O título do Curto diz tudo sobre o internacional no Expresso. Que o covid-19 penetrou no organismo de Donald Trump e da Melania que o acompanha. Sem problema para eles.
O vírus é que se vai dar mal. Ficará todo estraçalhado, esmagado, senhor dos ais e dos uis, das dores e sem vontade de contaminar mais ninguém. Vai levar uma “esfrega”, um “tratamento”, tanta porrada, tanta, que se ‘pirará’ para a China com os olhos em bico e marcado pela negritude made in Trump e ianques da ‘Grande América’ que está a mirrar. Que, pelo visto, mirrará tanto que irá ser convidada a fazer parte da Capela dos Ossos, em Évora. Olaré! Que assim será, que assim é!
Avançando, deixando em paz as futuras ossadas ianques, racistas e fascistas, melhor será dizer que o Curto não é só Trump. Fátima também está no cardápio de hoje. Haverá a tal refeição milagrosa que será servida a 13 de Outubro próximo a seis mil pessoas em busca de milagres, repletas de agradecimentos à senhora (que também dizem que era um óvni)… Cada um tem as suas crenças e só merecem todo o nosso respeito. Adiante.
Antes de terminarmos este ínterim pró-Curto gostaríamos de focar levemente o covid-19 nas escolas de Portugal. Quase nada se sabe sobre isso, além de que umas quantas escolas fecharam para algumas turmas. Nem se sabe se os alunos dos novos casos de contaminação cumpriram a função e contagiaram os avozinhos quando regressaram a casa ou quando lhes fizeram uma visita… Bem, talvez tenham contaminado os pais que eventualmente têm fragilidades – doentes oncológicos, etc.) Ou não? Nada disso aconteceu? Se não, ainda, depois não se esqueçam de tornar público… Que é coisa que provavelmente nem é apurada porque não interessa nada… Mais velhos “apagados” ou doentes muito fragilizados a baterem a bota até dá jeito. Redução da população inoperante e dos “empecilhos” velhos e doentes é um bem que o covid-19 tem por oferenda… e não dói nada. O Hitler, esse sim, é que atirava a velharia, os aleijadinhos, os doentinhos, os fragilizados, para a câmara de gás. A par com os judeus, os ciganos e etc. Com o covid-19 tudo é muito mais discreto e humanizado. Pois.
Nesta manhã de má-língua a chuva cai, o vento bufa e derruba o fragilizado. Até parece o covid milagreiro, futuro salvador dos serviços de saúde e de pensões e de reformas. Futuramente quanto será poupado com esta luminosa covidada-revolução? Tanto? Até parece milagre! Como outros. Milagres que constarão na história.
Bom dia e umas iscas bem temperadas regadas com um verde branco fresquinho e supimpa. Bom pequeno-almoço.
Invada o Expresso Curto. Leia Miguel Cadete, que é o “maestro” de hoje. Avante!
MM | PG
Bom dia, este é o seu Expresso Curto
Trump tem covid. E agora?
Miguel Cadete | Expresso
A notícia de que em Fátima
estarão cerca
de seis mil peregrinos nas comemorações do 13 de outubro surge hoje
num clima de muito menor crispação do que aquele que rodeou a realização da
Festa do Avante, no início de setembro. E se assim acontece é porque,
finalmente, se começa a saber viver com a pandemia do coronavírus.
Neste caso, o plano de contingência adotado pelo Santuário prevê a presença de
um fiel por cada oito metros quadrados, numa área total de 48 mil metros
quadrados. Um
distanciamento semelhante foi aplicado nas praias e na Festa do Avante,
onde a DGS permitiu a participação de 16 mil militantes do PCP.
Hoje sabemos que caso a Festa do Avante não se tivesse realizado, sem que se
tenha registado surtos, seria pouco provável que a também habitual peregrinação
a Fátima nesta altura do ano não teria lugar, ainda que a
legislação para festivais e espectáculos em tempo de covid-19 tenha caducado a
30 de setembro.
