#Escrito e publicado em português do Brasil
Fabrício
Queiroz depositou os cheques na conta da primeira-dama entre 2011 e 2018,
segundo relatório vazado nesta sexta-feira. O valor total chega a R$ 72 mil.
“Queiroz depositou 21 cheques na conta de
Michelle Bolsonaro, somando R$ 72 mil, segundo (a revista de ultradireita)
Crusoé. Bolsonaro mentiu quando falou que cheque de R$ 24 mil no nome de
Michelle (Bolsonaro) foi devolução de empréstimo a Queiroz. Roubo de Flávio
(Bolsonaro) na Alerj abasteceu a família. Bandidos!”.
O
desabafo do deputado Ivan Valente (PSOL-SP) em uma rede social, nesta
sexta-feira, refere-se a mais uma movimentação suspeita na conta do ex-assessor
da família Bolsonaro Fabrício Queiroz, preso por envolvimento em um esquema de
“rachadinhas” quando trabalhava para Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Fabrício
Queiroz depositou os cheques na conta da primeira-dama entre 2011 e 2018,
segundo reportagem publicada nesta sexta-feira. O valor total chega a R$ 72
mil. A revelação desmente o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que, em
dezembro de 2018, antes de tomar posse, afirmou que o depósito de R$ 24 mil de
Queiroz nas contas de Michelle corresponderiam a um empréstimo de R$ 40 mil que
ele teria concedido ao amigo. A quebra do sigilo de Queiroz, no entanto, mostra
que não há qualquer depósito de Bolsonaro nas contas do ex-assessor.
Relatório
Após
a quebra de sigilo de Queiroz, autorizada pela Justiça, autoridades verificaram
que o ex-PM, ligado às milícias armadas que agem na Zona Oeste do Rio, recebeu
R$ 6,2 milhões em suas contas entre 2007 e 2018. Do total, R$ 1,6 milhão seriam
salários recebidos como PM e como assessor na Alerj, onde era funcionário de
Flávio Bolsonaro. Outros R$ 2 milhões teriam vindo de 483 depósitos de
servidores do gabinete do parlamentar, o que indicaria o esquema de
‘rachadinha’. Outros R$ 900 mil foram depositados em dinheiro, sem
identificação do depositante.
Queiroz
foi preso no último dia 18 em Atibaia (SP), onde estava escondido em um imóvel
que pertence a Frederick Wassef, ex-advogado de Flávio Bolsonaro. De acordo com
relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz fez
movimentações atípicas de R$ 7 milhões de 2014 a 2017.
O
procurador da República Sérgio Pinel afirmou, no semestre passado, ter encontrado
“fortes indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro” envolvendo Flávio
Bolsonaro. O MP-RJ disse ter encontrado indícios de que o senador lavou R$ 2,27
milhões com compra de imóveis e em sua loja de chocolates, em um shopping na
Zona Oeste do Rio.
Correio
do Brasil, Brasília
Imagem:
Futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro recebeu pagamentos de Queiroz, sem
razão aparente
Sem comentários:
Enviar um comentário