A ministra do Trabalho admite que o único aumento de pensões a acontecer no próximo ano será o extraordinário, que entra em vigor em agosto.
A ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, admitiu, esta quarta-feira, que o único aumento das pensões previsto no Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) é o extraordinário, que entrará em vigor em agosto.
"O que apresentamos é o aumento extraordinário das pensões até 1,5 IAS [cujo valor em 2020 é de 438,81] a acontecer a partir de agosto. É o aumento extraordinário para as pensões mais baixas. Haverá um aumento de seis euros para as pensões que não tiveram atualização entre 2011 e 2015. Este aumento abrangerá cerca de 1 milhão e 900 mil pessoas e reflete esta preocupação de proteger os rendimentos de quem tem pensões mais baixas", disse Ana Mendes Godinho, em entrevista à Renascença.
Além do aumento 'extra' e quando questionada sobre o aumento 'normal', Ana Mendes Godinho respondeu o seguinte: "Neste momento, o que está previsto é acontecer esta atualização extraordinária só a partir de agosto", afirmou, acrescentando que "a normal não acontece por via da inflação, porque temos uma previsão de inflação negativa".
Questionada sobre o aumento do salário mínimo, que será de 24 euros no próximo ano, Mendes Godinho diz que se mantém o compromisso do Governo, de chegar aos 750 euros em 2023.
"Em função do momento que vivemos, sentimos que era necessário que este valor também refletisse a situação que vivemos, mantendo a necessidade de um aumento significativo. Ou seja, um aumento que seja significativo e que garanta para os próximos anos chegarmos aos 750 euros", disse a ministra, em declarações à mesma rádio.
Relativamente ao emprego, uma das áreas mais castigadas pela pandemia, a ministra adiantou que há "programas dedicados no valor de 965 milhões de euros vocacionados para apoios à manutenção do emprego, direcionados para as empresas, mas também de apoio à contratação desempregados".
Notícias ao Minuto
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