terça-feira, 25 de agosto de 2020

Farinha do mesmo saco


Costa vai encontrar-se com Guimarães - PM e Ordem dos Médicos

Bom dia Curto. Toca a curtir o Curto, do Expresso. Germano Oliveira, o autor desta matina, inclui na prosa guerra e mísseis. Tudo figurativamente. Sim, porque esta guerra é para distrair os “levados, levados, sim” que andam por aí “pela Pátria e pela Grei”, gritando “às armas, às armas”, falando em lutar, mas batendo com os calcanhares nos rabiosques. Cena de cobardes, palavra que agora parece muito ofensiva mesmo quando se constata a mole imensa desses tais. O costume. Já no Cais do Sodré de antigamente as prostitutas ofendiam-se se assim as chamassem e negavam sê-lo. Compreende-se. Importa exigir respeito. Está certo. Além disso a verdade é coisa que quase sempre sai muito cara para quem a aplica e dela faz doutrina. Ufa!

Bem, não vamos dar muito mais para este peditório fabricado por Costa e pelo Expresso – que até usou gravações em off – jornalismo? Pois. Sim, sim. Vale tudo… para servir alguém que não o coletivo. Políticas de vómitos em que certos e incertos jornalistas também se pelam por ser protagonistas quase sem dar a cara, pela surra. Sabem como é…

Por aqui, no PG, queremos convidar-vos para ler o Curto e façam as vossas apreciações. Nós gostamos de vos proporcionar estas tricas. Mas avisando que tudo isto tem por função distrair os mais distraídos, os quase vãos de miolos, e para vender jornais… Boa, o dinheirinho importa. O tio Balsemão que o diga. Ora, não!

Temos de toda esta dita polémica com guerra e mísseis uma ideia que nem é novidade. Define-se por “farinha do mesmo saco”. É o que é. Doutores e impostores em exercícios para aliviar dores. Entretanto os velhos que se lixem, como já tanto aqui afirmámos e está à vista por todo o planeta. Porque não em Portugal?

Adiante.

No Curto temos internacional. Trump parece ser a grande vedeta, a um passo de ser eleito para consagração da estupidez dos norte-americanos seus eleitores. Até lá muita tinta vai correr, muitos negros vão sendo abatidos pelos racistas e xenófobos gringos. Muita merda vai transbordar das sentinas (agora WCs) da política porca dos EUA. E o mundo neoliberal, na antecâmara do fascismo, vai acompanhando o ritmo do império do mal para muitos milhões, explorados, oprimidos, violentados e tantas vezes assassinados pela guarda pretoriana com o seu braço armado mandante da NATO, apoiados pelas SS da modernidade, a CIA e organizações associadas daquém e além Atlântico. Haverá os que discordam deste ponto de vista. Pois. É a democracia… A quê?

Bom dia. Vai estar um dia de calor em Portugal… e de fome e desemprego para “consolar”.

Siga para o Curto. Mergulhe e leia nas entrelinhas. Pense. Não dói nadinha.

Bom dia.

MM | PG




Não é o momento para guerra (mas é o momento para mísseis)

Germano Oliveira | Expresso

Os médicos reúnem-se hoje com António Costa e o bastonário espera algum tipo de reconciliação entre a classe e o Governo: “Espero que este mal-estar possa ser sanado e resolvido rapidamente. Isso é absolutamente essencial, precisamos, de facto, de fazer isso. Precisamos de fechar este dossiê [surto no lar em Reguengos de Monsaraz] e precisamos de nos concentrar naquilo que é importante”, disse ontem Miguel Guimarães.

[antes de continuar a ler sugiro que veja esta nota publicada segunda-feira pelo Expresso - que se seguiu a uma outra publicada no domingo e que está aqui]

O dossiê a que o bastonário se refere, o do lar de Reguengos, não é um dossiê qualquer, contém perdas humanas: uma morte, duas mortes, três cinco nove doze quinze dezoito, são tantas mortes neste dossiê, “mas qual é a dúvida de que as coisas falharam em Reguengos?”, disse o próprio António Costa. E se há histórias que devem ser esclarecidas uma a uma então eis dezoito porque os médicos avisaram e a reação foi esta: “Governo só pediu relatório sobre Reguengos depois da 16ª morte (e 21 dias após o primeiro aviso)”, é uma notícia do Expresso de 18 de agosto, passaram alguns dias entretanto e já sabemos que tudo se esquece mas ao menos que algo mude - é preciso encontrar responsáveis, identificar falhas, denunciar o que tiver de ser e clarificar o que está por saber mas sobretudo que se atue para que não volte a acontecer, há sempre um grande apetite por demissões, compreende-se neste e noutros casos, mas tem de haver apetite igual por soluções, devia ser desígnio neste e em todos os casos. Até porque há mesmo um problema, aconteceu isto só esta segunda-feira: morreu utente de um lar em Setúbal onde existem 77 casos ativos de covid-19lar de Torres Vedras regista seis mortes desde o início do surtomédicos acusados de recusarem trabalhar em lar de idosos no Barreiro (sobre a questão da recusa é importante passar por aqui: “Um médico pode recusar-se a tratar um doente? Não, mas ‘há exceções muito excecionais’”).

