quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Portugal de uns quantos vilões que têm por pátria o euro e o cifrão


A refrega EUA/NATO versus Irão está na ordem do dia. O Curto do Expresso abre com essa nódoa – mais uma – do mundo ocidental liderado pelos EUA/UE/NATO. A guerra é a guerra, está tudo dito, incluindo que vale tudo e até tirar olhos. É o que se vê e sabe por parte do tenebroso e aloucado Trump dos EUA e da subserviente União Europeia, países da NATO e outros eventuais acachorrados de cauda em balanço obediente e prazenteiro – Portugal inclui-se.

Sobre tal refrega ou mais uma das estradas que conduzem a guerras maiores e talvez totais com o passar dos tempos damos por assinalado. Saber mais podem conseguir lendo o Curto da lavra de Miguel Cadete. Por aqui vamos prender-nos num ou noutro ponto da atualidade nacional. Permitam.

Além Curto inserimos no PG o título de alerta e indignação “Crise continua, impostos cresceram e preço das casas é vergonhoso”. Pouco há para dizer… Porque haveria muito a dizer. Se este governo de Costa é de esquerda, como dizem certos e incertos ilusionistas, o que será realmente ser de esquerda. O PS tem desde sempre iludido os portugueses com essa alegada postura. Grosseira mentira. Aliás, o que o PS fez ao longo dos anos pós 25 de Abril de 1974 foi o contrário de um partido realmente de esquerda. Centro esquerda? Talvez, às vezes. Nem sempre. Tanto assim que a crise continua. É evidente. São os que sofreram mais com o auge da crise sob a batuta do PSD/Passos Coelho/Portas/Cristas que continuam a sofrer a crise e a “beneficiar” das carências de antes de forma agravada – porque não são umas quantas migalhas de euros de aumento em pensões desses que lhes permitem recuperar o que lhes têm roubado ao longo da vida de trabalho e de velhice ou doenças.

Em vez de se ver o alegado governo abraçado à esquerda que Costa chefia a colmatar seriamente a crise dos sempre carenciados o que vimos é esses mesmos “esquerdistas do cuspo” reservar e distribuir benesses para os muito mais ricos, entre outros. Perdões de dividas ao Fisco a grandes empresas, milhares de milhões que continuam a esvair-se com o Novo Banco e em outras “negociatas” dos da alta, cativações declaradas e não declaradas no atraso e pagamento de reformas, reserva de excedentes… O menu é vasto e lamentável.

Como se não bastasse vimos os partidos mais à esquerda do PS titubeantes e, no limite, a ceder às chantagens do não cumprimento de promessas a esses mesmos partidos de esquerda. Receio de que este governo caia e tenhamos de avançar para eleições novamente? Receio de que a direita mais declarada e tão ressabiada venha a ser vencedora e seja de novo governo em defesa dos grandes interesses capitalistas? Mas será que o PS não tem sido exatamente isso mesmo, além de distribuir algumas migalhas (insuficientes) pelos mais desvalidos? Os desvalidos que são mais de dois milhões de portugueses. Os governos PS (o anterior e o atual) com estas políticas o que tem estado a fazer é pôr água na fervura da revolta de milhões de portugueses. Habitualmente tem sido sábio nessa prática ao longo de décadas. E assim continua. Até quando?

Até que uma certa esquerda, PCP e Bloco, continuem a ceder às chantagens dos alegados socialistas que são dignos das políticas do PSD ou até do CDS, em prol das cedências aos mais ricos e aos que vivem à grande por via da exploração sistemática a trabalhadores e/ou a especulações e vigarices diversas que até podem muito bem serem consentidas em alçapões das leis que são legisladas na AR… E mais. E muito mais.

É assim. É a vida. Pois, mas na verdade viver assim não é vida mas sim sobrevivência tantas vezes dolorosa de milhões que sustentam o estado que se define por “uma coisa-má”, um mau estado numa pátria madrasta dominada por uns quantos vilões que têm por pátria o € e o $ (euro e cifrão).

Siga para o Curto, do Expresso. Bom dia. Bom inverno. Ao menos que não nos falte o sol.

MM | PG

Portugal | Crise continua, impostos cresceram e preço das casas é vergonhoso


O presidente da Caritas Portugal avisou hoje que a crise no país ainda é uma realidade, criticou o crescimento dos impostos indiretos e classificou de vergonhoso os preços praticados na habitação a nível nacional.

