Martinho Júnior, Luanda
A paz capitalista, sem vocação
para a justiça social, é a bengala duma representatividade elitista que de
tanto o ser, esgota o carácter da própria democracia: desaparece o mito
do “socialismo democrático” de salão e o neoliberalismo desponta com
todo o seu arsenal de contrassensos, inclusive com a ressaca dum amplo processo
contrarrevolucionário intestino, sob a égide programática tão bem-sucedida do
Bilderberg e de seus afins (“Le Cercle” e “Clube 1001”, este último
dominante nas articulações do WWF)!
A RECESSÃO E A CRISE SÃO PRODUTOS
DA MALHA QUE A GLOBALIZAÇÃO DO IMPÉRIO DA HEGEMONIA UNIPOLAR TECE!
01- A evolução deste “modelo” de
globalização com os contraditórios entre a hegemonia unipolar e a emergência
multilateral, é determinante para a recessão e a crise universal, que nas
ultraperiferias económicas são assim agravadas, penalizando as nações, os
estados e os povos que preenchem a cauda dos Índices de Desenvolvimento Humano.
(http://www.4pt.su/pt-br/content/multipolaridade-definicao-e-diferenciacao-entre-seus-significados).
Sob o ponto de vista de África o
estado deste modelo de globalização é na verdade um índice do aprofundar do
subdesenvolvimento global, com todas as cargas feudais e retrógradas na
superestrutura ideológica das elites e sobretudo da própria aristocracia
financeira mundial, manifestada pelas práticas dos seus processos de domínio
imperialista e neocolonial. (https://frenteantiimperialista.org/blog/2019/04/28/africa-da-inercia-a-catastrofe/).
De facto esgotar em meio ano os
recursos do planeta que só deveriam ser utilizados num ano, mantendo-se de
forma cada vez mais reforçada a agenda da aristocracia financeira mundial (cada
vez mais dominadora na expressão de 1% sobre o resto da humanidade), cria as
condições para a vulnerabilidade cada vez maior da vida na própria “casa
comum”, a Mãe Terra, ou seja para a exaustão da vida tal qual hoje a
conhecemos… (https://www.dw.com/pt-br/humanidade-j%C3%A1-esgotou-os-recursos-renov%C3%A1veis-de-2019/a-49789439).
Inexoravelmente as espécies vão
continuar a desaparecer num ritmo ainda mais alucinante e com elas a
sustentabilidade ambiental afectando as condições de vida humana. (https://www.dn.pt/ciencia/biosfera/mundo-esta-iniciar-sexta-extincao-em-massa-e-homem-pode-desaparecer-4635190.html).
Num mundo que em nome quantas
vezes da civilização, é um mundo que se tornou cada vez mais bárbaro, tudo
começa a entrar em irremediável decadência e ruptura, com sinais cada vez mais
evidentes em África, onde além do mais os conflitos nascem do chão das
disputas, sem remissão e com as mais aleatórias alegações e justificações!... (http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/533025-capitalismo-violencia-e-decadencia-sistemica).
Em África havendo tão pouca
consciência crítica sobre os fenómenos, (tanto pior sobre as dialéticas de
natureza sociocultural) sobrevive-se numa mentalidade que de tão formatada
pelos mecanismos e instrumentos neocoloniais estimulados pelo “soft power” do
império (https://frenteantiimperialista.org/blog/2018/07/08/la-guerra-psicologica-del-imperio-de-la-hegemonia-unipolar-en-africa/),
reduz-se a processos de assimilação, de consumismo e de sobrevivência que
agudizam o estado de subdesenvolvimento enquanto efeito, ao invés de alguma vez
poder combater as suas profundas razões causais. (https://frenteantiimperialista.org/blog/2019/01/03/capitalismo-reconversao-e-continuidade-da-barbarie/).
… Em África está-se no modo do
tanto pior, por razões da sobrevivência das espécies e de sobrevivência da
própria espécie humana, (https://frenteantiimperialista.org/blog/2019/01/07/africa-dilecto-alvo-neocolonial/)
por que esse fenómeno traduz-se por um aumento da superfície dos maiores
desertos quentes do globo que provoca por si um aumento de tensão sobre as
áreas de espaço vital, onde a água interior em regimes tropicais é cada vez
mais disputada, sem que haja as acções adequadas para garantir sustentabilidade
em benefício das gerações presentes e vindouras. (https://tudoparaminhacuba.wordpress.com/2012/10/05/o-fardo-da-hegemonia/).
