Mais de cem mil alunos do ensino
primário na Lunda-Norte vão beneficiar de novos livros didácticos durante o
presente ano lectivo, segundo a directora do Gabinete Provincial da Educação.
Bernardete Cola Cachoco falava
durante a cerimónia de entrega simbólica e gratuita de 30.550 livros didácticos
do ensino primário (1ª, 2ª 3ª e 4ª classes), das disciplinas de Educação Manual
e Plástica, Matemática e Língua Portuguesa, que, numa primeira fase, vão ser
distribuídos a seis dos dez municípios da Lunda-Norte.
Explicou que o processo de
distribuição começou no município do Chitato e que seguir-se-ão os de Caungula,
Cuilo, Lubalo, Xá-Muteba e Capenda-Camulemba, tão logo chegue o segundo
carregamento.
A distribuição dos manuais, de
acordo com a directora do Gabinete Provincial da Educação, vai ser feita em
função do número de alunos que cada município matriculou no ano lectivo em
curso.
A cerimónia de entrega simbólica
dos manuais didácticos foi testemunhada pelo governador Ernesto Muangala e
representantes do Comando Provincial da Polícia Nacional, incumbidos de
garantir a não comercialização dos mesmos.
Necessidades
Lunda-Norte precisa de 1.567
novas salas de aula, para todos os subsistemas de ensino não universitário,
segundo a directora do Gabinete Provincial da Educação.
Bernardete Cachoco, que deu essa
informação no início do corrente mês, durante a abertura do ano lectivo,
acrescentou que, numa primeira fase, vão ser construídas 128 escolas, das quais
60 para o ensino primário, com um mínimo de dez salas de aula cada, 59
complexos escolares, quatro do II ciclo do ensino geral e cinco institutos
médios politécnicos.
A província da Lunda-Norte, ainda
de acordo com Bernardete Cachoco, clama também pela construção de 45
laboratórios de distintas especialidades e doze bibliotecas, com vista à
promoção da qualidade de ensino.
Quanto aos recursos humanos e
equipamentos escolares, a directora provincial da Educação disse que são
necessários 1.050 professores e 53.760 carteiras.
"Indicadores apontam que
neste ano lectivo as salas de aula, em diferentes escolas da província, vão
registar superlotação de alunos", adiantou. Sem avançar dados concretos,
Bernardete Cachoco disse que, para este ano lectivo, previa-se matricular
111.755 novos alunos, mas não foi possível alcançar as metas traçadas.
A directora do Gabinete
Provincial da Educação lembrou que, no ano lectivo passado, foram matriculados
238.434 alunos, o que, na altura, representou um crescimento de 14 por cento, em
relação ao ano de 2018.
Jornal de Angola
----
Nota PG
Leia em Página Global sobre os anos de "desvio" dos manuais escolares gratuitos, financiados pelo Estado Angolano, que uma rede de criminosos vendia a preços proibitivos, criando sérias dificuldades financeiras aos país dos alunos - havendo muitos deles a frequentarem a escola sem livros por falta de capacidades económicas das famílias para os comprar.
Há vários anos que em Página Global a situação e a denúncia vem fazendo parte do leque das nossas publicações, através de artigos do editor e livreiro em Angola ANTÓNIO JORGE. Imensos anos em que a indiferença dos governantes e das autoridades judiciais e policiais, sobretudo escolares, prevaleceu, em conluio voluntário e/ou involuntário com aquilo a que no PG denominámos "A Máfia dos Livros Escolares".
.jfif)
Sem comentários:
Enviar um comentário