segunda-feira, 30 de novembro de 2020

SÉCULOS DE CHUMBO -- Martinho Júnior

A IIIª GUERRA MUNDIAL, DO IMPÉRIO CONTRA O SUL GLOBAL, VAI-SE INTENSIFICAR EM ÁFRICA

Martinho Júnior, Luanda

Em África os prognósticos são, para toda a década de 20 do século XXI, cada vez mais reservados…

A entrada da administração democrata de turno no poder dos Estados Unidos tendo Joe Biden à cabeça, vai alterar a agenda do império da hegemonia unipolar para com África, particularmente na ênfase dos contraditórios geridos sobretudo pelo amplo espectro que se reflete e esbate no AFRICOM.

Em África as tensões contraditórias entre as culturas de nomadização e as sedentárias têm-se vindo a agravar em função por um lado dos fenómenos do aquecimento global, por outro em função do crescimento populacional exponencial, por fim, por que os fenómenos sendo identificados pelo poder dominante, permitem agora tornar-se mais enfáticos que antes, por que tiram partido de algumas “metas” já alcançadas ou em vias de consolidação, influenciando sobremodo toda a década de 20 deste corrente século.

As correntes culturais islamizadas no continente obedecem duma forma ou de outra ao conjunto de fenómenos globais do espectro das culturas anglo-saxónicas que têm tanto a ver com o 1% dominante.

A partir do pendor dominante que tutela a globalização segundo os cânones do império da hegemonia unipolar, que nada têm a ver com democracia mas sim com fascismo, as “disfuncionais” correntes culturais islamizadas operam aos níveis regionais e locais que lhe são favoráveis, com seu leque de opções que são concorrenciais entre si e concorrenciais com as velhas dinâmicas coloniais e neocoloniais que atingem África, sob a égide dos interesses do ultrapoderoso cartel da aristocracia financeira mundial que condensa 1% da humanidade.

Gerir esse contraditório abarca conexões para dentro dos sistemas (wahabita, neo otomano e shiita), algo que os democratas sob a supervisão de Obama (Joe Biden fez parte dessa equipa que perfez dois mandatos) se tornaram “mestres”, inclusive na opacidade que isso implica no que toca às linhas de conduta… na política de relacionamentos internacionais, os democratas aplicam à letra a recomendação que é cultivada nos negócios apontados para os grandes lucros (quantas vezes grandes roubos): o segredo, por que “o segredo é a alma do negócio”!

Continua a ser um êxito para os interesses dominantes as penetrações nos sistemas wahabita e neo otomano, se observarmos quão eles são tacitamente insubstituíveis nos seus papeis… já em relação aos shiitas, a penetração é muito mais difícil, mas o posicionamento a que está remetido o Irão serve para continuar a alimentar a fogueira…

Com os democratas, assumir interesses, conveniências e projectar manipulações, foi sempre pior que com os republicanos em relação a África (recordem-se os acontecimentos da era Clinton e depois os da era Obama).

Enquanto os democratas consolidam os lóbis inerentes às indústrias, particularmente as indústrias mineiras extractivas (“do Cabo ao Cairo”, bem por dentro do miolo do continente), os republicanos garantem os lóbis da energia (sobretudo do petróleo e do gaz que se distendem particularmente nos litorais e “offshores”), assim como a do armamento e essa é em grande parte a causa profunda dos argumentos, interpretações, opções e decisões de uns e de outros quando assumem o caudal do domínio a que alguns entendidos atribuem com fundamento o rótulo de “estado profundo”!... (http://www.orientemidia.org/todos-os-candidatos-viaveis-em-todas-as-eleicoes-presidenciais-nos-eua-desde-a-invasao-do-iraque-foram-sao-favoraveis-a-guerra/;  https://frenteantiimperialista.org/blog/2020/09/02/africa-pantano-neocolonial/).

Maurice Strong e as raízes da grande redefinição da agenda

#Publicado em português do Brasil

Matthew Ehret

Strategic Culture Foundation

De acordo com luminares do Great Reset como Bill Gates, Príncipe Charles, Michael Bloomberg, Mark Carney e Klaus Schwab do Fórum Econômico Mundial, espera-se que a humanidade resolva a dupla ameaça do COVID e do aquecimento global em uma reforma radical e revolucionária.

Nós, plebeus, fomos informados de que tudo o que temos que fazer para reiniciar a economia é reconectar tudo sobre nosso comportamento, valor, finanças e ética, a fim de descarbonizar a civilização sob um novo regime mundial de banqueiros centrais e novas moedas digitais verdes, conforme delineado pelo Green Horizon Summit do Fórum Econômico Mundial, de 9 a 10 de novembro de 2020 . Foi nesse evento que o palestrante principal Mark Carney anunciou que a transição total líquida zero representa “a maior oportunidade comercial de nosso tempo”.

Sob essa reforma global, somos informados de que o sistema financeiro deve ser reconectado para financiar parques eólicos, biocombustíveis e painéis solares usando títulos verdes, índices financeiros verdes e moedas digitais verdes. O fato de que essas fontes de energia não apenas aumentam os custos da eletricidade, ao mesmo tempo que reduzem abissalmente os poderes de produção das nações, não parece incomodar nenhum desses aparentes alfas do capitalismo do FEM, exaltando as virtudes de nossa ordem verde pós-COVID.

E então, uma pergunta deve ser feita: SE o dinheiro impulsiona o capitalismo, por que trilhões foram gastos nas últimas décadas para financiar atividades “verdes” que inerentemente minam a base da criação de capital (isto é: infraestrutura e produção industrial)? Por que o “oeste capitalista” se destruiu se minando ao longo de décadas? E por que aqueles que administram a ordem unipolar desejam acelerar essa autodestruição no turbo drive sob uma Grande Reinicialização? É loucura ou algo mais insidioso?

Desde a flutuação do dólar americano em 1971 nos mercados globais e a criação do dólar petro em 1973, o mundo experimentou um colapso consistente de empregos produtivos na indústria, investimento em infraestrutura, um planejamento de longo prazo por um lado e um aumento simultâneo de desregulamentação, especulação de curto prazo e empregos de varejo de baixos salários, de outro. Durante este processo de declínio pós-1971, a escravidão por dívida tornou-se uma norma tanto nos países desenvolvidos quanto nas nações do setor em desenvolvimento, enquanto a terceirização causou a castração da soberania nacional e uma dependência cada vez maior de “mão de obra barata” e “recursos baratos” do exterior.

Alguns chamaram este colapso de “um fracasso da globalização”. O editor latino-americano da Executive Intelligence Review, Dennis Small  , afirmou repetidamente ao  longo de muitos anos que essa caracterização é falsa. A globalização deve ser vista como um sucesso completo - visto que, quando vista de uma perspectiva de cima para baixo, fica cada vez mais claro que os arquitetos dessa política alcançaram exatamente o que se propuseram a fazer. Essa intenção era impor um paradigma de jogo artificial fechado / soma zero a uma espécie cuja característica distintiva é sua razão criativa e a capacidade de aperfeiçoamento constante na terra e cada vez mais além.

A idade da reforma continua a depender do factor de sustentabilidade

Por força do factor de sustentabilidade, com a subida da esperança média de vida, o acesso à pensão por velhice passa, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na passada quinta-feira, para os 66 anos e sete meses, em 2022.

