Pena
Preta * | opinião
A celebração do 1º de Maio da
CGTP foi um êxito. Compreendem-se por isso as condenações de que foi objecto
por parte de um agressivo e despeitado coro de reaccionários, e também de
alguns patetas que se julgam “de esquerda”. O que os indigna é transparente:
falhou o desejo de ver o movimento sindical confinado e manietado por uma
“emergência” concentracionária. Um sonho que integraria o “novo normal” de que
falam. Nos media onde reinam poderão esconder os trabalhadores. Mas não será
tão fácil retirá-los das ruas.
Ao ouvir no telejornal de domingo
da RTP as afirmações bacocas de dois irmãos siameses de ideias num comentário
dito pluralista, que a UGT, ao contrário da CGTP tinha feito bem em celebrar
virtualmente o primeiro de Maio, lembrei-me de M Esteves Cardoso que num
certeiro artigo sobre a festa do Avante afirmou que as criticas e comentários à
Festa tinham por detrás, a dor de cotovelo, a raiva de não conseguirem realizar
uma Festa como aquela.
Mas mais do que a raiva há também o ódio de classe.
O Presidente da Câmara de Cascais
publicou uma fotografia do 1º de Maio do ano passado, outros nas redes sociais
publicam fotografias falsas para tentarem mostrar que a CGTP, não cumpriu as
regras definidas.
Marques Mendes, a voz de Marcelo,
fala em excepções incompreensivas ocultando a votação da Assembleia da
Republica e o voto favorável do PSD. Diz que é um mau exemplo.
Marcelo procurando lavar as mãos
diz que esperava uma celebração mais simbólica. Talvez uma selfie com a Isabel
Camarinha.
Raquel Abecassis dirigente do CDS
escreveu, num artigo que Vítor Malheiros considera uma vergonha para o Público,
sobre a dualidade de critérios entre a CGTP e a Igreja Católica, sabendo que
todas as decisões foram tomadas em diálogo e que a Igreja fez a sua opção. Um
padre na missa diz que a Geringonça manda no país, um representante na terra do
Cónego Mello e totalmente distante do Papa Francisco que sabe como tudo foi
decidido, mas que com má fé não deixa de lançar o veneno.
Na SIC Rodrigues Guedes de
Carvalho mostrou a sua “objectividade” e “isenção”, numa despudorada entrevista
à Ministra da Saúde e a sua sanha contra a CGTP. A inefável “estoriadora”
Helena Matos, no “Observador” do dinheiro afirmava que a CGTP iria pagar caro,
muito caro a celebração do primeiro de Maio. Estes alguns exemplos de gente
preconceituosa e desonesta.
Não tenho dúvidas que para uns
lhes faz falta uma PIDE, ou a Santa inquisição para meter na “ordem” os
trabalhadores e a sua Central.
A todos estes lembrar Camus, o
seu herói o Dr. Rieux, e a “Honestidade”: ” é uma ideia que pode fazer rir, mas
a única maneira de lutar contra a peste, é a honestidade.”
Fonte:
https://foicebook.blogspot.com/2020/05/ma-fe.html
- em O Diário.info
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