Dirão alguns que essa é uma visão
pessimista sobre a evolução da situação, mas o que persiste com o capitalismo é
um esgotar das possibilidades da própria vida inerentes ao subdesenvolvimento
global que ano após ano é sinónimo também do esgotar dos recursos, algo a que
os ambientalistas do norte estão em grande parte alheados, por que longe dos
cenários humanos do sul e do seu significado antropológico. (http://wizi-kongo.com/historia-do-reino-do-kongo/africa-e-as-interpretacoes-sobre-o-seu-subdesenvolvimento/).
Os ambientalistas do norte são um
fluido estimulado transversalmente, atravessado pelos interesses das
transnacionais capazes de alterar o paradigma energético global e confinados
nessa torrente!
Por isso continuam a nada dizer
em relação às proporções do fenómeno do subdesenvolvimento global e às suas
incidências sobre os mais frágeis seres do planeta: os seres vivos de África,
os vegetais, os animais e o homem! (http://www.comciencia.br/dossies-1-72/reportagens/cidades/cid21.htm).
02- Angola está a apanhar por
tabela toda essa complexidade de fenómenos produtores de subdesenvolvimento
global que, de forma desencadeada resulta, na cada vez mais periclitante base
da pirâmide da riqueza global, em função de cada vez mais esgotados recursos,
na formatação da mentalidade da superestrutura ideológica das suas elites e de
elas mesmas, cada vez mais refractárias à premente necessidade de se superarem
por via da consciência crítica. (https://frenteantiimperialista.org/blog/2019/05/17/una-lucha-sobre-las-brasas-i/).
As elites africanas, por tabela
as elites angolanas, mentalizadas mas sem capacidade crítica, fazem
surrealisticamente parte do estado de subdesenvolvimento e neocolonialismo,
pois estão incapazes de poderem dar início às possibilidades das nações, dos estados
e dos povos africanos poderem sair do pântano neocolonial (em regime de
ultraperiferia económica) em que se encontram, indiciando por si o estado de
agravamento do índice de subdesenvolvimento global, apontando para níveis
insuportáveis de corrupção! (http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/justica-arresta-contas-bancarias-de-isabel-dos-santos-e-do-marido).
A ausência de capacidade crítica
tem levado Angola a um modelo inquinado de paz que é mais visível desde o 4 de
Abril de 2002, quando precisamente na mesma altura, o petróleo africano, por
causa do início da campanha contra o Iraque por parte do império da hegemonia unipolar,
em África era tido deliberadamente como bonançoso, “petróleo para o
desenvolvimento”, quando era já, pelo desencadear dos conflitos e do caos no
Médio Oriente Alargado, “petróleo sinónimo de excremento do diabo”! (http://paginaglobal.blogspot.com/2017/03/revitalizar-paz.html).
Foram os conceitos do capitalismo
neoliberal que conduziram esses processos de choque, de terapia e de alienação,
que apanharam Angola precisamente na “nova era” que correspondia ao
fim dos conflitos armados.
Naquela altura, foram “think
tanks” ao nível do IASPS (Institute for Advanced Strategic & Political
Studies – https://www.sourcewatch.org/index.php/Institute_for_Advanced_Strategic_%26_Political_Studies),
que manipularam a ambivalência do petróleo, as duas “qualidades” geoestratégicas
do petróleo, eminentemente “qualidades” de ingerência e manipulação
da aristocracia financeira mundial e com toda mentira e alienação adequada
(conforme às suas próprias mensagens, destinatários e alvos), algo que se
prolonga até hoje em todos os continentes e com os mais diversificados cenários
que dizem muito mais respeito à barbárie que alguma vez tivessem dado respeito
à civilização!
Na altura o IASPS forjou o AOPIG
(African Oil Policy Initiative Group – https://www.business-humanrights.org/en/african-oil-policy-initiative-group-us-house-of-representatives-subcommittee-on-africa-statement-of-chairman-ed-royce; https://www.sourcewatch.org/index.php/African_Oil_Policy_Initiative_Group; https://allafrica.com/stories/200206120501.html; https://pt.scribd.com/document/70373464/African-Oil-Policy-Initiative-Group-White-Paper),
criando um engodo para a “nova era” que também Angola estava a
experimentar após o final do choque de Savimbi e sua “guerra dos diamantes
de sangue”.