O que se traduz em mais um mês de trabalho para se poder aceder à reforma. Ora, segundo a estimativa do INE, como a esperança média de vida, aos 65 anos, subiu para os 19,69 anos, face aos 19,61 anos registados em 2019, o acesso à pensão de velhice em 2022 deverá fixar-se nos 66 anos e sete meses. Em 2019 e 2020, a idade de acesso a esta pensão situou-se nos 66 anos e cinco meses.

Recorde-se que esta é uma situação que decorre da aplicação do factor de sustentabilidade, que foi criado em 2007, com o objectivo de introduzir a ponderação da evolução da esperança média de vida no cálculo das pensões.

Com as alterações de 2013, introduzidas pela mão do governo PSD/CDS-PP, o regime agravou-se por via da antecipação do ano de referência para cálculo do factor de sustentabilidade, de 2006 para 2000, e com a introdução da evolução da esperança média de vida também na fixação da idade normal de acesso à pensão de reforma.

Assim, deixou de haver uma idade fixa para aceder à pensão de velhice, não sendo possível, desde então, conhecer com segurança qual a idade com que se poderá ter acesso à reforma sem penalização.

Covid-19: Portugal regista mais 78 mortes e 3.262 infetados

Boletim epidemiológico desta segunda-feira já foi divulgado

Portugal reportou mais 78 mortes relacionadas à Covid-19 e mais 3.262 diagnósticos positivos de SARS-CoV-2, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde (DGS) desta segunda-feira. 

Com esta atualização, o país acumula 298.061 infeções e 4.505 óbitos, desde o início da pandemia. Os dados desta segunda-feira representam um aumento de 1,76% em relação ao número de mortes e de 1.11% em relação aos novos casos. 

De acordo com o boletim desta segunda-feira, estão agora internadas 3.342 pessoas, mais 97 do que na véspera. Destes, 525 estão em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), menos 11 em relação ao boletim de domingo. 

O número de recuperados (3.402) volta hoje a superar o número de novos casos, sendo agora o total 212.942. 

Por regiões, o Norte continua a registar mais novos casos (1. 795) e mais mortes (42). Segue-se Lisboa e Vale do Tejo (LVT) que soma mais  839 infeções e 28 óbitos.  No Centro foram reportados 407 diagnósticos positivos para a Covid-19 e seis mortes relacionadas com a doença. Com 148 novos contágios, o Alentejo regista duas mortes.  Sem qualquer óbito a registar, o Algarve notifica 34 novos casos de infeção pelo novo coronavírus. 

Nas regiões autónomas, onde também não foi reportada qualquer morte associada à Covid-19, há registo de 32 novas infeções nos Açores e sete na Madeira.  

Esta segunda-feira, véspera de feriado, os concelhos com risco muito elevado e extremamente elevado de contágio estão sujeitos a horários diferentes.O comércio, por exemplo, encerra às 15 horas. Para todo o território nacional, mantém-se a proibição de circulação entre concelhos.

Amanhã, dia 1, volta o recolher obrigatório às 13 horas para os municípios com risco muito elevado e extremamente elevado de transmissão do novo coronavírus. 

Melissa Lopes | Notícias ao Minuto

Leia em Notícias ao Minuto: Medidas consoante o nível de risco. Saiba como está o seu concelho

A República dos Intocáveis

A República dos intocáveis, presente em vários setores da sociedade, é a mãe de uma realidade e de uma perceção generalizada de injustiça, de impunidade e de arbítrio contrários ao Estado de Direito.

António Galamba* | jornal i | opinião

O PS nas mãos do PCP salvou o orçamento de Estado e o poder. O PSD nas mãos do Chega acedeu ao poder nos Açores. A emergência pandémica prossegue às guinadas das decisões e das preparações. O populismo e o oportunismo político florescem. As redes sociais refletem a desqualificação do exercício cívico dos mais relevantes direitos constitucionais de pensar, falar e agir em Liberdade. A invulgaridade dos acontecimentos na linha do tempo da Democracia portuguesa não ilude a existência de posições perenes de intocabilidade, aparentemente imunes a tudo e a todo, sem esboço de funcionamento das instituições, numa espécie de olimpo em relação à realidade, enquanto se assiste a sinuosas vergastadas de dualidade de critérios, de arbítrio e de total ausência de vergonha na cara. É a República dos Intocáveis.

Só uma sociedade sem sentido de justiça, em sentido literal e em abstrato, pode permitir que a coberto dos mais relevantes princípios constitucionais perdurem situações de distorção do funcionamento da sociedade, que contribuem para a construção das perceções gerais, têm impactos nas realidades concretas e ajudam a gerar uma perceção de injustiça, de impunidade e de intocabilidade.

É o que acontece quando se têm partidos que a coberto da proteção constitucional da liberdade de reunião e de expressão ultrapassam as linhas vermelhas do bom senso e ajuntam-se em exercício de arrogância partidária de um posicionamento social e política cada vez mais esvaído de peso eleitoral. A única dúvida é saber se o cálculo de sobrevivência política do atual PS no poder central vai sacrificar a possibilidade de conquistar mais câmara municipais ao PCP, que no fundo significariam para os comunistas perda de influência e redução das possibilidades de rotação dos seus quadros pelas autarquias.

É o que acontece quando a coberto da alegada independência vários pilares do sistema de justiça fazem do arbítrio o seu modus operandi, agindo em relação a alguns e preservando da investigação, da violação do segredo de justiça, dos bailados dos conluios com a imprensa e com os interesses partes relevantes da sociedade portuguesa, gerando indignação dos fustigados e exultantes espasmos de tranquilidade aos intocáveis. Nada acontece, nem a quem não investiga, nem a quem se perpetua nos posicionamentos, imune mesmo ao impulso inicial da abertura de investigação. Nada é nada. Tudo é gozo e margem de manobra para continuar a persistir nos efeitos comportamentos à margem, enquanto outros são fustigados.

“GORILAS” DO SEF À LAIA DE PIDE E GUARDA FISCAL COM LICENÇA PARA MATAR?

Em Portugal, elementos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras são suspeitos de ter causado a morte de um cidadão ucraniano, Ihor Homeniuk, nas instalações daquela corporação no Aeroporto de Lisboa. É sabido que o SEF é herdeiro de métodos usados pela polícia política (PIDE/DGS) e pela Guarda Fiscal, corporações que antes de 25 de Abril de 1974 serviam o regime fascista-salazarista, em que eram frequentes os espancamentos em interrogatórios e não só. Muitas vezes porque sim, porque lhes apetecia espancarem. Resultado de má formação e sentido de impunidade de alguns agentes. 

Muito provavelmente, como parece evidente, foi por isso mesmo que Ihor Homeniuk morreu. Espancado. Sistematicamente espancado, manietado, torturado, feito refém e assassinado. Falta saber porquê? Por quem e por quantos agentes também falta saber com lavra explicita da Justiça. Falta também apurar as responsabilidades da Direção do SEF nas práticas desumanas ali praticadas. E essas, pelo que chega ao conhecimento público, são useiras e vezeiras. Por isso, recorrendo a memórias do salazarismo, podermos considerar tais procedimentos à laia da PIDE/DGS, da Guarda Fiscal e até de outras polícias com “licença para matar”. Práticas que em nada tem que ver com um país democrático que respeita os Direitos Humanos.

