A Assembleia da República aprovou
esta quinta-feira o decreto do Presidente da República que renova o estado de
emergência até ao final do dia 2 de maio, para permitir medidas de contenção da
Covid-19.
No plenário, o PS, PSD, BE,
CDS-PP e PAN votaram a favor da prorrogação do estado de emergência, enquanto o
PEV e Chega abstiveram-se.
O PCP, a deputada não
inscrita Joacine Katar Moreira e o líder da Iniciativa Liberal, João
Cotrim de Figueiredo, votaram contra.
Em relação à primeira renovação
do estado de emergência, há duas semanas, mudaram o sentido de voto o PCP e a
deputada não inscrita, Joacine Katar Moreira, que se tinham abstido e hoje
votaram contra.
PS, PSD, BE, CDS-PP e PAN votaram
favoravelmente os três pedidos de autorização do Presidente da República para
declarar o estado de emergência.
Tiago Rodrigues
"Espero que seja a última
vez"
É preciso começar a reanimar
economia mas sem descontrolar a pandemia, defendeu António Costa. Além do
regresso às aulas do 12.º, o primeiro-ministro também deseja reabri as creches
em maio. "Espero que seja a última vez" que seja preciso renovar o
Estado de Emergência, disse o primeiro-ministro.
Os próximos 15 dias são, por
isso, fundamentais para se preparar o próximo ano. No encerramento do debate, o
primeiro-ministro sublinhou que o país vai ter de aprender a viver com o vírus
já que no próximo ano e meio não deve haver vacina.
O regresso à normalidade pode
começar pelo comércio local. A recuperação será gradual e progressiva,
sublinhou. No próximo mês, o primeiro-ministro também admite reabrir as portas
de cabeleireiros e de eventos culturais com lugares marcados que permitem
distanciamento.
"Temos de olhar também para
atividades e recintos desportivos, espetáculos ao ar livre". "A
Cultura não pode continuar encerrada à espera de melhores dias" mas o
teletrabalho deve manter-se, defendeu. Apesar de as empresas deverem
reorganizar os tempos de trabalho, por exemplo, dividindo os trabalhadores
entre horários distintos.
Para dar confiança aos
portugueses para os fazer sai de casa, o Governo vai assegurar, garantiu
António Costa, em quantidade abundante no mercado, equipamentos de proteção,
como máscaras, assim como "a massificação da produção de gel
alcoolizado".
Alexandra Inácio
"Alvará para despedimentos
em massa", acusa Joacine
A deputada não inscrita Joacine
Katar Moreira disse que "o estado de emergência serve como uma espécie de
alvará para despedimentos em massa e para uma alta taxa de desemprego".
"Falo do uso abusivo do
lay-off, da informalidade. Falo ainda de cidadãos que estão a ser alvo de ordem
de despejo. De famílias que estão a residir em quartos. O estado de emergência
veio revelar muitas desigualdades. Hoje também votarei contra a renovação do
estado de emergência, porque é urgente que haja um combate enorme contra
essas desigualdades", concluiu a deputada.
Tiago Rodrigues
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Notícias
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