O 31 de Maio de 1991 (http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/bicesse-foi-a-31-de-maio-de-1991; http://www.redeangola.info/bicesse-valeu-pena-diz-durao-barroso/),
confirma-o agora o triunfalista Durão Barroso, caucionou o golpe neoliberal em
Angola, pondo fim à linha do Partido do Trabalho no MPLA (e à conduta
marxista-leninista enunciada por António Agostinho Neto no Iº Congresso),
afectou o carácter da Segurança do Estado, pôs fim às FAPLA, que haviam saído
vitoriosas dos campos de batalha, fortaleceu a liderança do Presidente José
Eduardo dos Santos na opção sobre o carácter do estado, introduziu o choque
protagonizado servilmente pelo “freedom fighter” Savimbi (testando o
comportamento do estado angolano por via da radicalização dos métodos e dos
objectivos) e, por fim, levando ao esgotamento a sociedade e o povo angolano,
introduziu a formatação típica da terapia neoliberal até aos nossos dias, sem
remissão nem alternativa palpável a curto, ou médio prazo!
Para Angola a viragem do 31 de
Maio de 1991 em Bicesse (https://paginaglobal.blogspot.com/2019/05/angola-bicesse-e-paz-que-estamos-com.html)
tinha garantido assim, sub-repticiamente, a gestação da introdução do
capitalismo neoliberal e o choque garantiu a seu tempo (1992-2002) e por seu
turno que sob o rótulo do multipartidarismo democrático, as elites angolanas
não mais pudessem escapar ao jogo dos processos dominantes que caracterizam a
hegemonia unipolar, sobretudo nas esferas da superestrutura ideológica e da
infraestrutura económica do próprio país, facilitando a assimilação “lusófona” com
seu papel bem definido na “cadeia” da instrumentalização!
Este é um subsídio que decerto a
actual direcção do MPLA terá muita dificuldade em aceitar, marginalizando-o de
qualquer colóquio, mas não me venham mais com a estória alucinante do “golpe
de estado sem efusão de sangue” dos oficiais da Segurança do Estado em
meados da década de 80 (https://plataformacascais.com/plataformacascais/artigos/partilhado/68762-confesso-que-vivo.html),
pois as decisões liberais então tomadas, que esperaram mais de três décadas
para melhor se fazer a radiografia do seu significado, fortaleceu desde logo o
tráfico de diamantes e tornou possível a disposição de Savimbi em partir para o
choque por via da “guerra dos diamantes de sangue”, sem possibilidade de
medidas de prevenção! (https://paginaglobal.blogspot.com/2018/11/em-angola-ha-20-anos-iii.html).
Tornou depois possível a tomada
do sector dos diamantes, por quem deveria ter tido a incumbência de velar mais
que ninguém pelos interesses do estado angolano nesse sector, ou seja, se
houve “golpe de estado” foi o próprio Presidente José Eduardo dos
Santos “& família” que o deu! (https://www.makaangola.org/2018/01/isabel-dos-santos-e-a-lavagem-do-dinheiro-dos-diamantes/).
Afastar os oficiais duma
Segurança do Estado que primavam pelo patriotismo e o rigor, para dar no que
deu, entre choque e terapia de natureza neoliberal, é um crime de mercenários
contra a Pátria de Agostinho Neto e daí o eclipse da vocação socialista do
estado angolano, para que Angola se tornasse numa espécie de caverna de Ali
Bábá e seus 40 ladrões, em pleno século XXI, possibilitando com isso a
penetração da inteligência económica de interesses em “jogos africanos”,
que souberam aproveitar o êxito das “portas escancaradas” desse mesmo
modo propiciadas!... (https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca---financas/detalhe/ana-gomes-isabel-dos-santos-lava-que-se-farta-e-o-banco-de-portugal-nao-quer-ver).
De facto não foi saudável a
concentração do poder presidencial que não quis avaliar melhor os sinais dos
tempos (até por que afinal, nem sequer o carácter dos oficiais que serviam nos
instrumentos do poder do estado quiseram alguma vez avaliar) e o estado
angolano ficou fragilizado com a introdução dum multipartidarismo envenenado
pelo neoliberalismo, algo sem recuperação por parte do MPLA até hoje, apesar
dos esforços de mobilização “de massas”, com demonstrações que vão sendo
visíveis por via do “barómetro” das eleições numa democracia dita
representativa! (https://www.makaangola.org/2017/08/sondagem-eleitoral-mpla-fica-atras-da-oposicao/; https://www.makaangola.org/2017/08/resultados-provisorios-maioria-do-mpla-em-risco/).
