A informação foi avançada pelo
próprio grupo terrorista, que divulgou imagens. A captura e ocupação do porto,
na noite de terça-feira (11.08), vem na sequência de ataques que ocorreram nos
últimos dias.
Ainda não há nenhuma comunicação
do Governo de Moçambique, mas, de acordo com o portal moçambicano Zitamar News,
os insurgentes capturaram o porto de Mocímboa da Praia depois de quase cinco
dias de confrontos, que terão iniciado entre 5 e 6 de agosto. Soldados da
marinha, conhecidos como fuzileiros navais, defendiam a infraestrutura, mas, na
terça-feira, ficaram sem munição e os atacantes ganharam terreno.
O grupo terrorista divulgou nos
seus canais de comunicação imagens de agentes das Forças de Defesa e Segurança
(FDS) mortos, assim como armas e munições que terão sido capturadas e
armazenadas em duas barracas, alegadamente pelo braço moçambicano do grupo. As
imagens estão a ser partilhadas no Twitter.
O portal Zitamar News, que ouviu
fonte militar, avançou que a empresa de segurança privada sul-africana Dyck
Advisor (DAG) ofereceu apoio aéreo no combate aos insurgentes. No entanto, a
operação não terá surtido efeito, uma vez que os helicópteros partiram de Pemba
e já não tinham tanto tempo de voo ao chegar ao local do confronto.
O grupo sul-africano, segundo a
mesma fonte militar ouvida pelo Zitamar News, também entregou munição aos
fuzileiros navais de Moçambique, mas o material foi descarregado muito longe do
local do combate.
O assunto repercute no Twitter,
onde os usuários destacam a ocupação do porto e de infraestruturas militares de
Moçambique, apesar do apoio aéreo sul-africano.
O porto de Mocímboa da Praia é um
dos locais mais estratégicos na província de Cabo Delgado, principalmente por
causa do megaprojeto de gás na região de Palma - que também tem sido afetada
pelos insurgentes.
Thiago Melo (Lusa) | Deutsche
Welle
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