terça-feira, 17 de março de 2020

França restringe circulação de pessoas para conter coronavírus


'Nós estamos em guerra, em guerra sanitária, não contra um Exército, mas o inimigo está lá e requer uma mobilização geral', afirmou presidente; franceses poderão sair de casa apenas para trajetos estritamente necessários

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou na segunda-feira (16/03) a imposição de restrições drásticas na circulação de pessoas para tentar controlar a propagação do novo coronavírus. Pelos próximos 15 dias, os franceses poderão deixar suas casas apenas para ir ao trabalho, supermercado e realizar viagens estritamente necessárias.

"Nós estamos em guerra, em guerra sanitária, não contra um Exército, mas o inimigo está lá e requer uma mobilização geral", afirmou Macron, durante um pronunciamento na televisão.


O presidente francês afirmou que os "movimentos serão fortemente reduzidos" e apenas "os trajetos necessários" serão permitidos, com sanções para quem não obedecer. Macron afirmou que a ampliação da restrição foi necessária pois o pedido para que o contato social seja evitado não está sendo respeitado.

"As reuniões de família e amigos não são possíveis, assim como encontrar amigos no parque deixa de ser possível", disse Macron. "Vimos pessoas em parques, mercados lotados, restaurantes, bares que não estão seguindo as instruções. Você não está somente não se protegendo, mas não está protegendo os outros", ressaltou.

Macron repetiu o apelo para que os franceses permaneçam em casa. Ele não anunciou qual será a punição para aqueles que não cumprirem as restrições. Além da medida, ele anunciou o adiamento do segundo turnos das eleições locais e a suspensão da reforma da Previdência , que levou milhares de franceses às ruas ao longo do ano passado.

Nesta segunda-feira, a França registou ao todo 5.397 casos da covid-19 e 127 mortes. O país também fechará as fronteiras para os estrangeiros, assim como estão fazendo diversos países-membros da União Europeia (UE). Apenas franceses e residentes poderão entrar no país pelos próximos 30 dias.

Opera Mundi

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