Por agora resta aguardar o que irá decidir a Justiça e pugnar para que realmente seja feita Justiça. Dignas de país que respeita as convenções mundialmente assinadas e não de uma qualquer república das bananas. Rigor e Justiça é o mínimo exigível.

Sobre a morte de Ihor Homeniuk nas instalações do SEF, após este nosso intróito, passamos à divulgação do trabalho da jornalista Fernanda Câncio no Diário de Notícias, com a recolha das declarações de “Márcia - o nome não é esse, mas esta cidadã brasileira de 44 anos pediu ao DN para ocultar a sua identidade até se sentir segura - estava detida no Centro de Instalação Temporária (CIT) do aeroporto de Lisboa quando Ihor Homeniuk chegou a Portugal, a 10 de março, vindo da sua Ucrânia natal via Istambul.” Como poderá ler a seguir.

Não sendo novidade, reiteramos a opinião sobre a constatação de que também nas polícias existem criminosos. Lamentemos e repudiemos tal estado de degradação humana e de Estado.

MM | PG

Timor-Leste respondeu de forma "eficaz e decisiva" à pandemia

Timor-Leste conseguiu responder de forma "eficaz e decisiva" à pandemia, com medidas sanitárias, de proteção e de apoio económico que permitiram ao país ser um dos 26 livres da doença, disse hoje o chefe do Governo.

"O nosso Governo e o nosso Parlamento Nacional tomaram decisões ousadas e abrangentes, em tempo recorde. Protegemos as nossas fronteiras. O nosso povo uniu-se", disse o primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, em Díli.

"Quando o nosso futuro coletivo foi posto em causa, conseguimos dar uma resposta conjunta e coordenada, que nos permitiu superar algumas das piores ameaças da pandemia. Por enquanto, de muitas formas, a vida continua normalmente", considerou.

Intervindo no arranque do debate na generalidade, o governante disse que o Governo mobilizou mais de 220 milhões de dólares (183,7 milhões de euros) para responder à covid-19, das quais 92 milhões de dólares (76,8 milhões de euros) para "medidas imediatas de resposta económica".

África com mais 227 mortes por covid-19 e mais 12.845 casos de infeção

África registou 227 mortes devido à covid-19 e mais 12.845 novos casos de infeção nas últimas 24 horas, contabilizando agora 51.708 óbitos causados pelo novo coronavírus, que já infetou 2.163.284 pessoas, segundo dados oficiais.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número de recuperados no mesmo período foi de 15.596, para um total de 1.831.435, nos 55 membros da organização.

O maior número de casos de infeção e de mortos regista-se na África Austral, com 884.729 casos e 23.117 vítimas mortais. Nesta região, a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 787.702 casos de infeção e 21.477 mortes.

Com 738.823 pessoas infetadas e 19.380 vítimas mortais, o Norte de África é a segunda zona mais afetada pela pandemia.

A África Oriental contabiliza 269.267 casos e 5.160 mortos, na África Ocidental, o número de infeções é de 205.263, com 2.861 mortos, enquanto a África Central regista 65.202 casos e 1.190 óbitos.

O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 6.636 mortos e 115.541 infetados, seguindo-se Marrocos, que contabiliza 5.789 vítimas mortais e 353.803 casos de infeção.

Entre os seis países mais afetados estão também a Tunísia, que regista 96.251 infetados e 3.219 mortos, a Argélia, com 82.221 infeções e 2.393 mortos, a Etiópia, com 109.534 casos de infeção e 1.700 vítimas mortais, e a Nigéria, com 67.412 infetados e 1.173 óbitos.

Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Angola regista 346 óbitos e 15.103 casos, seguindo-se Moçambique (130 mortos e 15.613 casos), Cabo Verde (105 mortos e 10.747 casos), Guiné Equatorial (85 mortos e 5.153 casos), Guiné-Bissau (43 mortos e 2.422 casos) e São Tomé e Príncipe (17 mortos e 985 casos).

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, a 14 de fevereiro, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsariana a registar casos de infeção, a 28 de fevereiro.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.453.074 mortos resultantes de mais de 62,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Lusa

Ataques em Manica: Ajuda humanitária ameaçada?

Representante das ONG em Manica disse que ataque armado a viatura de organização de ajuda humanitária constitui "ameaça terrível". Embaixada dos EUA manifesta preocupação.

O ataque armado contra uma viatura pertencente à organização humanitária PEPFAR (Plano de Emergência do Presidente dos EUA para o Alívio do Sida), numa zona de Dombe na passada quarta-feira (25.11), deixou três feridos.

O representante do Fórum das Organizações Não-Governamentais Internacionais em Manica, Sérgio Pereira, disse que o ataque constitui uma ameaça terrível e sem contemplações para as organizações humanitárias:

"Trata-se de uma ameaça muito grande, na medida em que os homens armados atacam as organizações humanitárias".

"Não estamos a entender porque atacar parceiros do Governo, pois as organizações não levam consigo militares e são devidamente bem identificadas, daí que não há razões para o efeito", defendeu Pereira.

Na sequência do ataque, a Embaixada dos Estados Unidos da América emitiu um comunicado, na sexta-feira (27.11), a expressar "a sua forte preocupação com o manifesto ataque contra um transporte coletivo na província de Manica, que feriu três empregados, um dos quais gravemente, de uma organização que trabalha com a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional".

Moçambique | Comissão do Parlamento Europeu agenda debate sobre Cabo Delgado

A Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento Europeu (PE) agendou para a próxima quarta-feira (03.12) um debate sobre a situação dos ataques armados em Cabo Delgado, no norte de Moçambique.

Durante a sessão, os eurodeputados irão trocar "pontos de vista sobre a situação em Moçambique", segundo a agenda publicada esta sexta-feira (27.11). 

O formato da sessão, feita a pedido do eurodeputado português do PSD, Paulo Rangel, ainda está "em avaliação", segundo a delegação social-democrata no PE, mas servirá para avaliar a deterioração da situação em Moçambique.

O agendamento do debate na Comissão dos Assuntos Externos do PE surge após, há duas semanas, o Partido Popular Europeu (PPE), por iniciativa do eurodeputado do CDS-PP, Nuno Melo, ter pedido o agendamento de um debate na sessão plenária desta semana sobre a mesma questão, que acabou por não acontecer.

Na altura, Paulo Rangel tinha referido, em entrevista à Lusa, que organizar uma sessão na Comissão dos Assuntos Externos do PE com audições a pessoas no terreno seria "muito vantajoso" porque poderia dar conta da situação de "urgência" e criar uma "consciência europeia".

Nigéria | Ataque mais violento do ano mata 110 civis

Segundo a ONU, terroristas suspeitos de pertencer ao Boko Haram mataram agricultores que estavam a trabalhar nos campos no estado de Borno. Presidente nigeriano condena o massacre.

As Nações Unidas anunciaram este domingo (29.11) que pelo menos 110 civis foram mortos por elementos suspeitos de pertencer ao grupo jihadista Boko Haram numa aldeia na região nigeriana de Borno.

"Este incidente é o ataque direto contra civis mais violento já registado este ano. Os perpetradores deste ato hediondo e sem sentido têm de ser levados à Justiça", afirmou Edward Kallon, coordenador humanitário da ONU na Nigéria.

