Uma equipa de 52 médicos e
enfermeiros cubanos partiu no sábado em direção à Lombardia em resposta a um
pedido de ajuda daquela região do norte da Itália, a mais afetada pela pandemia
do novo coronavírus.
Segundo o governo cubano, os
especialistas, qualificados e com experiência em epidemias como o Ébola,
ajudarão os seus colegas lombardos, que estão a trabalhar em condições
extremas e hospitais sobrecarregados pelo rápido aumento do número de casos
graves.
O grupo irá juntar-se a uma dúzia
de médicos chineses já na área que serão colocados num novo hospital
de campo em Bérgamo, a província com o maior número de pessoas doentes.
A Itália, o país mais atingido
pela epidemia, já acumulou 4.825 vítimas mortais com o coronavírus, 793 só
nas últimas 24 horas, fazendo dela a nação com o maior número de mortes, acima
da China, onde o surto do novo coronavírus começou no final de dezembro passado.
Esta é a sexta equipa médica
cubana a sair do país, onde o governo insiste que por enquanto a situação está
sob controlo, alegando que todos os casos são importados e não há contágio
local.
Grupos de especialistas cubanos
já estão no Suriname, Nicarágua, Jamaica e Venezuela e em breve estarão em
Granada, informou o Ministério das Relações Exteriores.
Os especialistas cubanos fazem
parte do Contingente Internacional Henry Reeve, criado pelo falecido
ex-presidente Fidel Castro em 2005 para ajudar em situações de desastre e epidemia.
O seu trabalho em cerca de 20 nações valeu-lhes um prémio da Organização
Mundial de Saúde em 2017.
"Há um sentimento nacional
de querer cooperar. Recebemos mensagens de voluntários dispostos a ir a
qualquer lugar para ajudar nesta situação de saúde global", disse Jorge
Juan Delgado, diretor da Cooperação Médica do Ministério da Saúde
Pública de Cuba (Minsap) à imprensa estatal.
A cooperação médica da ilha está
presente em 37 países com casos de Covid-19. De acordo com as autoridades,
nenhum médico cubano foi infetado e todos estão "de boa
saúde".
Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem
em Rádio Rebelde
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