Em declarações aos jornalistas
após uma visita a uma IPSS em Alcanena, Santarém, Ana Mendes
Godinho realçou que os lares de idosos são, desde o início, uma prioridade
"do Governo e de todos nós".
A propósito do documento
da Ordem dos Médicos sobre o surto no lar de Reguengos de Monsaraz,
na sequência do qual morreram 18 pessoas, a ministra referiu que a
informação foi remetida para o Ministério Público, sublinhando que há
"relatórios contraditórios".
"No dia 14 de julho,
a Segurança Social fez um relatório de toda a situação e no dia 16
este relatório foi enviado para o Ministério Público", disse a ministra,
frisando que "é nessa sede de processo que devem ser analisadas"
todas as "matérias que constam dos vários relatórios que foram produzidos
por várias entidades, alguns deles com elementos contraditórios".
O surto de Reguengos de Monsaraz,
detetado em 18 de junho, provocou 162 casos de infeção, a maior parte no lar
(80 utentes e 26 profissionais), mas também 56 pessoas da comunidade, tendo
morrido 18 doentes (16 utentes e uma funcionária do lar e um homem da
comunidade).
Posteriormente, num relatório da
auditoria conhecido no dia 6 de agosto, a Ordem dos Médicos disse que
o lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva não cumpria as orientações
da Direção-Geral da Saúde (DGS) e apontou responsabilidades à
administração, à Autoridade de Saúde Pública e à ARS.
A Procuradoria-Geral da República
disse depois à Lusa que foi instaurado um inquérito sobre o surto de covid-19
neste lar e que está a analisar o relatório da Ordem.
Jornal de Notícias | Imagem: António
Cotrim/Lusa
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