O relatório da Inspeção-Geral da
Administração Interna (IGAI) iliba a companhia aérea TAP e o aeroporto de
Lisboa de terem violado as regras de segurança no caso de um voo para a
Venezuela, segundo o Ministério da Administração Interna.
O ministro da Administração
interna, Eduardo Cabrita, recebeu no sábado o relatório da IGAI sobre
os procedimentos de segurança de um voo para Caracas que levou o Governo da
Venezuela a acusar a TAP de ter violado "padrões internacionais" ao
ter permitido o transporte de explosivos e por ter ocultado a identidade do
líder da oposição, Juan Guaidó.
"Os resultados preliminares
que acabei de receber desse relatório são muito claros ao indicar que, no
aeroporto de Lisboa, na atuação quer das autoridades aeroportuárias,
quer da companhia aérea TAP, não houve nenhuma violação de regras de segurança",
afirmou Eduardo Cabrita à estação de televisão RTP.
O ministro precisou que, após as
primeiras declarações das autoridades venezuelanas, determinou à IGAI a
14 de fevereiro "a instauração de um inquérito sumário a uma
eventual falha de segurança no aeroporto de Lisboa" e "no acesso a
esse voo".
Depois de terem acusado a
companhia aérea portuguesa de ter violado "padrões internacionais",
por alegadamente ter permitido o transporte de explosivos e por ter
ocultado a identidade do líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, num
voo para Caracas, o Governo venezuelano decidiu suspender por 90 dias os voos
da TAP para a Venezuela.
"Devido às graves
irregularidades cometidas no voo TP173, e em conformidade com os regulamentos
nacionais da aviação civil, as operações da companhia aérea TAP ficam suspensas
por 90 dias", disse o ministro dos Transportes da Venezuela, Hipólito
Abreu.
Segundo o Governo venezuelano,
Juan Marquez, tio de Guaidó que acompanhava o sobrinho nesse voo,
transportou "lanternas de bolso táticas" que escondiam "substâncias químicas
explosivas no compartimento da bateria".
Assim, as autoridades
venezuelanas consideram que a TAP, nesse voo entre Lisboa e Caracas, violou
normas de segurança internacionais, permitindo explosivos, e também ocultou a
identidade do autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó,
na lista de passageiros, embora a segurança aeroportuária não seja da
responsabilidade das companhias transportadoras.
Notícias ao Minuto | Lusa |
Imagem: Fotomontagem
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