sexta-feira, 24 de maio de 2019

Rand Corp: Como abater a Rússia

Manlio Dinucci*

As conclusões do relatório confidencial da Rand Corp foram tornadas publicas num "Brief". Esse documento revela como gerir a nova Guerra Fria contra a Rússia. Algumas recomendações já estão a ser concretizadas, mas esta apresentação sistemática ajuda a compreender o seu ver-dadeiro objectivo.

Forçar o adversário a desdobrar-se excessivamente, a fim de desequilibrá-lo e derrubá-lo - não é um movimento de judo, mas o plano contra a Rússia desenvolvido pela Rand Corporation, o ‘think tank’ mais influente dos EUA que, com uma equipa de milhares de peritos, representa a fonte mundial mais fiável dos serviços secretos (inteligência) e análise política para os governantes dos Estados Unidos e para os seus aliados. A Rand Corp orgulha-se de ter contribuído para a elaboração da estratégia a longo prazo que permitiu aos Estados Unidos serem os vencedores da Guerra Fria, obrigando a União Soviética a esgotar os seus recursos económicos no confronto estratégico.

É neste modelo que se inspira o novo plano, "Overextending and Unbalancing Russia", publicado pela Rand [1]. Segundo os seus analistas, a Rússia continua a ser um poderoso concorrente dos Estados Unidos em alguns campos fundamentais. Por conseguinte, os Estados Unidos, juntamente com os seus aliados, devem empenhar-se numa estratégia abrangente a longo prazo que tire o máximo partido das suas vulnerabilidades. Assim sendo, são analisadas as várias maneiras de forçar a Rússia a desequilibrar-se, indicando para cada uma delas, as possibilidades de sucesso, os benefícios, os custos e os riscos para os EUA.

Notre-Dame: a maior transação imobiliária na Europa começou em Paris


A operação imobiliária de renovação da Ile de la Cité e da sua transformação num passeio turístico começou com a adjudicação de uma parte do Hôtel-Dieu para a Novaxia, o grupo de «urbanismo transitório» do «filantropo» Joachim Azan (foto). Fundado no ano de 651, ‎o histórico Hôtel-Dieu de Paris, próximo à catedral de Notre-Dame, é o hospital mais antigo da capital francesa.

Esta megaoperação foi imaginada em 2016, a pedido do Presidente François Hollande e da Presidente da Câmara (prefeita-br) de Paris, Anne Hidalgo, pelo Director dos monumentos históricos Philippe Bélaval e pelo Arquitecto Dominique Perrault.

Ela prevê aproveitar a renovação do Tribunal de Paris, da Prefeitura de Polícia e do Hôtel-Dieu, de maneira a tirar todo o potencial turístico da catedral de Notre-Dame e da Sainte-Chapelle.

O incêndio da catedral constituiu uma «divina surpresa» para os poderes públicos que poderão assim realizar este projecto e explorar comercialmente toda a ilha. O que o Ministro do Interior, Christophe Castaner, resumiu ao declarar que a Notre-Dame de Paris «não é uma catedral, é o nosso bem comum».

"Merkel fez a coisa certa na crise migratória", diz Juncker


Jean-Claude Juncker, que deixa presidência da Comissão Europeia em outubro, elogia política de boas-vindas aos refugiados da chanceler federal alemã. Ele afirma que "a história provará que ela tem razão".

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, elogiou o trabalho da chanceler federal alemã Angela Merkel, principalmente sua política de boas-vindas aos refugiados no outono europeu de 2015. Segundo ele, a história mostrará que a política conservadora alemã estava certa. 

"Angela Merkel fez a coisa certa no outono [europeu] de 2015, e a história vai provar que ela tem razão", afirmou Juncker em entrevista publicada nesta sexta-feira (24/05) pelo tabloide alemão Bild. "Se ela tivesse fechado as fronteiras alemãs, a Áustria e a Hungria teriam tido um colapso sob o peso dos refugiados. Essa é a verdade."

Holanda trava o populismo eurocético


Partidos pró-UE devem ganhar maioria dos assentos holandeses no Parlamento Europeu, segundo pesquisa de boca de urna. Eleitores britânicos e residentes no Reino Unido relatam irregularidades e votos "desaparecidos".

Os partidos holandeses pró-UE encaminharam uma vitória surpreendente nas eleições para o Parlamento Europeu, de acordo com uma pesquisa de boca de urna realizada na quinta-feira (23/05), dia em que o país votou. Os dados coletados sugeriam ainda que os populistas eurocéticos não conseguiram obter a quantidade de votos previstos pelas sondagens e se mantiveram praticamente no mesmo patamar do último pleito europeu.

O Partido Trabalhista, do vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, apareceu como o grande vencedor do pleito e deve ganhar cinco dos 26 assentos reservados para a Holanda no Parlamento Europeu, segundo a pesquisa realizada pela Ipsos para a emissora pública holandesa NOS.

"Há uma clara maioria de pessoas na Holanda, se você as contar como um todo, que quer que a União Europeia continue desempenhando um papel na solução dos problemas que precisam ser resolvidos", disse Timmermans, o principal candidato do agrupamento social-democrata ao Parlamento Europeu.