A sucessão de eleições indicam
que o MPLA, na medida em que se esvaziou sua linha decorrente do movimento de
libertação e o miolo foi sendo tomado pelo neoliberalismo, pode estar cada vez
mais em perda e pode começar a convencer cada vez menos o eleitorado, que
indicia que se vai cansando da distância cada vez maior entre as “representativas” ideologias
eleitoralistas e as práticas que confirmam o agravamento das injustiças
sociais, das assimetrias e do abismo das desigualdades! (https://g1.globo.com/mundo/noticia/partido-no-poder-mpla-vence-eleicoes-em-angola.ghtml; https://www.dw.com/pt-002/mpla-vence-elei%C3%A7%C3%B5es-gerais-em-angola-com-6107/a-40388567).
O cúmulo dessa deriva foi a
corrupção que imparavelmente se instalou, que agora se pretende combater; será
mesmo possível combater a corrupção, sem tocar nas causas neoliberais profundas
de sua essência?!
03- Antes do 31 de Maio de 1991, (https://noticias.sapo.ao/economia/artigos/durao-barroso-diz-que-situacao-economica-de-angola-e-um-desafio-permanente; https://www.iberlibro.com/ACORDO-PAZ-ANGOLA/30036953479/bd; https://paginaglobal.blogspot.com/2019/05/angola-bicesse-e-paz-que-estamos-com.html)
Angola já tinha dado os primeiros passos nessa direcção, algo que não escapa à
observação “bem informada e flexível” do neoliberal Durão Barroso,
ainda que sob cobertura social-democrata dum governo do “Arco de
Governação” sob os auspícios do Partido Social Democrata, PSD, (TPA,
Grande Entrevista – https://www.youtube.com/watch?v=QZhMKskPBQA), conforme
aliás o que manifestou também na sua intervenção no IIº Colóquio Internacional
de História do MPLA (http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/historia-do-mpla-debatida-em-coloquio-internacional; http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/trajectoria-do-mpla-discutida-em-coloquio)
e numa altura em que lutar contra a corrupção, rendendo-se ao neoliberalismo, é
um contrassenso que prolongará a recessão e a crise em Angola, agravada pelo
crescimento irreparável das desigualdades, das assimetrias e da injustiça
social, verdadeiros indicadores do subdesenvolvimento “que estamos com
ele”!
Não é por acaso que Durão Barroso
sustenta que “também costumo dizer que a queda do Muro de Berlim, que
aconteceu em Novembro de 1989, começou em África”, algo que tem a ver com
sua “imagem de marca” em África, mas sobretudo em Angola, sobretudo
com Bicesse naquele apropriado espectro de 31 de Maio de 1991... (http://jornaldeangola.sapo.ao/politica/as-relacoes-entre-ex-colonizador-e-ex-colonizados-nunca-sao-faceis; http://tpa.sapo.ao/noticias/politica/durao-barroso-destaca-papel-de-angola-na-africa-austral; http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2019/11/49/Durao-Barroso-destaca-papel-Angola-Africa-Austral,f7eacbe1-b2d0-443a-b92f-9e8389669456.html).
O muro de Berlim é cristãmente
uma verdadeira obsessão para o neoliberal Durão Barroso, brilhando um pouco
mais quando ele está entre seus pares!... (https://www.radioecclesia.org/mundo/europa/5244-20-anos-depois-antigos-inimigos-unidos-na-celebracao-a-queda-do-muro-de-berlim).
O neoliberal Durão Barroso tem
sido apontado como o virtual sucessor do que se pode considerar “duas
vezes liberal” (no fascismo e na reinventada “democracia” após o
25 de Novembro de 1975 em Portugal), Francisco Pinto Balsemão, inveterado
delegado no Bilderberg e membro fundador do mesmo PSD!... (https://www.publico.pt/2018/11/09/politica/noticia/balsemao-cria-grupo-bilderberg-portuguesa-cascais-1850424; https://www.publico.pt/2015/05/27/politica/noticia/balsemao-escolhe-durao-barroso-para-lhe-suceder-em-bilderberg-1696978).
Desconhecem a maior parte dos
portugueses e a esmagadora maioria dos angolanos, quanto o Bilderberg tinha já
que ver com as tendências liberalizantes do colonial-fascismo português (https://www.publico.pt/2016/12/12/p3/cronica/bilderberg-abriramnos-as-portas-de-um-segredo-bem-guardado-1827106),
onde os grupos Champalimaud e Mello correspondiam não só à nascente burguesia
industrial portuguesa, como também eram responsáveis duma parte substancial da
inteligência colonial contra a FRELIMO e o MPLA, por via do artifício que foi
Jorge Jardim!
Jorge Jardim desde Moçambique e
Malawi foi apontado à plataforma da linha da frente informal constituída desde
1964 na Zâmbia, no quadro da tentativa desesperada do Exercício Alcora suster a
avalanche libertária que apontava a sul!