No início da tarde de sábado (28.11), homens armados chegaram em motocicletas nos campos de Koshobe e lançaram um ataque brutal contra homens e mulheres agricultores que estavam a trabalhar. Os 110 civis "foram mortos friamente" e houve muitos feridos, acrescentou Edward Kallon. Algumas pessoas foram mortas a tiro e outras foram degoladas.

O ataque ocorreu num arrozal localizado a menos de 10 quilómetros de Maiduguri, capital do estado de Borno, foco da insurgência islâmica. Há mais de dez anos o Boko Haram tem intensificado os ataques nesta região.

A "Polícia do Pensamento" da Direita Trabalhista da Grã-Bretanha

Megan Sherman | Global Research, 28 de novembro de 2020

O declínio trágico e cinicamente calculado do corbynismo e a subsequente ascendência do projeto neo-Blairite Starmer tornaram o Partido Trabalhista muito menos livre. Quando os jogos de grande poder de Starmer começaram - depois de ser eleito em um manifesto de unidade do partido - a censura e a propaganda foram introduzidas para controlar a ameaça do socialismo e da democracia. A aliança entre a diplomacia sionista e a administração de Starmer criou a necessidade de os novos burocratas trabalhistas embarcarem em uma perseguição macarthista de seus inimigos políticos e, no processo, controlar e estreitar o espectro de opiniões aceitáveis ​​dentro do partido.

Nesta era de escalada da guerra contra a esquerda, a lista de inimigos da liderança cresceu para abranger, além de Jeremy Corbyn, uma grande quantidade de membros do partido com o qual ele se aliou. Israel é o inimigo preeminente do Corbynismo, uma vez que seu império tem uma forte motivação para exterminar a influência de suas políticas pró-palestinas e anti-imperiais. Starmer está até fazendo inimigos de ativistas de base ávidos por um debate cívico sobre sua polêmica decisão de suspender e remover o chicote de Jeremy Corbyn, punindo sua livre discussão de política dentro dos limites da lei. Starmer é um adversário do socialismo trabalhista por causa de sua agenda de capitular a política às necessidades dos doadores de grandes negócios. A maioria de seus cargos são iguais aos do governo conservador, tornando possível ver o trabalho de Starmer e os conservadores como uma entidade, o mesmo poder.

Um exemplo da interseção entre o governo conservador de extrema direita e Starmer é o apoio do PLP a um aumento nos gastos de guerra, favorecendo bombas em vez de investimentos em serviços públicos. Em momentos como a crise do coronavírus deste ano, Starmer hesitou em apresentar uma oposição alternativa à política governamental, errando ao lado do elogio. Seu maior compromisso com a direita vem de seu ensaio de propaganda pró-sionista, com o “anti-semitismo” sendo cinicamente usado como uma ferramenta política por trás dos argumentos apologistas dos crimes de guerra israelenses.

Esse abuso repelente e oportunista do anti-semitismo foi repetido ao longo das tentativas da mídia de desacreditar Jeremy Corbyn , tanto que eles foram capazes de destruir sua reputação de antirracista veterano e de princípios. A certa altura, Pompeo, um aliado do sionismo de extrema direita, afirmou que usaria seu poder para impedir a eleição de Corbyn quando, na verdade, essa decisão caberia diretamente ao eleitorado soberano do Reino Unido.

O Líbano deveria olhar para o Leste e descartar o ocidente

Pepe Escobar [*]

Na medida em que o Covid-19 foi instrumentalizado pelos 0,001% a Covid-19 para engendrar um Grande Reinício ( Great Reset ), a explosão maciça do porto de Beirute já está a ser instrumentalizada pelos suspeitos habituais para manter o Líbano escravizado.

A enfrentar os "protestos" – oh, tão oportunos – em estilo revolução colorida, o actual governo libanês liderado pelo primeiro-ministro Hassan Diab já renunciou.

Mesmo antes de o porto explodir, Beirute havia solicitado uma linha de crédito de US$10 mil milhões de dólares ao FMI. Ela foi negada, enquanto as "reformas" neoliberais, marca registada do consenso de Washington, não fossem implementadas. Ou seja, cortes radicais de despesas públicas, despedimentos em massa, privatizações generalizadas.

Após a explosão, o presidente Emmanuel Macron – que nem mesmo foi capaz de estabelecer um diálogo com coletes amarelos no seu país, saltou oportunistamente em modo neocolonial a posar de "salvador" do Líbano – desde que as tais "reformas" fossem impostas, é claro.

Sábado, a França e a ONU organizaram uma videoconferência para coordenar a resposta dos doadores – em conjunto com a Comissão Europeia (CE), o FMI e o Banco Mundial. O resultado não foi lá muito brilhante – míseros 252 milhões de euros foram prometidos – e, mais uma vez, condicionados a "reformas institucionais".

A França ofereceu 30 milhões de euros, o Kuwait 40 milhões, o Qatar 50 milhões e a Comissão Europeia 68 milhões. De modo crucial, nem a Rússia nem o Irão estiveram entre os doadores. Os EUA – que impuseram duras sanções contra o Líbano – e seus aliados do Conselho de Cooperação do Golfo, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos não doaram nada. A China teve uma presença apenas pro forma.

ASSASSINATOS SELECTIVOS

Mais um cientista iraniano foi assassinado em Teerão. A política de assassinatos selectivos por parte do estado nazi-sionista não tem nada de novo. Ela é sistemática e há inúmeros exemplos disso, como se confirma neste artigo de Janeiro de 2012.


O imperialismo e os media corporativos ao seu serviço ignoram cuidadosamente as ogivas nucleares possuídas por Israel. Ao estado sionista nem a ONU nem ninguém exige inspecções ou a assinatura do Tratado de Não Proliferação. Mas quanto ao estado iraniano o império promove a histeria colectiva acerca de supostas armas atómicas, apesar de as suas autoridades negarem que as têm como objectivo. Dois pesos e duas medidas.

domingo, 29 de novembro de 2020

ERDOGAN ADIANTOU A AGENDA DE JOE BIDEN…

EM SOCORRO DO IMPÉRIO DA HEGEMONIA UNIPOLAR, TECIDO PELO “ESTADO PROFUNDO”!

Martinho Júnior, Luanda

01- Se houve algum poder que se constituiu antecipador à retomada da Casa Branca pelos Democratas, esse poder foi o do “Irmão Muçulmano” Erdogan… (https://www.voltairenet.org/article206954.html).

O Presidente turco mentor da “neo-otomania” já deu provas face ao proteccionismo da administração republicana de Donald Trump, quer no Médio Oriente Alargado quer em África.

No Médio Oriente Alargado, ainda com Trump no poder, aproveitou-se de espaços vazios gerados com a anunciada retirada militar dos Estados Unidos e da esteira nefasta da sucessão de “revoluções coloridas” a sul dos Balcãs (Geórgia e Arménia), para além de trazer soluções extra na Síria, explorando o manancial da bolsa de Idlib e do rescaldo de Rojava… (https://www.resistir.info/moriente/armenia_09mai18.html).