Para trás ficaram, no entanto, centenas ou milhares de manifestações públicas
que – talvez por não terem colocado o dedo no ar como foi feito pelo PCP e pela
Igreja – que este ano não se realizaram. Não se trata apenas dos festivais e
outros espectáculos meramente musicais, mas sobretudo das inúmeras festas e
romarias espalhadas por todo o país com objectivos não exclusivamente
lucrativos que foram varridas do mapa pela pandemia. Exemplos há muitos como a Feira
de São Mateus, a Ovibeja, Festas do Mar, Fatacil, Festival do Crato…
Falta, agora, retomar na medida do possível outros eventos que implicam necessariamente a
presença de público. É o caso dos jogos de futebol que ainda se encontram
vedados à indispensável presença de público. Há, contudo, sinais de abertura e
de regresso à normalidade possível: os próximos dois jogos da Seleção, a
realizarem-se a 7 e 14 de outubro no Estádio de Alvalade têm uma lotação
autorizada de 5% e 10%, segundo a Federação Portuguesa de Futebol.
Ainda antes, já neste sábado, terá lugar o primeiro teste com público em jogos
de futebol, com a disputa do encontro entre o Santa Clara e o Gil Vicente, nos
Açores, em partida da terceira jornada da I Liga. O levantamento gradual das
medidas, à semelhança do que já vem sendo feito noutros países, afigura-se como
indispensável para evitar o deslaçamento da sociedade a que temos
vindo a assistir nos últimos meses.
Neste momento, não se trata apenas de regressar a como era dantes mas
sim de evitar a todo o custo as doenças perniciosas que chegaram com a pandemia
e que têm sido menosprezadas: o afastamento das crianças das escolas, o
enclausuramentos dos idosos, o não cuidar de outras males mas, acima de tudo, a
quebra da atividade em inúmeros sectores que inexoravelmente trarão o
desemprego, a fome, a ausência de segurança nas ruas, e, por fim, depois das
disrupções sanitária, económica e social, a ruptura do tecido político.
OUTRAS NOTÍCIAS
Donald Trump testou positivo e fica de quarentena. O Presidente dos EUA
terá testado positivo quanto à covid-19, quando falta pouco mais de um mês para
as eleições presidenciais que se realizam a 3 de novembro. O mesmo sucedeu com
a sua mulher, Melania Trump. Segundo um post no Twitter do próprio Donald
Trump, às seis da manhã desta sexta-feira, os dois iniciarão o processo de
recuperação juntos. O
anúncio sucedeu depois de Trump ter viajado no avião presidencial com a
assessora Hope Hicks, que deu positivo ao teste à doença na
quarta-feira à noite. Segue-se também logo após o primeiro debate com o seu
adversário, Joe Biden e quando se apresta a começar uma das campanhas
eleitorais mais sobreaquecidas da história dos Estados Unidos da América. Horas
antes, Donald Trump opôs-se a qualquer mudança nas regras dos debates – ainda
estão agendados mais dois – com o candidato democrata: “Por
que razão aceitaria isso quando venci facilmente o primeiro?”
A Agência Europeia de Medicamentos iniciou ontem a avaliação da vacina da
AstraZeneca, também conhecida como a “vacina de Oxford”. “O
início da revisão contínua significa que o comité começou a avaliar o primeiro
lote de dados sobre a vacina, que provêm de estudos laboratoriais”, disse o
instituto europeu em comunicado, acrescentando que os ensaios clínicos estão já
numa fase avançada de ensaios clínicos em larga escala.
33% dos jovens já agrediram nas suas relações de namoro. Segundo um
dos autores do estudo, produzido na Universidade de Trás-os-Monte e Alto Douro,
as raparigas agridem tanto como os rapazes. O estudo contou com a
colaboração de 7139 adolescentes e mostra que, do total de adolescentes que
agridem, cerca de 55% são rapazes e 45% são raparigas. Segundo Ricardo
Barroso, “os rapazes que agridem nas suas relações de namoro tendem a ser mais
agressivos e mais frios emocionalmente. Em termos de comportamento, têm menos
capacidade para regular as suas emoções. Devido a estas características
psicológicas, há mais propensão para a agressão física.” Já no caso das
raparigas, “e tendo em conta que tende a haver mais raiva e hostilidade, e um
certo desligamento emocional, é mais comum a violência psicológica”
Depressão Alex está a caminho e traz chuva e vento forte. É provável que
grande parte dos portugueses seja obrigado a esquecer os planos para um fim de
semana prolongado, devido ao feriado de 5 de outubro, passado prazenteiramente
ao ar livre. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera estaremos
perante “um
aumento significativo da agitação marítima na costa ocidental, em particular
entre o início da manhã de dia 2 e a madrugada de dia 3, em especial a
norte do cabo Raso, onde a altura significativa das ondas poderá atingir
PAN apoia Ana Gomes. “Fazemo-lo porque é a única candidata progressista,
humanista, europeísta e que sente a emergência climática que vivemos. A única
candidata que pela sua independência e pela transversalidade das suas ideias é
capaz de agregar diferentes campos políticos, ativismos, gerações e diferentes
sensibilidades, capaz
de levar a eleição a uma segunda volta e de vencer estas eleições”, disse a
líder parlamentar do PAN, Inês de Sousa Real, ontem, em conferência de imprensa.
