A Ordem dos Advogados da
Guiné-Bissau criticou, esta terça-feira, a "indiferença" do
Presidente e do primeiro-ministro em relação ao ataque ao deputado Marciano
Indi. E pede que infratores sejam levados à Justiça.
Num comunicado, divulgado terça-feira (26.05) à imprensa, a Ordem dos Advogados "repudia e condena
veementemente a indiferença" do Presidente guineense, Umaro Sissoco
Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam, em relação ao ataque
ao deputado guineense Marciano Indi e pede a "condução imediata
dos infratores às instâncias judiciais".
"O Estado de Direito
democrático exige a superação do ódio, da vingança e do divisionismo e apela à
Nação à unidade e à prática de valores", salienta-se no comunicado,
assinado pelo bastonário da Ordem dos Advogados, Basílio Sanca.
O advogado salienta que não pode
haver "paz sem responsabilização dos infratores", sejam eles
"públicos ou privados, ministro ou cidadão, Presidente da República ou
régulo, mulher ou homem."
O deputado Marciano Indi, da
Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), foi
raptado e espancado na sexta-feira (22.05) por um grupo de desconhecidos, mas
acabou por ser libertado, depois da intervenção do presidente do Parlamento
nacional, Cipriano Cassamá.
Marciano Indi é conhecido pela
sua posição crítica face ao atual poder na Guiné-Bissau, nomeadamente o líder
da APU-PDGB e primeiro-ministro, Nuno Nabiam, com quem se incompatibilizou de
forma aberta. Indi tem defendido a continuidade do seu partido no acordo de
incidência parlamentar assinado com o Partido Africano da Independência da
Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em março passado, para desta forma criar
uma maioria no Parlamento.
Deutsche Welle | Lusa
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