Em África, após instalar dezenas de embaixadas cobrindo praticamente todo o continente e entrar na corrida de construção de mesquitas e de escolas da irmandada, a Turquia está “a tomar conta” da Somália e do Governo Líbio, procurando implicar-se mais no Magrebe, no Sahel e, à medida da progressão do radicalismo wahabita avança em direcção a sul, em outras plataformas apontadas à África Austral…

O “estado profundo” ganha com a administração democrata de Joe Biden e vai redimensionar as “inspiradas” políticas cuja origem remontam à doutrina Reagan, relativamente aos “freedom fighters”, da qual são também “emanação” os “Irmãos Muçulmanos” e os engenhos e artes de quem segue a trilha neocolonial de Savimbi no século XXI… (https://www.businessinsider.com/reagan-freedom-fighters-taliban-foreign-policy-2013-2https://www.americanforeignrelations.com/A-D/Cold-War-Termination-The-reagan-doctrine-freedom-fighters-and-central-america.htmlhttps://www.youtube.com/watch?v=Tg7XfCqnZzw).

… Assim sendo os democratas em torno de Joe Biden, vão colectar a  muitas opções que vêm detrás, podendo até em muitos casos provocar a junção de “revoluções coloridas” e “primaveras árabes” às geoestratégias de “Irmãos Muçulmanos” como Erdogan!... (https://oglobo.globo.com/mundo/no-cairo-hillary-se-reune-com-mursi-pede-dialogo-5479522).

Morgan Freeman reviu conceitos e mudou de ideia sobre racismo

Alberto Castro, Londres 

Em 2012, Morgan Freeman esteve no prestigiado programa “60 minutes”. Ao ser perguntado sobre “como acabar com a racismo”, Freeman disse que bastava apenas pararmos de falarmos nele. Para Freeman, bastava que “nós parássemos de dividir as pessoas por cores, preto, branco, amarelo…”. Imediatamente a esquerda ficou enfurecida. E a direita comemorou. Para a esquerda, há raça, há racismo, e “vidas negras importam”. Para a direita, não há raça não há racismo, e “todas as vidas importam”. Enquanto a definitiva maioria das pessoas assassinadas no mundo ocidental é de negros. Em junho último, 2020, Freeman mudou de ideia. Aderiu ao movimento Black Lives Matter e começou a usar suas redes sociais para dar corpo a um projeto. Que seus seguidores negros contassem suas histórias de racismo sofrido. Foi imediatamente cancelado pela direita. “Traidor! Vendido! Globalista! Seguidor de George Soros!”, está escrito nos comentários de suas postagens. Ainda mais tosca e desinformada do que a estadunidense, a direita supremacista brasileira ainda não descobriu a mudança de opinião de Morgan Freeman, motivada por… fatos.  

https://www.youtube.com/watch?v=eMi1cdNlLnA

https://quadronegro.blogfolha.uol.com.br/2020/11/20/a-direita-no-brasil-nao-sabe-mas-morgan-freeman-mudou-de-ideia-a-respeito-do-racismo/


No Dia da Consciência Negra, na sexta-feira 20 de novembro, o Rei do Futebol, Pelé, se manifestou nas redes sociais. O maior artilheiro do futebol celebrou as conquistas dos negros, mas ressaltou a importância do combate ao racismo.  

https://www.terra.com.br/esportes/lance/pele-se-manifesta-no-dia-da-consciencia-negra-celebraremos-mas-nunca-esqueceremos-da-longa-jornada-pela-frente,cb69996ea4b82789f7d36b91e807be57o6vug7lk.html

Jair Bolsonaro ignorou, até o momento, o Dia da Consciência Negra, mas publicou em suas redes sociais uma foto em que Pelé, ex-jogador do Santos e da seleção brasileira, o homenageia com uma camisa autografada do Santos.  

https://revistaforum.com.br/politica/bolsonaro/bolsonaro-publica-foto-de-homenagem-feita-por-pele-e-ignora-dia-da-consciencia-negra/

Portugal com mais 64 mortos e 4093 casos de covid-19

Este domingo, registam-se mais 64 óbitos associados à covid-19 e 4093 novas infeções pelo novo coronavírus, mais de metade confirmadas na região Norte. O número de doentes internados nos cuidados intensivos continua a subir e volta a bater recorde: são agora 536, mais sete do que no sábado.

O número de casos deste domingo (4093) é mais baixo do que aquele registado no sábado, em que foram notificados 4868 novos infetados. A região Norte continua acima dos dois mil casos diários e contabiliza este domingo 2490 novas infeções (menos seis do que no sábado). Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com mais 979 casos, o Centro com mais 444, o Alentejo com mais 84, o Algarve com mais 49, os Açores com mais 37 e a Madeira com mais dez.

O número de óbitos, 64 no total, baixou em relação a sábado, em que foram registadas 87 vítimas mortais. O Norte regista mais 31 mortes (tem 2097 no total), Lisboa e Vale do Tejo com mais 22 (1584), Centro com mais oito (564), Alentejo com mais duas (114) e Algarve com mais uma (49). Os Açores (17) e a Madeira (duas) não registaram qualquer vítima nas últimas 24 horas. Dos 64 óbitos, 34 são homens (2302 no total) e 30 são mulheres (2125). Um dos homens tinha entre 40 e 49 anos e três tinham entre 50 e 59 anos. As restantes vítimas tinham mais de 60 anos.

Até agora, 16 de novembro foi o dia com maior registo de óbitos diários (91) e 19 de novembro tem o recorde de novas infeções em 24 horas (6994).

Quanto aos internamentos, há mais 90 doentes internados (são agora 3245) e mais sete nas unidades de cuidados intensivos, aumentando o número total para 536, um novo recorde. Há também mais 3259 recuperados (209534), número inferior aos 6829 de sábado.

Há mais 770 casos ativos, num total de 80838, mas menos 197 contactos em vigilância, de 80288.

Jornal de Notícias

Bom trabalho, camaradas

Paulo Baldaia | TSF | opinião (27.11.20)

Infelizmente, esta crónica tem de começar com um ponto prévio, muito por causa do nível a que chegou o debate político no espaço público em Portugal, com claques organizadas e a ideia firme de que quem não está do nosso lado, está contra nós. O ponto prévio é muito simples: eu não sou simpatizante e, menos ainda, militante do Partido Comunista Português.

Mas acho muito bem que o PCP organize o XXI congresso, em Loures, este fim-de-semana. A Democracia não está suspensa, Portugal não vive num regime de partido único e importa, por isso, que se mantenha viva a pluralidade de opiniões. Até para evitar que se instale a ideia de que, sendo todos iguais, uns são mais iguais que outros. Tipo: enchente no santuário de Fátima no 13 de Setembro, sem que Cristo tivesse de descer à terra para repor o bom senso. Ou então, a Convenção do Chega em que até foi necessário chamar a GNR, tal era a frequência com que os delegados circulavam de um lado para o outro sem a obrigatória máscara. Sempre que o PCP se predispõe a mostrar que Portugal está vivo, uma parte desse Portugal insurge-se, exigindo que o PCP faça de morto.

Se o problema é a percepção que se cria por causa da Covid-19, então o que deveríamos valorizar é a capacidade dos comunistas portugueses levarem a vida para a frente com uma organização que diminui em muito o risco de contágio. Arrisco a dizer, aliás, que este fim-de-semana será muito mais perigoso fazer compras numa grande superfície que participar no congresso do PCP em Loures. Adiante! Por mais que se fale do receio de aparecer um surto saído daquele pavilhão de Loures, a quase totalidade dos portugueses sabe, porque viu como se fez a Festa do Avante, que dali não vem perigo nenhum. Já não há partidos que comam criancinhas ao pequeno almoço.