Em 1986, a entrada de Portugal e
da Espanha (que com o colonial-fascismo haviam formulado o Pacto Ibérico), na
Comunidade Europeia, era redundante das sensibilidades inscritas no Bilderberg!
(https://www.wook.pt/livro/o-governo-bilderberg-frederico-duarte-carvalho/18954754; http://www.planeta.pt/livro/o-governo-bilderberg; https://www.lusonoticias.com/index.php/livros/509-livro-da-semana-o-governo-bilderberg).
A repescagem pelo grande camaleão
de muitos dos conteúdos e “ensinamentos” do Exercício Alcora (http://www.almedina.net/catalog/product_info.php?products_id=22415)
a fim de continuar a gestão dos “Jogos Africanos” (incluindo os de
Jaime Nogueira Pinto – http://artoliterama.blogspot.com/2009/05/jogos-africanos-de-jaime-nogueira-pinto.html)
teve sempre que ver com a “ala liberal” portuguesa e sua trilha “democrático-parlamentar”,
que diligentemente atravessou os tempos desde sua gestação no
colonial-fascismo, integrando o miolo dos processos elitistas e da corrente
globalização da feição do império da hegemonia unipolar (por isso o quadro
da “democracia representativa”), acompanhando o surgimento da
burguesia financeira-industrial de então, a que ficou sempre imensamente
grata!... Constate-se a própria trilha de Mário Soares, vista pelo articulista
Martim Silva no “Expresso” do “Bilderberger” Francisco
Pinto Balsemão, que como é lógico tanto olvida os “Contos proibidos”!... (https://expresso.pt/politica/2017-01-07-Portugal-amordacado-quando-Soares-viu-o-futuro; https://aventar.eu/2010/12/19/contos-proibidos-o-ficheiro/).
Recordo que é fundamentalmente
por causa desse liberalismo-neoliberal, entre fascismo e império da hegemonia
unipolar, que alguns como Fernando Pacheco do Amorim, chegaram a pôr em causa o
próprio 25 de Abril de 1941 (“25 de Abril, episódio do Projecto Global” – http://macua.blogs.com/files/25abril_episodiodoprojectoglobal.pdf).
Em Portugal multiplicaram-se
assim os “milagres das rosas”, quando as armas cruzavam o espaço
intercontinental e ferviam as ingerências e as manipulações escondidas… as
rosas foram parar às mãos dos contras, dos iranianos e há pistas desses
milagres, contemporâneos dessoutro milagre sem pistas, ou com tão poucas
pistas: como foram parar às mãos de Savimbi, outro dos “freedom fighters” da
ocasião (https://fehrplay.com/novosti-i-obschestvo/71053-zhonash-savimbi-borec-za-svobodu-angoly.html; https://www.christianheadlines.com/articles/jonas-savimbi-rebel-warlord-or-man-of-god-1127038.html),
os “stinger” (https://ips-dc.org/jonas_savimbi_washingtons_freedom_fighter_africas_terrorist/; https://www.youtube.com/watch?v=Xt2hVETc9Xs; https://www.wikiwand.com/en/FIM-92_Stinger; https://www.wikiwand.com/en/UNITA) que não podiam cair nas mãos dos carcamanos, nas mãos
do “apartheid”?...
Falta ainda desvendar esse filme, mas a vinda a Angola de Durão
Barroso agora mesmo em finais de 2019, foi para lavar mais branco, liberalmente
branco, a democracia de preferência multipartidária e acima de tudo “representativa”!
(http://ofimdademocracia.blogspot.com/).
04- O carácter do IIº Foro
Internacional de História do MPLA, teve a engrossar as correntes neoliberais, a
presença do ex-Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires. (http://angop-as31.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2019/11/49/Pedro-Pires-Angola-para-coloquio-MPLA,1271e7c2-1024-44bb-89e0-554570d0c130.html; http://www.novojornal.co.ao/politica/interior/construcao-de-verdadeiro-estado-democratico-e-de-direito-e-prioridade-do-mpla---luisa-damiao-81147.html).
