O chefe de Estado cessante da
Bielorrússia, Alexandre Lukashenko, prometeu este domingo não perder o controlo
da situação, após votar nas eleições presidenciais
O chefe de Estado cessante da
Bielorrússia, Alexandre Lukashenko, prometeu este domingo não perder o controlo
da situação, após votar nas eleições presidenciais, que às 12:00 locais (10:00
em Lisboa) contavam com uma participação de 50,3%.
"Ninguém permitirá uma perda
de controlo. Tudo vai ficar sob controlo, garanto-vos (...) Não tenham
dúvidas", afirmou Lukashenko aos jornalistas, segundo imagens divulgadas
pela emissora pública Belarus 1.
O escrutínio está a decorrer
desde as 8h e até às 20 horas locais. Quase sete milhões de bielorrussos foram
chamados às urnas, embora mais de um terço dos eleitores tenha podido exercer
antecipadamente o seu direito de voto desde 04 de agosto. A votação antecipada
foi denunciada pela oposição como favorecendo as fraudes.
As autoridades indicaram que a
participação até às 12 horas foi de 50,3%, numas eleições em que o autoritário
Alexandre Lukashenko enfrenta uma inesperada jovem candidata, Svetlana
Tikhanovskaia, que mobilizou muitos descontentes apesar da repressão.
O poder bielorrusso não se tem
poupado a esforços para conter a ascensão de Svetlana Tikhanovskaia e ainda no
sábado deteve a sua diretora de campanha, Maria Moroz, o que ocorreu pela
segunda vez após uma breve interpelação na quinta-feira.
Também uma destacada aliada da
principal candidata da oposição às presidenciais, Maria Kolesnikova, foi detida
pela polícia na noite de sábado.
Lukashenko, que está no poder
desde 1994 e que alterou a constituição várias vezes para poder concorrer à
reeleição sem limites, procura um sexto mandato.
Os resultados das últimas quatro
eleições presidenciais não foram reconhecidos como justos pelos observadores da
Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), que denunciaram
fraudes e pressões sobre a oposição.
Pela primeira vez desde 2001, e
por não ter recebido um convite oficial a tempo, a OSCE não está presente hoje
na votação.
João Miguel Salvador | Expresso,
com Lusa
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