundo
Kuwait vêm publicamente dizer que ainda encontra-se disponível o financiamento
destinado a reabilitação e ao apetrechamento do Hospital Central Ayres de
Menezes», afirmou o ex-Ministro Américo Ramos.
Inocentado pelo Ministério
Público, que mandou arquivar o processo, Américo Ramos, continua sob a alçada
da justiça são-tomense. Tudo porque o juiz que tem o processo, após avaliação
dos 3 meses de prisão preventiva cumpridos pelo arguido, recebeu novos elementos
que foram submetidos ao Tribunal pelo advogado do Estado.
O Juiz ordenou que o ex-ministro
fosse posto em liberdade, mas sob uma caução de 100 mil euros. Mais grave
ainda, o Tribunal da Primeira Instância impôs o Termo de Identidade e de
Residência com impedimento de se ausentar do país.
«A denúncia feita pelo actual
governo sobre o desconhecimento do paradeiro dos restantes 20 milhões de
dólares do acordo de empréstimo assinado por mim no montante de 30 milhões de
dólares com a empresa Chinesa China Fund Limited e os 17 milhões de dólares do
fundo do Kuwait são falsas e caluniosas, feitas por gente que tem a intenção de
perseguir humilhar sujar o bom nome das pessoas de bem neste país», pontuou o
ex-ministro das Finanças na sua comunicação na esplanada do Hotel Omale Lodje.
Abel Veiga | Téla
Nón
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