Os médicos dizem que lhes falta tranquilidade em abstrato, “[é preciso] conseguir estabelecer aqui um clima que seja propício a que os médicos possam estar mais motivados, a que os médicos possam sentir que são respeitados e sentir também que o seu trabalho é valorizado”, os médicos dizem ainda que lhes falta tranquilidade em concreto, “este ‘clima de tranquilidade’ é fundamental para enfrentar uma época de outono e de inverno que, seguramente, ‘vai ser diferente do habitual’ devido à covid-19, mas também à gripe sazonal e aos doentes que aguardam ainda por uma operação ou consulta”, pode ler tudo aqui no Expresso, e estes apelos ao abstrato e ao concreto surgiram depois de António Costa ter criticado quem passa o dia no consultório “em videoconferências para as televisões” e de ter dito que a Ordem dos Médicos “não tem competência legal para fazer esse estudo” sobre o lar de Reguengos (“As ordens profissionais existem para regular o exercício da atividade dos seus profissionais, ponto. Não existem para fiscalizar o Estado”, disse ao Expresso o primeiro-ministro).

Uma das reações: “Médicos ameaçam com guerra se António Costa insistir em escalada verbal”, escreveu o Expresso, mas entre belicismo e pacifismo os médicos já escolheram o seu ismo, “este não é o momento para abrir uma guerra, é preciso ter sentido de Estado e precisamos de estar todos do mesmo lado”, referia o bastonário Miguel Guimarães nesse mesmo artigo do Expresso, mas a reação teve desenvolvimentos num comunicado emitido posteriormente pela própria Ordem dos Médicos (OM): “A análise do departamento jurídico da OM é clara e transparente no que diz respeito às atribuições e competências que permitem à OM realizar auditorias aos cuidados clínicos prestados em unidades de saúde ou outras. A OM deve ‘contribuir para a defesa da saúde dos cidadãos e dos direitos dos doentes’, apenas estando expressamente proibida de ‘exercer ou de participar em atividades de natureza sindical ou que se relacionem com a regulação das relações económicas ou profissionais dos seus membros’”, diz esse mesmo comunicado - intitulado “Coragem e humanismo”. “A tentativa que é feita de colocar em causa – com razões de índole formal às quais a OM não reconhece validade – um relatório só porque o mesmo evidencia uma realidade que a alguns incomoda deve merecer por parte dos Portugueses reflexão”, prossegue o comunicado. E a dado momento lê-se assim: “Apesar das ignóbeis pressões e ameaças, os médicos não abdicaram de continuar o seu trabalho de cuidar dos doentes nem do dever de denúncia perante as graves insuficiências verificadas no terreno”.

OUTRAS NOTÍCIAS

. Paciente de 33 anos teve covid-19 em março e agora em agosto: Confirmado o primeiro caso de reinfeção pelo vírus. Que consequências terá para a imunidade de grupo?

. Ponto da situação: Portugal abaixo das 200 infeções diárias; aumentam os internamentos, diminuem doentes nos cuidados intensivos

. Como estamos de restrições: Covid mantém quatro municípios da Área Metropolitana de Lisboa com horários restringidoscomércio em Sintra volta aos horários pré-covid

. “Os doentes com sintomas respiratórios ‘vão ter muita vontade de ter a certeza de que não estão infetados, assoberbando os serviços de urgência já de si sobrelotados’”: Inverno está a caminho: falta de diálogo com SNS24 e centros de saúde assusta hospitais

. Julgamento começa a 4 de setembro: Rui Pinto chama Edward Snowden (e não só) como testemunha

. Alexei Navalny, 44 anos e principal opositor de Vladimir Putin, foi admitido num hospital alemão após ter sido transferido da Sibéria: Navalny. Merkel exige à Rússia que os responsáveis pelo envenenamento sejam julgados

. Trump tem uma teoria: “A única forma de os democratas nos roubarem a vitória é a manipulação das eleições. Vamos ganhar estas eleições”. O melhor é ler aqui o que se passa: “O maior golpe da História”: convenção do “Partido Republicano de Trump” arrancou com acusações aos democratas (e ainda: Republicanos nomeiam oficialmente Trump e Pence para eleições de novembro)

