sábado, 27 de junho de 2020

Portugal | Fascistas e racistas manifestam-se hoje em Lisboa


Que “Portugal não é racista” é o mote do partido de má-ventura denominado Chega, radical de extrema-direita, fascista e repleto de bolores salazaristas, disfarçados contudo de vestes democráticas – enquanto e se não ganhar força representativa em eleições, resultado da sua postura e de declarações populistas para manipular e vigarizar eleitores portugueses.

Sobre o acontecimento lisboeta versa o Expresso e demais comunicação social. A PSP declarada temer desacatos. É muito provável que ocorram. Antifascistas e antiracistas podem muito bem manifestarem-se indignados com a mentira do mote, porque está mais que provado que o racismo existe em Portugal como em demasiados países do mundo. E, inevitavelmente, os fascistas são também racistas. A demonstração poderá ocorrer se alguma vez o Chega e seus correligionários chegarem aos poderes. Então sim, serão semelhantes ou ainda piores que o regime que experimentámos por quase 50 anos e que derrubámos em 25 de Abril de 1974.

Não devemos esquecer que Hitler foi vencedor em eleições na Alemanha… Depois deu no que deu. Evitar que o Chega não chegue a representatividade que afete as liberdades e a democracia depende dos eleitores. Vamos ver, não esquecendo que o populismo tem manhas que cativam os menos avisados sobre os realmente extremistas racistas, fascistas, nazis sem tirar nem pôr.

A parcial notícia do Expresso a seguir.

Chega: Polícia teme desacatos na ‘manif’ de André Ventura

Agentes da PSP receiam que haja colegas mais brandos com apoiantes do Chega se houver confrontos com antifascistas. Ventura diz que está a fazer tudo para “evitar riscos desnecessários”. Manifestação é este sábado em Lisboa.

A manifestação do Chega sob o lema “Portugal não é racista” está a ser encarada com apreensão pela PSP de Lisboa: há receios de haver desacatos entre elementos da extrema-direita nacionalista e de grupos antifascistas que possam aparecer ao longo do percurso entre o Marquês de Pombal e a Praça do Comércio.

“Estarão no terreno equipas à civil para monitorizar movimentações suspeitas. Também as equipas da Unidade Especial de Polícia estarão de prevenção”, admite uma fonte da PSP que assegura que as forças e serviços de segurança estão prevenidas para o pior cenário. Fontes da PSP receiam que, a haver confrontos com os elementos antirracistas, alguns dos agentes possam tomar partido dos manifestantes ligados ao Chega, devido às simpatias partidárias. Esta ideia, porém, é negada por Peixoto Rodrigues, sindicalista da PSP que também foi candidato às europeias pela coligação Basta (onde se incluía o Chega): “Não admito que haja parcialidade numa hipotética intervenção policial. Um polícia decide a favor da lei.”

Hugo Franco | Liliana Coelho | Expresso

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