Há urgência em ouvir os dirigentes comunistas explicarem aos portugueses por que é que viabilizaram este Orçamento do Estado. De preferência, dando espaço de debate aos comunistas que são contra esta estratégia do comité central, para que digam de sua justiça.

O PCP está a fazer um favor à Democracia, demonstrando que ela funciona, permitindo que a actividade política aconteça cumprindo as regras sanitárias que se aplicam a todas a todas as actividades. Nos momentos difíceis não se recua. Faço votos que os comunistas portugueses tenham um bom congresso.

#Ouça "A Opinião" de Paulo Baldaia, na íntegra - TSF

Portugal | Nazi escondido com proposta de fora. Já Chega!

Ventura quer proibir imagens ou vídeos de atuação policial sobre minorias

Proposta integra o projeto de lei, a que a agência Lusa teve acesso e que André Ventura pretende entregar no parlamento até segunda-feira. O líder do Chega referiu tratar-se de uma peça jurídica "inspirada na recente legislação francesa nesta matéria".

O presidente do Chega quer proibir, punindo com pena de prisão, a captura e difusão de imagens ou vídeos de atuação policial, especialmente sobre "grupos étnicos ou raciais minoritários", através de uma proposta para alterar o Código Penal.

O projeto de lei, a que a agência Lusa teve acesso e que André Ventura pretende entregar no parlamento até segunda-feira, tem por objetivo desencorajar a "captura de imagens ou vídeo de agentes policiais e forças de segurança no exercício de funções, mesmo no quadro de uso da força legítima".

"É muito raro os polícias cometerem crimes. É muito frequente haver crimes contra polícias. Temos de proteger a atuação das polícias, sobretudo em contexto de operações com grupos minoritários, onde o tema do racismo e da xenofobia vem à baila. É uma novidade no Código Penal português, uma inovação que vai ajudar à manutenção da ordem e à luta contra a violência nas ruas", defendeu o deputado único do partido da extrema-direita parlamentar, em declarações à Lusa.

Portugal | Acordo nacional entre PSD e Chega?

Maioria rejeita, mas social democratas dividem-se

Rui Rio é apontado como principal figura da oposição na sondagem TSF/JN onde primeiro-ministro, Governo e oposição sobem a nota. Marcelo recupera para os 74%.

Os eleitores do PSD surgem divididos, inclinam-se para o chumbo de um acordo nacional com o Chega, mas a diferença entre o "sim" e o "não" é de 13pp. Metade dos inquiridos do PSD considera que o partido não deve seguir esse caminho, contra os 37% que o apoiam.

Mas quando se analisam as respostas globais, é claramente maioritária (57%) a opinião de que não deve ser considerada a hipótese de um acordo nacional entre o PSD e o Chega, apenas 25% admitem a possibilidade e 18% não sabem ou não respondem.

Questionados sobre quem sairia beneficiado com tal acordo nacional, 41% das respostas indicam o Chega, 22% pensam que o PSD saía a ganhar e 13% apontam o PS. Cerca de um quinto dos inquiridos não sabem ou não respondem.

Se um acordo nacional entre PSD e Chega é ainda apenas um cenário, nos Açores é já uma realidade e a maior parte das respostas a esta sondagem indicam que quem ganhou mais com a negociação foi o Chega (45%). 18% consideram que foi o PSD, 16% não encontram benefícios para qualquer um dos lados e para 15% dos inquiridos tanto PSD como Chega saem a ganhar.

Nesta sondagem foi introduzida uma nova pergunta sobre quem é a principal figura da oposição e Rui Rio é o mais referido (35%). Segue-se um empate entre André Ventura e Catarina Martins nos 20% e em terceiro, mas afastado, surge Jerónimo de Sousa com 4%. 21% não sabem ou não respondem a esta questão.

No mês em que o Governo e o primeiro-ministro recuperam na avaliação positiva, é a oposição quem dá um salto nas opiniões favoráveis (47%): sobe 20pp e regista, pela primeira vez nesta sondagem, mais notas positivas do que negativas.

Se o Governo (51%) e o primeiro-ministro (56%) estão em terreno positivo, o Presidente da República mantém-se no topo da avaliação favorável com 74% (mais 14pp do que em outubro).

Questionados sobre a confiança nos dois mais altos responsáveis políticos, 47% escolhem o Presidente, 31% repartem a confiança entre os dois e 16% indicam o primeiro-ministro.

Continua elevado (71%) o número de respostas que defendem uma maior exigência de Marcelo face ao executivo, contra os 23% que defendem que não é necessário.

Judith Menezes e Sousa | TSF

#Com imagens e gráficos e ficha técnica no original - TSF

O PCP apagou a Coreia do Norte?


 Pedro Tadeu | Diário de Notícias | opinião

A discussão à volta do XXI Congresso do PCP tem três grandes matérias: a realização da iniciativa durante o estado de emergência, a eleição das pessoas que vão dirigir o partido e o texto da Resolução Política. Ao fim de um dia de trabalhos, constato que o primeiro assunto parece que só interessa a quem está fora do PCP. Para os comunistas é apenas um bom pretexto para reclamar independência nas ideias e na ação e apontar motivos de perseguição política.

O segundo assunto interessa a quem está fora e a quem está dentro do PCP, mas quem está fora foca-se quase exclusivamente em perceber se Jerónimo de Sousa fica, sai ou nomeia sucessor. Para os militantes comunistas também é fulcral a eleição do Comité Central e dos seus organismos executivos.

O terceiro tema parece que só interessa aos militantes do PCP e a mais ninguém: é o documento que define a estratégia deste partido para os próximos quatro anos. Talvez por ser militante do PCP, li as 107 páginas em causa e notei nelas três coisas que, como jornalista, acho que são notícia, mas que não vi terem relevância séria na comunicação social. Passo a listá-las, sugerindo um título adequado:

1 - "PCP está a dar prejuízo"
O PCP anuncia que tem um prejuízo anual de 310 mil euros. Na Resolução Política do congresso anterior anunciava um acumulado positivo, em quatro anos, de um milhão e 261 mil euros.

2 - "PCP ataca nas redes sociais"
O PCP pretende usar as redes sociais para "multiplicar a agitação, adequando a mensagem, com justeza e eficácia, para esclarecer, lutar e alargar a influência do Partido", mas, ao mesmo tempo, lembra que os militantes que usem essas redes devem "manter uma postura ética, manter reservado ao funcionamento do Partido o que só ao Partido diz respeito".

3 - "PCP apaga Coreia do Norte"
A República Popular Democrática da Coreia, Cuba, Laos e Vietname desapareceram do texto deste documento. A China só aparece referenciada no contexto da análise das tensões internacionais com os Estados Unidos, a União Europeia, o Japão, a Rússia, etc., e, nesse âmbito, há uma referência "à revolução cubana".

Há quatro anos, na Resolução Política do XX Congresso, aqueles países eram identificados como tendo "orientação e objetivo a construção de sociedades socialistas" e, por isso, mereciam a solidariedade do PCP.

Agora mantém-se a solidariedade com países que prossigam esse objetivo - sem identificar quais são - e junta-se essa solidariedade a países "dirigidos por forças progressistas" e aos que não tendo forças progressistas no governo "confrontam objetivamente intentos do imperialismo".

Que mudança!

Vamos lá ver se hoje os militantes do PCP, que são delegados ao Congresso, não dão cabo destas minhas "manchetes" e alteram tudo...