. Enfim: Beirute. Exército libanês descobre 79 contentores com produtos perigosos [sobre Beirute leia ainda isto, leia mesmo, leia leia: Notícias do fim do mundo e “A varanda que me deram como quarto já não existe”: reportagem na rua que se tornou casa das quenianas escravas no Líbano]

. “Portugal está definitivamente na História do desenvolvimento de projetos de energia solar”: Novo leilão em Portugal bate recorde mundial com o mais baixo preço de energia solar e Leilão solar em Portugal: um novo recorde mundial explicado em cinco perguntas e respostas

. Levou sete tiros: Protestos no Wisconsin depois de homem negro ser baleado nas costas pela polícia

. Para ler na Tribuna Expresso: As surpresas de Fernando Santos numa convocatória “atípica”, Usain Bolt infetado com covid-19 e Málaga avançou com um processo de despedimento coletivo: Renato Santos é um dos jogadores visados, Orlando Sá não

. Na Blitz: Nick Cave elogia canção criada por fã com paralisia cerebral. “É genuinamente emocionante. A escrita dele é de outro mundo”

FRASES

“A tragédia de Reguengos e o relatório que lhe sucede acontecem numa guerra corporativa de contestação ao destacamento de médicos do SNS para os lares. Mesmo que isso não desminta a incompetência das autoridades, o lar foi um instrumento nesta guerra” Daniel Oliveira no seu habitual espaço de opinião no site do Expresso (o texto ainda não está publicado à hora deste Curto mas fique atento, está quase a sair e vale bem a pena)

“Sexta-feira, um amigo telefonou-me indignado porque a mãe, que sofre de Alzheimer e, por isso, tem de estar num lar, ia ter de ficar confinada por duas semanas. Isto porque ele a levou a uma consulta de neurologia. Como a mãe tem cataratas e como, por causa da pandemia, as visitas são feitas com um vidro pelo meio, já não via o filho há meses. Como me disse, foi a primeira vez que esteve cara a cara com a mãe desde março; de castigo, a senhora leva 15 dias de cadeia, não remissíveis com multa” Luís Aguiar-Conraria no Expresso

“Independentemente de um ou outro não ter cumprido, a esmagadora maioria dos médicos teve um comportamento exemplar” Rui Rio em declarações aos jornalistas

“Neste momento não é evidente o impacto que a covid-19 terá na esquerda ou na direita. Neste momento nada é claro em relação a esta pandemia e tudo é de facto questionável, até se não lhe foi dada uma importância excessiva” Carmo Afonso no Expresso

O QUE EU ANDO A LER

Não conheço o Gonçalo nem o Nicolau mas ouvi e depois li a história deles, são pai que eu imagino valente e filho que eu sei doente, se me perguntarem agora o que é amor eu respondo que amor é o Gonçalo e o Nicolau, é amor muito simples de contar como provável de fazer chorar, isso, chorar, chore choremos, é tão libertador ter lágrimas para reagir porque implica um coração que se sabe exprimir, há tanto coração reprimido por aí, são bombas atómicas de contenção, é gente que devia disparar os seus mísseis-lágrimas para não ser vítima de explosões nucleares interiores, proponho aulas de anticontenção no secundário para não termos de aprender estas coisas tão tarde na vida, enfim, se eu fosse milionário comprava a CP para o Gonçalo e o Nicolau porque o amor deles tem caminhos de ferro, daqueles onde há locomotivas entre Porto, Lisboa e mais além mas também entre a vida e a morte: o Nicolau, três anos, adora comboios mas não pode viajar neles nem ir vê-los à estação, o Nicolau tem leucemia, o ritual dele é hospital tratamentos debilidade em vez de bilhetes carruagens apeadeiros, o Nicolau tem três anos e por isso não sabe ainda, reparem, “não sabe ainda” porque “ainda” aqui quer dizer futuro ali na vida dele - também é preciso disparar os mísseis da esperança -, o Nicolau tem três anos e se tivesse trinta e três ou outros anos quaisquer de adulto saberia o que não sabe já, que o amor não é cura mas é resistência, é coragem dignidade carácter, mas sim, e agora dirijo-me aos cínicos, também sei que o Nicolau não é a primeira criança a lutar contra o horror mas ele e o pai são os primeiros que eu ouvi e li a enfrentá-lo de uma maneira que se não vence nem convence o cinismo então é porque o cinismo é invencível como as circunstâncias de alguns cancros - mas invencíveis só por enquanto, disparem os mísseis da ciência e da decência que eu vou disparar o míssil da transcrição:

“História de Amor com Comboios Dentro

Autor: RUI ALMEIDA

Esta é uma história de amor com comboios dentro. Moro ao lado da estação, passam por mim a todas as horas, mas há muito que deixara de dar por eles. De há várias semanas para cá, voltei a ouvi-los com nitidez. Quero muito que saibam porquê.