"A crise não é passado", sublinhou Eugénio Fonseca, à margem de uma visita a Macau, no âmbito do reforço das relações com a Caritas local.

O responsável disse que "é vergonhoso o que está a acontecer com a habitação", lamentando os altos preços praticados no mercado imobiliário, "não só no Grande Porto e na Grande Lisboa", que "estão a atirar as pessoas para as periferias".

Eugénio Fonseca ressalvou que Portugal "está melhor do que em 2010 e em 2014", que o emprego cresceu, mas destacou que é preciso perceber qual a sua natureza, se é "estável ou precário".

Contudo, lamentou, os dados de novembro do Instituto Nacional de Estatística (INE) demonstram que "há gente que é pobre apesar de trabalhar, de ter um emprego".

Portugal | Olá, ano judicial. Adeus, ano judicial


Pedro Ivo Carvalho | Jornal de Notícias | opinião

Em janeiro temos o frio, os Reis e a abertura do ano judicial. Se não fosse inconsequente, seria comovente. É um simbólico tiro de partida. Mesmo que a pólvora nas espingardas esteja seca. A lei obriga a cumprir o ritual.

É de lei que todos os que intervêm o façam. Pela ordem determinada. Até há pouco tempo, o ano judicial começava em setembro. Agora não. Coincide com o ano civil. É uma espécie de resolução de ano novo adaptada. E, tal como as resoluções de ano novo que não se cumprem, também na Justiça as promessas solenes sucumbem à passagem do tempo. Até à próxima abertura do ano judicial. Ainda assim, o país das leis e da política engalana-se. Aperta-se numa sala austera rodeada de microfones e câmaras. Abre o peito à nação. Revisita as feridas, repete o diagnóstico, diversifica as curas.

Só que o Portugal aflorado entre as dezenas de "excelentíssimos" e "digníssimos" que enxameiam os discursos passa ao largo da homilia. Como numa igreja, professa-se a fé e espera-se em conjunto por um milagre que não vem. Valha-nos Deus.

Dir-me-ão: a cerimónia de abertura do ano judicial não tem como propósito resolver, por procuração mediática, os problemas do setor. É verdade. Mas sendo ela um ato formal, venerando e um pouco medieval até, acaba por traduzir, na estéril coreografia que se forma, um estado geral de incapacidade, assente numa retórica ensimesmada de quem fala para o umbigo. Para ser ouvido e entendido por outros que falam para a mesma parte do corpo.

Os advogados culpam as leis dos políticos, os juízes culpam a ingerência dos políticos, os procuradores culpam o sistema, os ministros e o presidente da República vestem a toga do conciliador e distribuem esperança num mar de desabafos soturnos. Todos, em conjunto, andam há anos a pedir as mesmas coisas e a concluir pelas mesmas evidências. Foi assim no passado. É assim agora. Será assim no futuro. Não ganhamos nada. Mas também não perdemos nada, se excetuarmos o tempo. Em janeiro temos o frio, os Reis e a abertura do ano judicial. As tradições são uma sentença.

*Diretor-adjunto

- Imagem: em Expresso/Google

Guiné-Bissau | PAIGC apresenta queixa-crime contra presidente da CNE


O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) apresentou hoje na Procuradoria-Geral da Guiné-Bissau uma queixa-crime contra o presidente da Comissão Nacional de Eleições, acusando-o de "crimes cometidos durante o processo eleitoral".

"O PAIGC apresentou uma queixa-crime contra o presidente da CNE por causa de crimes cometidos durante o processo eleitoral" pelo líder da CNE, José Pedro Sambú, afirmou à Lusa Carlos Pinto Pereira, advogado do partido.

Questionado pela Lusa sobre os alegados crimes em causa, Carlos Pinto Pereira remeteu mais esclarecimentos para quarta-feira.

O candidato às presidenciais apoiado pelo PAIGC e também presidente do partido, Domingos Simões Pereira, pediu no final da semana passada a impugnação dos resultados da segunda volta das presidenciais do país, realizadas a 29 de dezembro, que deram a vitória ao candidato Umaro Sissoco Embaló.

Guiné-Bissau | Primeira greve geral do ano paralisa função pública


Adesão ronda os 90%, dizem sindicatos. Paralisação pode durar três dias caso o Governo não cumpra o memorando de agosto para a aprovação do Código de Trabalho e pagamento de salários em atraso.