Londres | May sucumbe ao caos do Brexit


O processo de saída do Reino Unido da UE se provou ser um desafio político muito maior do que parecia, dividindo população e classe política. A PM se perdeu em meio a isso. E não lhe restou saída, senão a própria

Barbara Wesel, Bruxelas (Bélgica)| Opera Mundi | opinião

Quem observou Theresa May nos últimos meses ficou especialmente surpreso com seu poder de resistência sem limites. Nenhuma humilhação na Câmara dos Comuns ou demissão de ministro parecia impressioná-la. Como um "João-bobo" político, ela era vista novamente na próxima reunião no Parlamento ou na cúpula do Brexit, em Bruxelas. Por vezes, ela até perdeu a voz devido ao grande stress. E até mesmo seus opositores tiveram pena dela por causa de seu trabalho difícil. Mas, agora, chegou o fim para a primeira-ministra que parecia, como um gato, ter sete vidas.

No final, na verdade, parece que seu próprio partido está retirando-a do cargo. Durante a semana, todos os críticos afirmaram que esta sexta-feira (24/05) seria a última data em que ela poderia partir com dignidade. Já que, na próxima segunda-feira, assim que os resultados devastadores esperados para os conservadores nas eleições europeias estivessem disponíveis, ela acabaria sendo derrubada por caciques do partido.

ONU | Políticas do governo britânico levaram 14 milhões de pessoas à pobreza no Reino Unido


As políticas do governo britânico levaram ao empobrecimento sistemático de 14 milhões de pessoas no Reino Unido, informou um relatório do especialista da ONU em pobreza e direitos humanos, Philip Alston, divulgado nesta quinta-feira (23/05) após realizar uma visita oficial ao país.

Segundo o documento, "há 14 milhões de pessoas vivendo na pobreza, níveis recordes de fome e falta de moradia, queda na expectativa de vida de alguns grupos, cada vez menos serviços comunitários, e grande redução de policiamento". 

O relatório indica que o Brexit se tornou uma distração trágica das políticas sociais e económicas. Para o especialista, "a imposição da austeridade foi um projeto ideológico destinado a reformular radicalmente a relação entre o governo e os cidadãos".

Estados Unidos e Venezuela: Um contexto histórico


James Petras

"A Venezuela tem as maiores reservas de petróleo do mundo, de que são proprietários e nós queremo-las". – (funcionário anónimo de Trump)

A hostilidade dos EUA e os seus esforços para derrubar o governo venezuelano fazem parte duma longa e vergonhosa história da intervenção dos EUA na América Latina que remonta à segunda década do século XIX. 

Em 1823, o presidente Monroe, dos EUA, declarou, em seu nome, a "Doutrina Monroe" – o direito dos EUA em manter os europeus fora da região e o direito de os EUA intervirem na defesa dos seus interesses económicos, políticos e militares.

Vamos traçar um esboço das fases históricas da intervenção política e militar dos EUA, em nome dos interesses de empresas e da banca dos EUA na região e os movimentos políticos e sociais latino-americanos que se lhe opuseram. 

Portugal | Porque estão as pessoas a marimbar-se para as europeias?


Anselmo Crespo* | Diário de Notícias | opinião

Sim, eu sei que está farto de ver políticos em arruadas, feiras e mercados. Que já não há paciência para as danças ridículas, para as voltinhas de bicicleta - ou de helicóptero - e para o político que decide tocar bateria, só para garantir que aquela imagem se torna viral. Bem sei que já não se aguentam os discursos inflamados e a reação à reação do outro que disse o que não queria dizer. Eu sei que temos todos bons motivos para não ligar nenhuma às eleições europeias. Mas se o erro de pensar assim não é nosso, as grandes vítimas da abstenção seremos nós.

O país parece estar em campanha há uma eternidade. A proximidade com as eleições legislativas não ajuda e a nacionalização que António Costa fez das eleições para o Parlamento Europeu foi um golpe fatal para desvalorizar ainda mais um ato eleitoral que devia estar no topo das nossas prioridades políticas e que acabou por se tornar numa espécie de primárias para as "eleições a sério".

Portugal | Fiscais das secretas validam acesso a dados das comunicações


"Necessidade inquestionável"

O Conselho de Fiscalização do SIRP antecipou-se ao acórdão do Tribunal Constitucional e, no seu relatório publicado esta sexta-feira, testemunha o eficaz e necessário acesso dos espiões aos metadados das chamadas telefónicas e acessos à internet de suspeitos

Inquestionável e inequívoca necessidade" - declara o Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa (CFSIRP) sobre o acesso das secretas aos dados das comunicações telefónicas e da internet.

No parecer publicado esta sexta-feira, o CFSIRP - entidade que fiscaliza a legalidade da atividade dos serviços de informações nacionais - testemunha que verificou o funcionamento deste instrumento de espionagem e atesta a sua eficácia.

