sábado, 11 de julho de 2020

Portugal | Pico da pandemia no Outono? Abertura das escolas? Pico da irresponsabilidade?


Expresso. Sábado, Curto por David Dinis. Curta. Abre com aumento exponencial de pico pandémico com alerta para o Outono que aí vem. Declarado por especialista (naturalmente). 

Entretanto, apesar disso, prevê-se a abertura do funcionamento das escolas com milhares de crianças em aulas "normais". Quem serão os pais e encarregados de educação que vão alinhar nessa “ordem” dos ministeriáveis “sabões” (que sabem de tudo) e outros do mesmo jaez que dirigem este país? E os “sabões” da DGS também alinham na imposição de abrir escolas e pôr em risco milhares de crianças e adolescentes? De pôr em risco os agregados familiares desses alunos, principalmente os mais vulneráveis?

Fiquemos sentados a ver onde esta crise vai desembocar, assim como o grau de irresponsabilidade do governo e dos que dirigem a saúde que se espera seja constatada. Que há pais e encarregados de educação que já se pronunciam com um vigoroso NÃO, com nada de “misturas” nas escolas… Espera-se que sejam ouvidos e respeitados. Compete-lhes garantir a segurança dos seus. Porque aos ministros e agentes de más decisões a solução depois de causarem a desgraça dos outros resume-se a lamentarem os enganos e a apresentarem desculpas que não devolvem a saúde a ninguém nem a vida dos que são vítimas dessas mesmas más decisões. Portanto, por isso, pela falta evidente de segurança na abertura das escolas, resta declarar um sonoro NÃO!

É tempo de continuarem com as aulas via internet e via televisão. “Eles” que se deixem de ser tão convencidos a armarem-se em “sabões” bramindo os canudos que falta saber se não foram comprados ou por via das “cunhas” e/ou outras manigâncias. NÃO! Leram bem? Ouviram bem? Tomaram nota?

Saliente-se: não estão reunidas as condições para confiarmos nesses senhores e nessas senhoras que afinal são a elite da governação, da DGS, da Saúde na generalidade, das escolas (educação) e similares das áreas que decidem, decretam e tramam o “mexilhão”, os povos, os plebeus.

Do Curto deste sábado há mais. Interessante. Quer dizer: com interesse. Estão convidados. É só clicar em baixo para lá chegarem.

Bom dia. O melhor fim-de-semana possível.

MM | PG




O alerta à DGS. O alerta a Costa. E o mistério resolvido de um grande poeta

David Dinis | Expresso

Bom dia, e seja bem-vindo ao seu Expresso de sábado. Hoje, as primeiras notícias são alertas sobre a crise em que estamos - com um mês marcado no calendário: outubro.

Primeira crise, a pandémica, com um alerta para o perigo de um novo aumento exponencial de casos, três semanas depois do regresso às aulas. O alerta é contado por um dos principais especialistas com quem se aconselha a DGS e que está explicado aqui. Como também está explicado o plano do Ministério da Saúde para o outono, porque esse será o momento em que a covid-19 vai conviver com a gripe. E o alerta das escolas, dizendo que não vão conseguir cumprir as regras que lhes foram dadas.

Segunda crise, a económica, que leva António Costa Silva a fazer um alerta ao Governo - e outra a empresários, parceiros sociais e partidos: "O que vem aí vai ser ainda pior".

Sobre a pandemia, ainda aconselho a leitura do texto que conta como Portugal dispensou um software da OMS para contar os números da pandemia; assim como o nosso estudo que mostra como Portugal foi dos países que aplicaram medidas mais restritivas; e a entrevista com uma diretora de um hospital de Lisboa ("Sinto-me quase agredida quando vejo ajuntamentos").

Quanto à outra crise, vale a pena ler o texto que explica como outubro pode ser um teste decisivo a António Costa, tal é a acumulação de perigos que se juntam nesse mês.

Noutras paragens, vale muito a pena saber como se financiam os neonazis portugueses (não é bonito de saber). Mas também conhecer a operação secreta de Nicolás Maduro que passou por Cuba e Bissau. E, de caminho, leia a entrevista do ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, que explica como a "polarização e polinização" do combate à pandemia estão a deixar o Brasil numa situação desesperada.

No caderno de economia,

destaque para António Horta Osório, que daqui a um ano sairá da banca internacional e que, pela primeira vez, admite voltar a Portugal (e deixar o setor bancário).

Também para a TAP, que deve mesmo ser objeto de uma auditoria (às contas pós-privatização). E que procura um CEO, no momento em que é justo perguntar que CEO quer vir para Portugal trabalhar?

Assim como para a EDP, que vê António Mexia sair (sob suspeita) com contas positivas.

Mas há mais, na edição deste sábado. Como a notícia de que Carlos Costa vai avaliar... Mário Centeno; o regresso dos cruzeiros (e as regras que terão); ou o descalabro do turismo, que levará o PIB do país para números nunca antes imaginados.

Na Revista, hoje quero destacar-lhe sobretudo esta história fascinante:

A da mala de Mário de Sá-Carneiro. Julgavam-se perdidos para sempre. Mas alguns dos papéis que o poeta deixou no quarto de hotel onde se suicidou, em Paris, foram agora encontrados. E num lugar improvável: o arquivo dos herdeiros de Aquilino Ribeiro. Começa assim a deslindar-se um dos maiores mistérios da literatura portuguesa do século XX.

Mas deixo-lhe também outra ótima leitura, sobre outra leitura. Explico melhor: Benjamin Moser ganhou o Pulitzer aos 44 anos, com a biografia de Susan Sontag. É a segunda que empreende, mas diz-se “aposentado”. Daqui para a frente vai seguir outros caminhos e escrever sobre o que é ser americano. Será? A entrevista é mesmo a não perder.

Aproveite estes dias. Tenha boas leituras.

Até à próxima semana.

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