Esta entidade merece essa
referência precisamente nesse quadro, pois foi sob um governo de Cabo Verde sob
sua presidência, que pela primeira vez as Forças Especiais da NATO, em 2006 (https://www.nato.int/multi/video/2006/060629-steadfast_jaguar/v060629e.htm; https://www.youtube.com/watch?v=_y_FbHmhftA; https://books.google.co.ao/books?id=ALaX22MxDSEC&pg=PA191&lpg=PA191&dq=steadfast+jaguar+2006+nato&source=bl&ots=XSUK6l5H-N&sig=ACfU3U2JA4TMSNQ-lk-c-LqzTxMl4TUCUw&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjx0d6729XmAhXVUhUIHf35Brw4ChDoATAEegQICRAB#v=onepage&q=steadfast%20jaguar%202006%20nato&f=false),
realizaram um exercício de grande envergadura fora da Europa e, na altura,
preparatório para as acções que iria desencadear no Médio Oriente Alargado
(inclusive o treino de organizações terroristas) e em África, com influências
disseminadas até nossos dias! (https://www.globalresearch.ca/truth-revealed-mccains-moderate-rebels-in-syria-are-isis/5426535).
Sem organizações terroristas não
haveria caos, o caos é em si choque neoliberal!... (https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:XePtb6f-fjwJ:https://www.sahistory.org.za/sites/default/files/archive-files/anne_norton_leo_strauss_and_the_politics_of_amerbook4me.org_.pdf+&cd=2&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=ao; ).
Sem caos, não haveria
justificação para as acções da NATO, do Pentágono e da CIA em todos os
continentes!... (https://www.af.mil/News/Article-Display/Article/130574/nato-troops-exercise-at-steadfast-jaguar/; http://en.people.cn/200606/23/eng20060623_276635.html; https://www.nato.int/multi/photos/2006/m060623a.htm; https://www.voltairenet.org/article142429.html?__cf_chl_jschl_tk__=ec414964826294fbfe64d30a178cacdd65ae138d-1577453043-0-AbudYXUK72k5osoj1NT8rj23OXEguQ_w90E50WmWE8eHuDF1m4asEtFhVjXUX6khksgNx0QNps1h7AO_L_Pmo-3fx_qT731ykOZbAg5YqA9EJhdZIB5Jj5nVYqIbvKX5DTYxdvFXXi9ivBZS6C2AwJQUKO31oigs8r_9FeOzGIBkKYghsn5yiqAqV4kXH2YvW1wqnFYiTflprfpw_F_-t6d6ymVMnqoonjPN5dibiPndeabLqfdABafjzNL8lMRTgwFbKfGC-amp1rqXEFVXaWQ_1XEtP08pol1wc1S2dlnR).
Também não haveria justificação
para a terapia neoliberal!... (https://paginaglobal.blogspot.com/2016/04/angola-sob-o-choque-e-terapia-neoliberal.html; https://www.voltairenet.org/article208599.html).
… Um círculo vicioso estimulado
pelo “modelo” de globalização do império da hegemonia unipolar, em
especial antes do Presidente Donald Trump na Presidência dos Estados Unidos! (https://www.mondialisation.ca/how-the-us-supports-the-islamic-state-isis-one-accidental-airdrop-vs-billions-in-covert-military-aid/5409449; https://www.voltairenet.org/article208599.html; https://www.globalresearch.ca/a-italia-na-coligacao-antiterrorismo/5695387).
Recordo o que sobre ele escrevi
em 2011: (http://paginaglobal.blogspot.com/2011/11/rapidinhas-do-martinho-63.html).
“Seria relativamente admissível a
Cabo Verde empenhar-se na luta contra o tráfico de droga, assim como na luta
contra as migrações clandestinas, ou ainda na luta contra a pirataria nos mares
e oceanos, mas não é admissível, em nome do bom entendimento com Portugal e com
outras potências europeias (Holanda e Itália, por exemplo), abrigar em seu
próprio território para treino e preparação, as forças especiais da NATO (a
espinha dorsal do potencial de agressão daquela Organização), fosse a que
pretexto fosse.
Na qualidade de Presidente de
Cabo Verde, Pedro Pires acompanhou a par e passo o Exercício da NATO, Steadfast
Jaguar 2006, esquecendo-se por completo dos sacrifícios impostos ao movimento
de libertação em África, que experimentou o potencial das armas da NATO
colocadas ao serviço de Portugal, desde então membro dessa Organização!
Entre o jovem Pedro Pires e o
Presidente, é evidente que toda a nossa simpatia só pode ir para o primeiro;
para o segundo e neste caso: parece que quanto mais velho, mais memória perdeu,
mais oportunista se tornou e sobretudo, demonstra não ter aprendido a lição!
Não são dirigentes deste tipo que
África precisa!”…
Em 2013, recordei a propósito: (http://paginaglobal.blogspot.com/2013/06/a-nato-em-cabo-verde-ou-as-sucessivas.html; http://paginaglobal.blogspot.com/2013/06/a-nato-em-cabo-verde-ou-as-sucessivas_12.html).