"Este Sistema começou já a funcionar e, perante o que daí pode extrair-se, o CFSIRP testemunha, face às várias situações em que o mesmo foi chamado a fornecer dados aos Serviços de Informações, a positiva conceção, construção e aplicação do mesmo, bem como a sua inquestionável e inequívoca necessidade (sem sucedâneo disponível), permitindo a Portugal sanar uma grave lacuna, verdadeiramente singular a nível internacional", está escrito no relatório.

Portugal | Milhares de jovens juntos pelo clima em todo o país


Marquês, em Lisboa, República, no Porto. Duas praças a encherem de jovens em luta pelo clima, ironicamente, entre os carros que continuam a circular naquela praça lisboeta.

Milhares de jovens saíram à rua, esta sexta-feira de manhã, em luta pelo clima, alinhados pela manifestação mundial de alerta. Em Lisboa, cerca de cinco mil dirigem-se para a Assembleia da República, onde se concentraram para exigir medidas aos governantes.

À chegada das escadarias da Assembleia da República, os estudantes elevaram o tom de voz. "Não há planeta B", gritavam. "Governo escuta, os estudantes estão em luta", ouvi-se, ainda, numa rua de São Bento repleta de jovens. À frente algumas mães com carrinhos de bebé.

Os jovens começaram a manifestação no Marquês de Pombal, cerca das 10.30 horas, ainda com o trânsito a circular na rotunda. Mais que uma ironia, de se verem jovens em luta pelo clima cercados de emissores ambulantes de CO2, o perigo que representava para os estudantes a manifestar-se no Marquês de Pombal.

"Uma manifestação do clima com estes carros todos a passar", diz um dos jovens ao JN. Um agente da PSP, no local, disse que não lhes foi pedido para fechar o trânsito e que não sentiram que fosse necessário.

Portugal | Parlamento Europeu? 65% dos eleitores não vão votar!

Os destinos de Portugal e suas políticas andam superiormente comandados por diretórios que não são portugueses ou simplesmente não defendem devidamente os interesses de Portugal.

A título de exemplo referimos a União Europeia e a NATO, mas não só, há mais alguns. E elite política e militar de Portugal é subserviente a essas organizações e corporações, tirando daí proveitos próprios que lhes são reservados, como são os vários exemplos de nomeações aqui e acolá com vencimentos e bónus chorudos e elogios para que constem e os papalvos dos portugueses se sintam orgulhosos. Estupidamente, porque dali em nada o povo português beneficiou, nem o país. É a vida, assim dizem, num encolher de ombros característico de gentes amorfas, enrascadas, que não sabem nem querem saber como será possível mudar este estado de coisas más, ou menos boas. E assim acontece. Portugal, uma quintinha só de alguns à beira-mar plantada.

Hoje, sexta-feira, é o último dia da campanha eleitoral para as eleições europeias. Para eleger o dito Parlamento Europeu... Evento que tem decorrido a roçar a imbecilidade de muitos políticos candidatos a deputados no referido parlamento. Eles e os capangas de partido que os apoiam e os acompanham nos comícios, nas arruadas, nos almoços e jantares, nos passeios de helicóptero, nos ditos e mexericos espúrios, etc. exibem cada vez mais as suas mediocridades abomináveis e as suas indisfarçáveis arrogâncias com doses de falsas humildades, com mentiras quanto bastem (julgam eles) para serem eleitos por uns quantos portugueses. Nunca pela maioria dos portugueses, sim por uma ínfima parte deles, eleitores. E está certo que assim aconteça. Afinal aqueles ditos deputados europeus de Portugal em muito pouco ou nada defendem os interesses de Portugal e dos portugueses. Justamente a esmagadora maioria dos eleitores em Portugal não comparecem a depositarem o seu voto.

Dito isso, basta de pôr muito mais na escrita sobre o assunto e referir somente algo  que comprova o que atrás é exposto. Martim Silva, no Expresso Curto que trazemos hoje ao PG elaborou um título: "69% não sabem dizer o nome de um eurodeputado português". Pois claro que não, nem é de admirar.

Brasil | Presidente tenta passar impressão de normalidade em manifestação da ultradireita


Os atos de domingo foram chamados por apoiadores de Bolsonaro para se contrapor às manifestações do último dia 15 contra bloqueio nos recursos para a Educação, no que acabou se tornando um ato contra o governo.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse, em café da manhã com jornalistas nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, que que as manifestações convocadas para domingo a favor do governo seriam apenas um movimento espontâneo cuja pauta “não tem nada de anormal”. Mas reiterou que não irá comparecer aos atos.

— É um movimento espontâneo, eu respeito a soberania popular. Eles têm uma pauta definida e essa pauta não tem nada de anormal, é um direito da população de se manifestar — disse Bolsonaro.

Os atos de domingo foram chamados por apoiadores de Bolsonaro para se contrapor às manifestações do último dia 15 contra bloqueio nos recursos para a Educação, no que acabou se tornando um ato contra o governo. O presidente inicialmente chegou considerar comparecer, mas depois decidiu não participar.

Mais lidas da semana