'Nós estamos em guerra, em guerra
sanitária, não contra um Exército, mas o inimigo está lá e requer uma
mobilização geral', afirmou presidente; franceses poderão sair de casa apenas
para trajetos estritamente necessários
O presidente da França, Emmanuel
Macron, anunciou na segunda-feira (16/03) a imposição de restrições
drásticas na circulação de pessoas para tentar controlar a propagação do novo
coronavírus. Pelos próximos 15 dias, os franceses poderão deixar suas casas
apenas para ir ao trabalho, supermercado e realizar viagens estritamente
necessárias.
"Nós estamos em guerra, em
guerra sanitária, não contra um Exército, mas o inimigo está lá e requer uma
mobilização geral", afirmou Macron, durante um pronunciamento na
televisão.
O presidente francês afirmou que
os "movimentos serão fortemente reduzidos" e apenas "os trajetos
necessários" serão permitidos, com sanções para quem não obedecer. Macron
afirmou que a ampliação da restrição foi necessária pois o pedido para que o
contato social seja evitado não está sendo respeitado.
"As reuniões de família e
amigos não são possíveis, assim como encontrar amigos no parque deixa de ser
possível", disse Macron. "Vimos pessoas em parques, mercados lotados,
restaurantes, bares que não estão seguindo as instruções. Você não está somente
não se protegendo, mas não está protegendo os outros", ressaltou.
Macron repetiu o apelo para que
os franceses permaneçam em casa. Ele não anunciou qual será a punição para
aqueles que não cumprirem as restrições. Além da medida, ele anunciou o adiamento
do segundo turnos das eleições locais e a suspensão da reforma da Previdência ,
que levou milhares de franceses às ruas ao longo do ano passado.
Nesta segunda-feira, a França
registou ao todo 5.397 casos da covid-19 e 127 mortes. O país também fechará
as fronteiras para os estrangeiros, assim como estão fazendo diversos
países-membros da União Europeia (UE). Apenas franceses e residentes poderão entrar
no país pelos próximos 30 dias.
Opera Mundi
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