... “Muitos daqueles que
algum dia haviam participado na saga do movimento de libertação contra o
colonialismo, apesar da modernidade das organizações politicamente mais
enriquecidas, acabaram também por soçobrar, desaparecendo fisicamente,
escolhendo, ou sendo obrigados a escolher muitos deles os caminhos contrários
aos que antes com tanta coragem haviam trilhado, numa viragem de 180º que reduz
ainda mais as possibilidades de independência de muitas das jovens nações.
A lógica de Brazzaville, a lógica
da segunda coluna do Che em África, a lógica da libertação e do Não
Alinhamento, não teve dirigentes para lhe dar continuidade em nenhuma das
ex-colónias portuguesas e depois de 1985.
No final da Guerra Fria,
sensivelmente a partir de 1992, as lógicas do capitalismo globalizante
impuseram-se sem alternativas, vestindo as cores geo estratégicas de cada
região em que se inseriam os diversos estados libertados do colonialismo e do
apartheid, mas sem remissão à mercê do neo colonialismo e de suas manipulações”…
…
… “É no espaço físico
geográfico dessa sentinela que a NATO escolheu precisamente o cenário para
testar a sua Força de Intervenção Rápida (NATO Reponse Force), ao nível de mais
duma vintena de unidades navais (algumas delas constituídas em autênticas
plataformas estratégicas) e de 7.000 homens e para isso muito contribuíram o
antigo guerrilheiro Pedro Pires, (actual Presidente de Cabo Verde), o PAICV
(herdeiro histórico do movimento de libertação) e dirigentes ao nível do
Primeiro Ministro de Cabo Verde, expoente da nova geração de governantes das
ilhas.
O Steadfast Jaguar 2006 não
serviu apenas para testar a capacidade da NATO Reponse Force fora dos limites
tradicionais da NATO e, pela primeira vez, num país africano: o exercício foi
mais um elo na sucessão que o poder hegemónico vem dinamizando no eixo dum
paralelo que vai das Caraíbas ao Afeganistão, bordejando uma estratégia de
alargamento de influência das principais potências do sistema Norte-Americano –
Europeu”…
É evidente que o jogo de
ambiguidades ao serviço do império da hegemonia unipolar, reflectiu-se de forma
inequivocamente mais amadurecida em Luanda… “diz-me com quem andas,
dir-te-ei quem és”!
05- A “queda do muro de Berlim em
Angola” (https://www.dw.com/pt-002/o-muro-de-berlim-tamb%C3%A9m-caiu-em-%C3%A1frica/a-51153570)
equivale a mandar para as urtigas a maior das preocupações de António Agostinho
Neto em relação a Angola: “o mais importante é resolver os problemas do
povo” (https://www.pensador.com/frase/NTgwMTQ3/),
por que desde 1986 que o mais importante começou a ter que ver com o egoísmo
das elites liberais angolanas até então “diplomaticamente” escondidas
no ventre do Partido do Trabalho, mas que a partir do Março de 1986 em Angola,
altura em que se mexeu 180º num instrumento de poder como o Ministério da
Segurança do Estado, (tema “MPLA, contexto internacional e mudança do
sistema político em Angola (1986-1991)”, referenciado ao de leve pelo “O
País” – https://opais.co.ao/index.php/2019/12/04/coloquio-sobre-o-mpla-junta-hoje-especialistas-nacionais-e-estrangeiros/)
começaram a despontar, algo que não foi estranho às mudanças rápidas que
ocorreram na Embaixada de Portugal àquela época em Luanda, com um governo e uma
sensibilidade PSD bem cavaquista (https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Social_Democrata_(Portugal)),
característico do 25 de Novembro de 1975 então instalado em Lisboa e da
assimilação de elites segundo a trilha “lusófona” que nem dispensa
Camões (“em terra de cegos, quem tem um olho é rei”)!... (https://observador.pt/opiniao/angola-e-nossa/).
Agora que um camaleónico
Bilderberg faz típicas mudanças de cor, entre rosa pálido e um laranja
desmaiado, a toranja do Trópico de Capricórnio vai-se tornando, como a
borboleta do rei Lobengula, apesar da recessão e da crise, ou melhor,
precisamente por causa disso, mais tragável que nunca!...
Não o foi a 11 de Novembro de
1975… mas está a sê-lo a 11 de Novembro de 2019, por que até a história, à
maneira de Francis Fukuyama, corre o risco de começar a ser apagada, ou
borrada, pois milagres das rosas e globais conveniências se levantam e dão à
costa descoberta por Diogo Cão!... (https://plataformacascais.com/plataformacascais/artigos/partilhado/79505-angola-11-de-novembro-de-2019-martinho-junior.html).