Portugal | O líder-operário que sorri e assinou um acordo à esquerda

PCP elege Jerónimo pela 5.ª vez

Jerónimo de Sousa foi eleito secretário-geral do PCP pela quinta vez, com um voto contra, pelo comité central reunido no XXI congresso nacional do partido, em Loures, foi anunciado este domingo.

Na reunião do comité central, no sábado à noite, Jerónimo de Sousa entendeu "não votar na sua própria candidatura", tendo sido eleito "por maioria, com um voto contra", de acordo com uma informação distribuída aos delegados e aos jornalistas, no congresso, em Loures, distrito de Lisboa.

Jerónimo de Sousa, o antigo operário que sorri e gosta de ditados populares, assinou o primeiro acordo político à esquerda em Portugal, e é o secretário-geral do PCP há mais tempo na liderança depois do histórico Álvaro Cunhal.

Aos 73 anos, Jerónimo de Sousa, reeleito secretário-geral para um quinto mandato, passou os últimos 16 anos à frente dos comunistas portugueses (só superado pelos 31 de Cunhal), viu vitórias e derrotas nas eleições e protagonizou um feito único na história do partido em Portugal -- um acordo à esquerda, com PS, BE e PEV, que permitiu afastar a direita (PSD/CDS) do governo e apoiar, com base em "posições conjuntas", um governo minoritário liderado pelo socialista António Costa.

Nesta história, coube a Jerónimo uma declaração-chave da noite eleitoral de 06 de outubro de 2015, quando PSD e CDS ganharam as eleições, mas a esquerda ficou em maioria no parlamento, ao dizer: "Com este quadro, o PS tem condições para formar Governo, mas têm de perguntar ao PS."

Dos trabalhadores ao SNS. João Ferreira aponta 10 falhanços a Marcelo

Deputado comunista, candidato às presidenciais de janeiro, falou do "mal" sem nunca mencionar o nome do presidente.

João Ferreira, candidato presidencial apoiado pelo PCP, apontou este sábado dez falhas ao atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e alertou que as eleições de janeiro vão influenciar a vida dos portugueses, "para o bem ou para o mal".

Num discurso ouvido em silêncio no segundo dia do XII congresso do PCP, em Loures, Lisboa, o eurodeputado comunista falou apenas do "mal" de Marcelo durante os últimos cinco anos, sem nunca mencionar o seu nome.

Há "valores de Abril" na Constituição que o atual Presidente ignorou e teve, acusou, "uma ação que contribuiu, direta ou indiretamente, para degradar as condições de vida dos trabalhadores.

Esta foi a primeira falha, seguindo-se o que fez para "conter e nunca para promover a evolução dos salários, num país em que muitos empobrecem a trabalhar", para "pôr em causa o Serviço Nacional de Saúde, caucionando o desvio de recursos públicos para alimentar o negócio da doença".

Os outros falhanços, na leitura de Ferreira, foi tomar partido pelos "interesses dos grupos económicos e financeiros", lembrar-se apenas do "interior abandonado", mas "depois da catástrofe" dos incêndios e não valorizar "a Cultura e quem nela trabalha".

Por fim, Marcelo Rebelo de Sousa, "num momento crítico", ajudou a "fragilizar direitos, liberdades e garantias, intrínsecos ao regime democrático, algo que a emergência sanitária não justifica".

Ao invés, um Presidente da República deve "mobilizar o povo português" na defesa da "valorização do trabalho e dos portugueses", no reforço dos serviços público e do SNS ou ainda no "aprofundamento da democracia e no fortalecimento das suas raízes na sociedade portuguesa".

Estes são valores inscritos "nas páginas na Constituição" e não podem ser "letra morta como alguns querem", disse.

João Ferreira fez ainda um ataque aos partidos de direita, com uma referência implícita à extrema-direita e ao Chega, que não nomeou.

"Os problemas estruturais que Portugal arrasta não serão resolvidos com a política de direita que os criou, nem obviamente com as variantes demagógicas, populistas e assumidamente antidemocráticas dessa política.

Pelo contrário, os problemas "resolvem-se com a ação determinada" do povo, acrescentou.

"Um povo que aclamou o Mestre de Avis, resgatou do domínio espanhol a independência nacional, derrubou uma monarquia decrépita e instaurou a República, combateu o fascismo e forjou esse tempo luminoso de Abril, saberá encontrar e percorrer os caminhos do desenvolvimento e do progresso, que concretizem as suas mais fundas aspirações", disse.

Aplaudido de pé no início e no final, João Ferreira disse ser necessário "abrir um horizonte de esperança na vida deste país" nestas eleições.

"Seja pelo conteúdo concreto dos poderes do Presidente da República, seja pela dinâmica que estas eleições comportam e induzem, elas não deixarão de influenciar significativamente, para o bem ou para o mal, o curso da vida nacional", alertou o candidato presidencial do PCP.

Diário de Notícias | Lusa

Imagem: João Ferreira no discurso no Congresso do PCP. © António Cotrim // Lusa

Frases com link

"Via muito bem Passos Coelho como presidente da Comissão Europeia"

Miguel Poiares Maduro, ex-ministro de Passos Coelho, em declarações ao Diário de Notícias

Etiópia inicia ataques à capital regional de Tigray

Apesar de diversos apelos da comunidade internacional e tentativa de mediação da União Africana pelo fim dos confrontos, militares etíopes iniciaram a sua ofensiva em Mekele, este sábado.

A emissora televisiva local de Tigray anunciou os bombardeamentos ao meio-dia deste sábado (28.11) em Mekele, capital regional de Tigray com uma população de meio milhão de pessoas.

Os militares da Etiópia "começaram a atingir com armamento pesado e artilharia o centro de Mekele", disse o Governo local à agência de notícias AFP. "O Estado regional de Tigray apela a todos os que têm a consciência tranquila, incluindo a comunidade internacional, a condenarem os ataques aéreos e massacres que estão a ser cometidos", lê-se numa declaração.

Debretsion Gebremichael, líder da Frente de Libertação do Povo do Tigray (TPLF), confirmou à agência Reuters, numa mensagem de texto, que Mekelle estava sob "bombardeamento pesado". Os militares etíopes estão a utilizar artilharia no ataque, acrescentou.

As explosões foram relatadas no norte da cidade, na zona de Hamidai.

O primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, havia anunciado na quinta-feira (26.11) uma "terceira e última fase" na sua campanha contra os líderes da TPLF.

Conflito atinge vizinha Eritreia

Na noite de sexta-feira (27.11), pelo menos um míssil disparado a partir do norte de Tigray atingiu a vizinha Eritreia, disseram à AFP quatro diplomatas regionais.

Não houve confirmação imediata de quantos mísseis foram disparados, onde aterraram, nem de quaisquer baixas ou danos causados.

A TPLF acusou a Etiópia de ter obtido apoio militar da Eritreia nos combates, uma acusação que a Etiópia nega.

O grupo reivindicou a responsabilidade por ataques semelhantes contra a Eritreia há duas semanas, mas não houve nenhum comentário imediato dos seus líderes na sexta-feira.

Mediação africana

Abiy anunciou operações militares em Tigray a 4 de novembro, após meses de fricção entre o seu Governo e a TPLF.

O primeiro-ministro recusou-se a negociar com a TPLF e rejeitou os apelos ao diálogo como "interferência" nos assuntos internos da Etiópia.

