Manuel Molinos | Jornal
de Notícias | opinião
Não sabemos ainda qual será o
impacto das medidas de emergência agora tomadas para reforçar o combate ao novo
coronavírus.
A Matemática diz-nos que os casos
de Covid-19 irão disparar e os números são incertos. Mesmo fechados em casa
para nos protegermos, de forma voluntária ou exigida, sabemos, no entanto, que
ainda há quem perca tempo a criticar o presidente da República, o
primeiro-ministro, o Governo, os deputados. Faz parte, mesmo em estado de
guerra. Mas há quem esteja em silêncio, a tentar passar despercebido.
Também sabemos que muitas
empresas estão apreensivas, preocupadas, e outras que, mesmo antevendo grandes
dificuldades, têm cumprido a sua função social. Das tecnológicas ao setor dos
média, não faltam exemplos de solidariedade e de união com os portugueses.
Pena que a Banca, a mesma que uma
geração já ajudou vezes sem conta, ainda esteja em relativa apatia, tendo
acenado com uns descontos em comissões para aliviar custos a comerciantes e a
particulares e eliminando algumas taxinhas. Pena que muito provavelmente seja
obrigada por decreto a ajudar o país. Pena que tenha de ser o Governo, como
deve acontecer hoje, a chamar a Banca para ajudar a manter a normalidade
económica e social de Portugal.
Como disse Marcelo Rebelo de
Sousa, todos temos de fazer a nossa parte. Não parece haver muitas dúvidas que
tanto o primeiro-ministro como o presidente da República têm estado muito bem.
Como esteve o líder da Oposição, Rui Rio, quando manifestou o apoio dos
sociais-democratas ao Governo neste combate, desejando "coragem, nervos de
aço e muita sorte" a António Costa. Como esteve bem a generalidade dos
partidos políticos, com uma ou outra exceção de quem pense que ainda estamos em
tempo de cobranças, de tricas e de jogos de interesses.
Todos têm estado bem, menos
aqueles a que já nos acostumamos...
*Diretor-adjunto
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