Que “Portugal não é racista” é o
mote do partido de má-ventura denominado Chega, radical de extrema-direita,
fascista e repleto de bolores salazaristas, disfarçados contudo de vestes
democráticas – enquanto e se não ganhar força representativa em eleições,
resultado da sua postura e de declarações populistas para manipular e vigarizar
eleitores portugueses.
Sobre o acontecimento lisboeta
versa o Expresso e demais comunicação social. A PSP declarada temer desacatos. É
muito provável que ocorram. Antifascistas e antiracistas podem muito bem
manifestarem-se indignados com a mentira do mote, porque está mais que provado
que o racismo existe em Portugal como em demasiados países do mundo. E,
inevitavelmente, os fascistas são também racistas. A demonstração poderá
ocorrer se alguma vez o Chega e seus correligionários chegarem aos poderes. Então
sim, serão semelhantes ou ainda piores que o regime que experimentámos por
quase 50 anos e que derrubámos em 25 de Abril de 1974.
Não devemos esquecer que Hitler
foi vencedor em eleições na Alemanha… Depois deu no que deu. Evitar que o Chega
não chegue a representatividade que afete as liberdades e a democracia depende
dos eleitores. Vamos ver, não esquecendo que o populismo tem manhas que cativam
os menos avisados sobre os realmente extremistas racistas, fascistas, nazis sem
tirar nem pôr.
A parcial notícia do Expresso a
seguir.
Chega: Polícia teme desacatos na
‘manif’ de André Ventura
Agentes da PSP receiam que haja
colegas mais brandos com apoiantes do Chega se houver confrontos com
antifascistas. Ventura diz que está a fazer tudo para “evitar riscos
desnecessários”. Manifestação é este sábado em Lisboa.
A manifestação do Chega sob o
lema “Portugal não é racista” está a ser encarada com apreensão pela PSP de
Lisboa: há receios de haver desacatos entre elementos da extrema-direita
nacionalista e de grupos antifascistas que possam aparecer ao longo do percurso
entre o Marquês de Pombal e a Praça do Comércio.
“Estarão no terreno equipas à
civil para monitorizar movimentações suspeitas. Também as equipas da Unidade
Especial de Polícia estarão de prevenção”, admite uma fonte da PSP que assegura
que as forças e serviços de segurança estão prevenidas para o pior cenário.
Fontes da PSP receiam que, a haver confrontos com os elementos antirracistas,
alguns dos agentes possam tomar partido dos manifestantes ligados ao Chega,
devido às simpatias partidárias. Esta ideia, porém, é negada por Peixoto
Rodrigues, sindicalista da PSP que também foi candidato às europeias pela
coligação Basta (onde se incluía o Chega): “Não admito que haja parcialidade
numa hipotética intervenção policial. Um polícia decide a favor da lei.”
Hugo Franco | Liliana Coelho |
Expresso
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