Conheço um menino que adora ir ver os comboios. Ainda mal andava, pedia sempre o mesmo passeio com destino certo. O pai trazia-o, divertido e feliz por dentro, no peito a felicidade que só os pais conhecem.

Por vezes ficávamos um pouco à conversa, outras acenava-lhes da janela, dizíamos o que se diz a quem se gosta muito: que tínhamos de nos encontrar um dia destes.

Conheço um menino de 3 anos que me recorda tanto de mim, com a mesma idade e a mesmíssima paixão por comboios. Estas linhas são para ele, queria muito que não descarrilassem.

Sei de um menino que não vê passar um comboio há já várias semanas. Fechou-se no quarto de um hospital a lutar contra uma estúpida e cruel doença. Tem uma longa guerra pela frente, feita de várias batalhas com dia e hora marcadas para serem travadas. É a mais injusta das guerras, uma que ele não entende, uma que uma criança de 3 anos não devia nunca ser obrigada a entender.

O Pai deste menino, queria muito plantar-vos esta imagem na retina, entra na estação, a saber de cor os horários dos comboios, telemóvel em punho: filma um alfa, um suburbano, talvez um de mercadorias, se tiver sorte, com vagões cheios de madeira ou uma longa sucessão de misteriosos contentores. Filma todos os comboios que consegue, para a seguir percorrer à pressa os quilómetros que o separam do filho. Chegado à cabeceira da cama, naquele impessoal e frio quarto de hospital, mostra-lhe os vídeos que fez, na esperança de lhe arrancar uns sorrisos a tanta dor e sofrimento.

E por estes dias esta tem sido a melhor definição de amor que consigo: um pai a filmar comboios para mostrar ao filho doente.

Estou à janela, escrevo estas palavras enquanto espero que o próximo comboio passe. Voltei a dar por eles, voltei a ser a criança de 3 anos que o meu pai levava à estação pela mão. Mas eu tenho sorte, não sei os horários de cor.

Tal como cada uma destas palavras, os vídeos que farei chegar ao pai de que aqui vos falo são abraços virtuais, são vibrações positivas, são pequenas gotas a somar ao oceano de amor que existe entre aquele pai e aquele menino.

Abraço-vos em cada uma destas palavras, Gonçalo e pequeno Nicolau. A vossa é uma história de amor com comboios dentro. E o amor, com toda a paciência, chegará à estação, são e salvo, dentro do horário previsto”.

Falaram-me sobre o Gonçalo e o Nicolau num jantar, enviaram-me depois um texto para ler, foi esse que transcrevi tirado do Facebook e é a literatura mais importante que tenho para recomendar, fui lá à rede social deixar o meu vídeo de comboios deixe o seu também AQUI, por vezes os heróis não sabem que o são devido à sua aflição e é preciso ir aplaudir-lhes os grandes feitos, mostrar-lhes gratidão e louvar-lhes a dedicação, há tanto heroísmo anónimo merecedor de reconhecimento público, obrigado Gonçalo Nicolau pelo vosso exemplo de devoção absoluta, obrigado obrigado, mas continuando: perguntei há dias a quem sabe desta história Como está o Nicolau?, “um pouco melhor mas infelizmente não deverá existir solução”, disparem já os mísseis da sobrevivência porque um dia, Nicolau, quero tanto que vás filmar comboios para o teu pai ver quando ele for tão velhinho que não vai poder sair de casa, nessa altura os comboios hão de chamar-se iComboios ou assim e porventura vão ser uma aplicação de teletransporte ferroviário e o teu pai vai dizer que no tempo dele é que era quando o Alfa tinha três horas entre Santa Apolónia e Campanhã e vice-versa, sabes, Nicolau, os mais velhos dizem sempre que no tempo deles é que era, até eu já falo isso e que venhas tu um dia a falar também, fosse eu o dono da CP e mudava o nome do Intercidades para Nicolau e o do Alfa para Gonçalo, é um bilhete para Aveiro no Nicolau e outro para Braga no Gonçalo se faz favor, as receitas todas doadas à luta contra o cancro, mas como eu não sou milionário só tenho fundamentalmente palavras para doar, sei que vos serve de nada mas a mim serve-me para vos aclamar porque sabes, Nicolau, não podias ter tido melhor maquinista, e obrigado obrigado outra vez Gonçalo por disparares os mísseis do amor, o teu amor infelizmente não é solução mas serve-nos de lição: a morte até nos pode vencer, que não vos vença, mas a ameaça dela não pode ameaçar o melhor que há em nós, não vos pôde - é o vosso milagre inicial, por isso Gonçalo que tenhas o milagre definitivo que tanto desejas.

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