Começou na terça-feira (07.01) uma greve geral de três dias na Função Pública da Guiné-Bissau, convocada pelas duas maiores centrais sindicais do país, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes (CGSI).

A primeira greve geral do ano visa exigir o cumprimento do memorando de entendimento assinado em agosto de 2019 com o Governo e praticamente toda a administração pública do país ficou paralisada, desde os centros de produção de Bilhetes de Identidade aos hospitais e centros de saúde.

Nas primeiras horas da greve, a situação era difícil para os pacientes internados no maior centro hospitalar do país, o Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM): "Desde manhã, não nos trataram e eu nem medicamento tenho, o meu dinheiro acabou", disse uma paciente aflita à DW África.

O sentimento é partilhado e reportado por outro doente internado no Simão Mendes: "Esta madrugada é que me fizeram tratamento e só peço que me ajudem com a junta médica para ir tratar, há sete anos que não consigo andar. O que quero pedir é que o Estado olhe para o hospital, para os médicos, que lhes pague, porque a saúde é o mais importante no mundo".

A concertação bilateral


Jornal de Angola | editorial

A concertação bilateral ou multilateral entre as lideranças africanas constitui sempre motivo de regozijo para os povos, com particular realce para aqueles sectores que tendem a aproveitar estes cenários como incentivo e energia para as suas investidas no quadro da cooperação e das trocas comerciais.

A recente visita do Presidente da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, tendo-se encontrado com o seu homólogo angolano, João Lourenço, confirma o grau de aproximação e a excelência das relações, que precisam de ser reforçadas a outros níveis.

Angola e a RDC são dois países que, ao contrário da visão pessimista de muitos sectores, relativamente à situação política até 2016, souberam materializar processos internos de transição política que fica para a História como exemplar e encorajadora. Quando muitos anteviam transições difíceis e quase impossíveis, os dois Estados, as suas instituições e os seus povos demonstraram capacidade de maturação e “savoir-faire” que faz os dois países trilharem o caminho da democracia.

Trata-se de uma caminhada longa, difícil e que precisa de contínuas melhorias para que, no fim e com o contributo de cada cidadão, em cada país, se possa fazer um balanço positivo da jornada escolhida para a construção de um bom país para os seus filhos.

ANGOLA, RECESSÃO, CRISE E IMPÉRIO…



A paz capitalista, sem vocação para a justiça social, é a bengala duma representatividade elitista que de tanto o ser, esgota o carácter da própria democracia: desaparece o mito do “socialismo democrático” de salão e o neoliberalismo desponta com todo o seu arsenal de contrassensos, inclusive com a ressaca dum amplo processo contrarrevolucionário intestino, sob a égide programática tão bem-sucedida do Bilderberg e de seus afins (“Le Cercle” e “Clube 1001”, este último dominante nas articulações do WWF)!

A RECESSÃO E A CRISE SÃO PRODUTOS DA MALHA QUE A GLOBALIZAÇÃO DO IMPÉRIO DA HEGEMONIA UNIPOLAR TECE!

01- A evolução deste “modelo” de globalização com os contraditórios entre a hegemonia unipolar e a emergência multilateral, é determinante para a recessão e a crise universal, que nas ultraperiferias económicas são assim agravadas, penalizando as nações, os estados e os povos que preenchem a cauda dos Índices de Desenvolvimento Humano. (http://www.4pt.su/pt-br/content/multipolaridade-definicao-e-diferenciacao-entre-seus-significados).

Sob o ponto de vista de África o estado deste modelo de globalização é na verdade um índice do aprofundar do subdesenvolvimento global, com todas as cargas feudais e retrógradas na superestrutura ideológica das elites e sobretudo da própria aristocracia financeira mundial, manifestada pelas práticas dos seus processos de domínio imperialista e neocolonial. (https://frenteantiimperialista.org/blog/2019/04/28/africa-da-inercia-a-catastrofe/).

De facto esgotar em meio ano os recursos do planeta que só deveriam ser utilizados num ano, mantendo-se de forma cada vez mais reforçada a agenda da aristocracia financeira mundial (cada vez mais dominadora na expressão de 1% sobre o resto da humanidade), cria as condições para a vulnerabilidade cada vez maior da vida na própria “casa comum”, a Mãe Terra, ou seja para a exaustão da vida tal qual hoje a conhecemos… (https://www.dw.com/pt-br/humanidade-j%C3%A1-esgotou-os-recursos-renov%C3%A1veis-de-2019/a-49789439).

