Jornal de Angola | editorial
A concertação bilateral ou
multilateral entre as lideranças africanas constitui sempre motivo de regozijo
para os povos, com particular realce para aqueles sectores que tendem a
aproveitar estes cenários como incentivo e energia para as suas investidas no
quadro da cooperação e das trocas comerciais.
A recente visita do Presidente da
República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, tendo-se encontrado com
o seu homólogo angolano, João Lourenço, confirma o grau de aproximação e a
excelência das relações, que precisam de ser reforçadas a outros níveis.
Angola e a RDC são dois países que, ao contrário da visão pessimista de muitos sectores, relativamente à situação política até 2016, souberam materializar processos internos de transição política que fica para a História como exemplar e encorajadora. Quando muitos anteviam transições difíceis e quase impossíveis, os dois Estados, as suas instituições e os seus povos demonstraram capacidade de maturação e “savoir-faire” que faz os dois países trilharem o caminho da democracia.
Trata-se de uma caminhada longa, difícil e que precisa de contínuas melhorias para que, no fim e com o contributo de cada cidadão, em cada país, se possa fazer um balanço positivo da jornada escolhida para a construção de um bom país para os seus filhos.
As autoridades angolanas entendem que uma RDC pacificada e estabilizada é do interesse de Angola e de toda a região, numa altura em que os Estados e povos se empenham para materializar a integração regional, acrescida dos passos para a formalização da Zona de Livre Comércio. Acreditamos igualmente que as autoridades da RDC encaram Angola como um parceiro estratégico, um país irmão e cujos passos no sentido da concertação, do reforço da cooperação e da troca de experiência devem ser as bandeiras dos laços bilaterais.
Os dois povos e Estados devem continuar a maximizar os pontos de convergência, os elementos que mais os aproximam e continuamente fazer prova de que têm muito mais a ganhar aproximando-se e estreitando as relações, em vez de se afastarem.
Não há dúvidas de que os Presidentes João Lourenço e Félix Tshisekedi compreendem perfeitamente esta dimensão das relações bilaterais, razão pela qual encetam, com a regularidade que os vínculos aconselham, contactos entre si. Congratulamo-nos todos com esse processo de concertação, na expectativa de que os resultados daí decorrente sirvam também para aproximar mais os povos e motivar os outros Estados e povos de África.
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