Na sexta-feira, encontrou-se com três ex-líderes africanos - Joaquim Chissano de Moçambique, Ellen Johnson Sirleaf da Libéria e Kgalema Motlanthe da África do Sul - despachados esta semana pela União Africana (UA) como mediadores.

Numa declaração emitida após a reunião em Adis Abeba, Abiy disse apreciar "este gesto e... o empenho firme que este demonstra no princípio das soluções africanas para os problemas africanos".

Mesmo assim, o Governo tem uma "responsabilidade constitucionalmente mandatada para fazer cumprir o Estado de direito na região e em todo o país", disse o seu gabinete numa declaração.

"Não o fazer iria promover uma cultura de impunidade com custos devastadores para a sobrevivência do país", afirmou.

O secretário-geral da ONU saudou as conversações com os enviados da UA e exortou todas as partes a "resolverem pacificamente o conflito".

Antonio Guterres salientou também a necessidade de "assegurar a proteção dos civis, os direitos humanos e o acesso da assistência humanitária às áreas afectadas".

O Governo de Tigray, entretanto, disse na sexta-feira que o exército federal estava a bombardear cidades e aldeias e a infligir pesados danos.

"A nossa luta continuará de todas as direções até que a autodeterminação do Povo de Tigray esteja garantida e a força invasora seja expulsa", disseram as autoridades locais numa declaração lida na televisão regional.

Preocupação internacional

A comunidade internacional tem manifestado grande preocupação com o conflito e o seu impacto humanitário, enquanto insiste nos apelos ao diálogo.

Na sexta-feira, o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Heiko Maas, disse por meio de comunicado, após o seu encontro com o vice-primeiro-ministro etíope, Demeke Mekonnen: "É claro para nós que ambos os lados devem pôr fim à violência. Todas as partes devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger os civis e para conceder acesso à ajuda humanitária".

Também o Papa Francisco apelou ao fim da violência. "O santo padre (...) apela às partes em conflito para que cessem a violência e salvem vidas, especialmente as de civis, para que a população possa regressar à paz", disse o diretor do gabinete de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, num comunicado na sexta-feira.

Deutsche Welle | AP, AFP, Reuters

Além de Cabinda e Tigray há outros movimentos separatistas em África

A exemplo de Cabinda, vários movimentos separatistas estão em atividade em África. O conflito no Tigray, na Etiópia, é um exemplo. Analistas ouvidos pela DW dizem que a origem destes grupos remontam à era colonial.

Para Toyin Falola, o colonialismo é a raiz de todos os movimentos separatistas em África. O professor de História, da Universidade do Texas, refere-se à forma como as potências coloniais europeias dividiram o continente no período entre a Conferência de Berlim-Congo em 1884/85 e o fim da Primeira Guerra Mundial: "Eles enquadraram centenas de povos e nações que tinham existido antes em cerca de 50 países", opina Falola.

Isso ocorreu independentemente das estruturas existentes ou das filiações religiosas e étnicas. Os dois primeiros exemplos destacados neste artigo - Ambazónia e Togolândia Ocidental - são o resultado de tais demarcações arbitrárias.

No entanto, nem sempre é possível dizer exatamente quando é que uma área pertenceu a quem e se hoje em dia os territórios devem ou não ser entregues a outras partes interessadas, explica Lotje de Vries, professora assistente na Universidade de Wageningen, na Holanda. Zanzibar na Tanzânia ou Cabinda em Angola são exemplos disso.

De Vries é co-editora do livro "Secessão na Política Africana" e foi confrontada com o desafio de como categorizar os vários movimentos separatistas em África. No final, os editores não estavam interessados nas origens históricas, mas na forma como os movimentos se desenvolveram.

Manifestação em Cabinda termina com nove detidos

A marcha deste sábado não havia sido autorizada pelo Governo da província

Uma manifestação na província angolana de Cabinda terminou com a detenção de nove pessoas, disse à Lusa o advogado e ativista de direitos humanos Arão Bula Tempo. Entre os detidos encontram-se dois dos seus filhos, adiantou.

A marcha, convocada por um grupo de ativistas defensores dos direitos humanos e membros da sociedade civil de Cabinda, não foi autorizada pelo Governo da província,que invocou as medidas de contenção da pandemia de covid-19 para justificar a proibição.

Os promotores da manifestação, cujo objetivo era contestar a "degradação social, económica e da saúde pública" decidiram, no entanto, manter a iniciativa por ser "um direito consagrado na Constituição".

Apesar da chuva, os manifestantes "marcharam descalços" até o protesto ser "interrompido pela força repressiva da polícia", referiu Arão Tempo, indicando que dois dos manifestantes foram "torturados".

"Mantive contacto com o comandante, disse-lhes que não havia razões constitucionais que permitissem a detenção dos cidadãos indefesos e com direitos consagrados na Constituição", acrescentou, afirmando ter recebido garantias de que seriam soltos, com a obrigação de pagar uma multa de 15.000 kwanzas (19 euros) no prazo de 72 horas.

Numa carta dirigida ao governador da província de Cabinda, subscrita por 42 pessoas e divulgada na quarta-feira, os manifestantes referiram que a situação sobre a qual pretendem protestar "perdura há 45 anos", sem que o Governo tenha cumprido as suas garantias e promessas de intervenção.

O desemprego, a pobreza profunda, as mortes devido à fome, os constrangimentos ou impedimentos da liberdade de expressão, da cidadania, os julgamentos e condenações injustas e outros direitos fundamentais constam da lista de problemas que levaram ao protesto.

O documento exigia igualmente o diálogo "para a pacificação do território de Cabinda".

Deutsche Welle | Lusa

sábado, 28 de novembro de 2020

Angola | UNITA PARA LAMENTAR

Martinho Júnior, Luanda

O azoto do etno-nacionalismo está a ser garantido pela botija do império da hegemonia unipolar por via dos seus enredos de democracia representativa que, em relação a Angola, constata-se ser uma contínua armadilha!...

Todas as instituições do estado estão reféns desse inquinado processo e com isso, estão reféns todos os angolanos desejosos de paz e desenvolvimento sustentável em benefício do presente e das futuras gerações!

De entre esses enredos “coloridamente democráticos” o recurso a doutrinas de laboratório que estão à disposição, como as de George Soros, Leo Strauss e Gene Sharp, chocam já contra o estado angolano, subvertem a Constituição e são um obstáculo permanente a qualquer política que procure encontrar soluções de desenvolvimento sustentável, particularmente quando os riscos que pendem sobre Angola deixam “providencialmente” de ser considerados!

Se com Savimbi a UNITA esteve de cócoras perante Salazar e Marcelo Caetano, de cócoras face aos Botha, de cócoras sob a égide refractária de Mobutu, de cócoras na filiação de Ronald Reagan, de cócoras perante o Director da CIA e Presidente dos Estados Unidos de nome George W. Bush (pai)…

Com a actual direcção a UNITA apresta-se a estar de cócoras face à eclosão de Joe Biden…

O estado angolano e os angolanos, só devem esperar enredos azotados nos tempos mais próximos e se vamos ter uma UNITA para lamentar… por que razão ela, ao colocar a Constituição tantas vezes em causa, tem mais assento no Parlamento e não passa definitivamente para a rua? 

Martinho Júnior -- Luanda, 23 de Novembro de 2020

Imagem a condizer

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