Inexoravelmente as espécies vão continuar a desaparecer num ritmo ainda mais alucinante e com elas a sustentabilidade ambiental afectando as condições de vida humana. (https://www.dn.pt/ciencia/biosfera/mundo-esta-iniciar-sexta-extincao-em-massa-e-homem-pode-desaparecer-4635190.html).

Num mundo que em nome quantas vezes da civilização, é um mundo que se tornou cada vez mais bárbaro, tudo começa a entrar em irremediável decadência e ruptura, com sinais cada vez mais evidentes em África, onde além do mais os conflitos nascem do chão das disputas, sem remissão e com as mais aleatórias alegações e justificações!... (http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/533025-capitalismo-violencia-e-decadencia-sistemica).

Em África havendo tão pouca consciência crítica sobre os fenómenos, (tanto pior sobre as dialéticas de natureza sociocultural) sobrevive-se numa mentalidade que de tão formatada pelos mecanismos e instrumentos neocoloniais estimulados pelo “soft power” do império (https://frenteantiimperialista.org/blog/2018/07/08/la-guerra-psicologica-del-imperio-de-la-hegemonia-unipolar-en-africa/), reduz-se a processos de assimilação, de consumismo e de sobrevivência que agudizam o estado de subdesenvolvimento enquanto efeito, ao invés de alguma vez poder combater as suas profundas razões causais. (https://frenteantiimperialista.org/blog/2019/01/03/capitalismo-reconversao-e-continuidade-da-barbarie/).

… Em África está-se no modo do tanto pior, por razões da sobrevivência das espécies e de sobrevivência da própria espécie humana, (https://frenteantiimperialista.org/blog/2019/01/07/africa-dilecto-alvo-neocolonial/) por que esse fenómeno traduz-se por um aumento da superfície dos maiores desertos quentes do globo que provoca por si um aumento de tensão sobre as áreas de espaço vital, onde a água interior em regimes tropicais é cada vez mais disputada, sem que haja as acções adequadas para garantir sustentabilidade em benefício das gerações presentes e vindouras. (https://tudoparaminhacuba.wordpress.com/2012/10/05/o-fardo-da-hegemonia/).

Dirão alguns que essa é uma visão pessimista sobre a evolução da situação, mas o que persiste com o capitalismo é um esgotar das possibilidades da própria vida inerentes ao subdesenvolvimento global que ano após ano é sinónimo também do esgotar dos recursos, algo a que os ambientalistas do norte estão em grande parte alheados, por que longe dos cenários humanos do sul e do seu significado antropológico. (http://wizi-kongo.com/historia-do-reino-do-kongo/africa-e-as-interpretacoes-sobre-o-seu-subdesenvolvimento/).

Os ambientalistas do norte são um fluido estimulado transversalmente, atravessado pelos interesses das transnacionais capazes de alterar o paradigma energético global e confinados nessa torrente!

Por isso continuam a nada dizer em relação às proporções do fenómeno do subdesenvolvimento global e às suas incidências sobre os mais frágeis seres do planeta: os seres vivos de África, os vegetais, os animais e o homem! (http://www.comciencia.br/dossies-1-72/reportagens/cidades/cid21.htm).

Irão disparou mísseis contra base com soldados dos EUA no Iraque


Terão sido disparados dezenas de rockets que atingiram duas bases iraquianas utilizadas pelo exército norte-americano. Pentágono confirmou ataque e está a fazer uma "avaliação dos danos".

A prometida retaliação do Irão contra os Estados Unidos começou. A Guarda Revolucionária disparou dez mísseis que atingiram a base de Ain al-Assad, situada perto da cidade de al-Baghdadi, no Iraque. Esta base, para além de soldados iraquianos, alberga ainda forças norte-americanas. Não há para já indicação de que este ataque tenha feito vítimas. 

Qatri al-Obeidi, um dos comandantes sunitas das Forças Paramilitares destacadas naquela zona, confirmou à CNN o ataque com mísseis terra-terra.  Havia ainda relatos de explosões na cidade de Arbil, no norte do Iraque. 

A televisão estatal iraniana está a descrever este ataque como a operação de vingança pela morte do general Qasem Soleimani na passada sexta-feira. A operação tem o nome de 'Mártir Soleimani'. 

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