Sporting e Rio Ave eliminados da Liga Europa. A equipa de Alvalade foi
copiosamente batida em casa pelo LASK Linz da Áustria, por 1-4. Os
acontecimentos precipitaram-se quando, após sofrer o segundo golo, o
defesa-central Sebástian Coates foi expulso.
Já o Rio Ave deu bastante mais luta ao histórico Milan AC (sete vezes vencedor
da Liga dos Campeões). A equipa de Vila do Conde obrigou os italianos a ir para
o prolongamento, após empate a 1-1 no tempo regulamentar. No prolongamento, o
Rio Ave esteve a ganhar por 2-1 até ao último minuto, não evitando porém a
decisão por grandes penalidades. Seguiu-se
uma maratona de 24 penáltis que acabaram por decidir o afastamento da
equipa portuguesa.
FRASES
“Limite à circulação na Baixa e Chiado avança no próximo mandato”. Fernando
Medina, presidente da Câmara de Lisboa, em entrevista ao “Jornal de Negócios”
“Nem as chefias nem os trabalhadores da Função Pública estavam preparados para
o teletrabalho”. Eugénio Rosa, economista, em entrevista ao jornal “i”
“Decidimos hoje implementar as sanções. É importante fazermos o que decidimos
há semanas atrás”. Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, sobre a
posição da União Europeia face à Bielorrússia, esta madrugada em declarações
aos jornalistas após cimeira em Bruxelas
“A transgressão é muito necessária neste momento em que parece tudo muito
conformado”. João Peste, vocalista dos Pop dell’Arte, no Ao
Vivo na Redação, da BLITZ
O QUE ANDO A LER
Em 1973, com a ideia de produzir uma biografia de Amália Rodrigues, a editora
Arcádia convidou o escritor Manuel da Fonseca a entrevistar longamente a
cantora portuguesa. Ela era então conotada com a situação, enquanto Manuel da
Fonseca estava pelo reviralho. O certo é que as conversas, que decorreram nas
casas de Amália na Rua de São Bento e no Brejão, nunca viram a luz do dia.
A ideia da biografia, ainda que em moldes muito diversos, seria concretizada
muito mais tarde. Só em 1987 chegou aos escaparates, com a chancela da Contexto
e assinatura de Vítor Pavão dos Santos “Amália. Uma Biografia”, documento
decisivo para conhecer a obra de Amália ainda que com algumas lacunas.
Também por isso vale a pena voltar atrás, ao tempo em que a Arcádia seria
ocupada pelos seus trabalhadores, após o 25 de Abril. As bobinas onde estavam
registadas as entrevistas de Manuel da Fonseca andaram desde então por
paradeiro desconhecido. Até que surgem neste ano da graça de 2020, quando se
celebra o centenário do nascimento de Amália Rodrigues, numa edição intitulada
“Amália Nas Suas Palavras” com selo da Porto Editora e das Edições Nélson de
Matos.
Em quase 400 páginas fica bem marcada a distância para a biografia de Pavão dos
Santos, mais interessada nos acontecimentos musicais que pontuaram a carreira
de Amália. Isso quer dizer que, aqui, Amália abre o coração como não abriu em
muitas das entrevistas que concedeu.
Mas também que há um espectáculo chamado Manuel da Fonseca, muito hábil à
procura dessa Amália que sempre nos escapou e que, muito provavelmente,
continuará a escapar.
Sugira o Expresso Curto a um/a amigo/a
Sem comentários:
Enviar um comentário