Os números e as visões
quotidianas contudo fazem-nos cair na real, do que acontece quando há uma
ultraperiferia económica como Angola, com tão evidentes práticas de
conspiração!
Angola cai nos Índices de
Desenvolvimento Humano da ONU!... (https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_pa%C3%ADses_por_%C3%8Dndice_de_Desenvolvimento_Humano; http://www.expansao.co.ao/artigo/123362/n-meros-da-onu-colocam-angola-mais-longe-da-meta-para-2025?seccao=5),
pondo em causa as metas de crescimento previstas para 2025!
Para mim não é novidade,
percebendo eu quotidianamente nas minhas próprias deambulações e de minha
família, quanto os índices de subdesenvolvimento humano que jamais foram
vencidos, muito menos agora, quando a pobreza paira com seus cortejos lúgubres
no ambiente humano da própria Luanda, até na própria baixa infestada de torres
de vidro apenas ocupadas pelos ratos (haverá algum acordo tácito entre os novos
ricos e os ratos, quando a bolha imobiliária era mais que previsível?) e
infestada por andrajosos “sonâmbulos” de todas as idades, que
procuram uma vã redenção de sobrevivência!...
Depois as notícias caem em
catadupa:
“Dívida pública angolana fecha
2019 em históricos 111% do PIB”! (http://www.expansao.co.ao/artigo/123407/divida-p-blica-angolana-fecha-2019-em-historicos-111-do-pib?seccao=exp_merc);
“O IVA e a desvalorização do Kz
aceleram preço dos carros e afectam vendas”! (http://www.expansao.co.ao/artigo/123367/iva-e-desvalorizacao-do-kz-aceleram-preco-dos-carros-e-afectam-vendas?seccao=exp_merc);
“Crédito mais caro de sempre com
taxa LUIBOR nos 27,62%”! (http://www.expansao.co.ao/artigo/123366/credito-mais-caro-de-sempre-com-taxa-luibor-nos-27-62-?seccao=exp_merc);
“Exigência de garantias às
empresas trava financiamento à economia”! (http://www.expansao.co.ao/artigo/123366/credito-mais-caro-de-sempre-com-taxa-luibor-nos-27-62-?seccao=exp_merc);
“Sete províncias estão abaixo da
linha que separa a pobreza, com maior incidência no sul do país”! (http://www.expansao.co.ao/artigo/123354/sete-provincias-estao-abaixo-da-linha-que-separa-a-pobreza-com-maior-incid-ncia-no-sul-do-pais?seccao=5)…
O semanário economicista “Expansão” (que
coloca deliberadamente a economia como primado sobre tudo o demais, à boa
maneira neoliberal e dos seus mercados e mercadores), tornou-se no último
trimestre de 2019, eminentemente catastrofista, só lhe faltando honestamente
mudar de título: por que não “Recessão”?!…
“Recessão” e “Recessão” sem
luz alguma no fundo do túnel, é o que nos espera em 2020 e sintomaticamente aí
por diante!... (http://www.expansao.co.ao/).
Terá passado despercebido
ao “Expansão”, o que não passou despercebido ao “Observador” ?...
(“FMI elogia reformas em Angola ao abrigo do Programa de Financiamento
Alargado” – https://observador.pt/2019/04/13/fmi-elogia-reformas-em-angola-ao-abrigo-do-programa-de-financiamento-ampliado/)
Assim será enquanto
definitivamente não se mudar de paradigma, de consciência crítica e de vontade
em, antes de tudo o mais, enveredar pela abandonada trilha sugerida pelo
movimento de libertação em África: a lógica com sentido de vida e ávida de
segurança vital!
Martinho Júnior -- Luanda, 1 de Janeiro de 2020
Imagens:
01- “A Cúpula do Clima da
Organização das Nações Unidas (ONU) já tem documento final acerca da ambição
climática em 2020 e do cumprimento do Acordo de Paris, que limita os países
para impedir a subida da temperatura média do planeta este século acima de 1,5
°C. O acordo, intitulado “Chile-Madrid, hora de agir”, foi alcançado no
domingo, 15 de dezembro, quase dois dias após o dia marcado para encerrar a 25ª Conferência das Partes
(COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações
Climáticas.” – https://www.revistaplaneta.com.br/texto-final-da-cop-25-propoe-metas-mais-ambiciosas-para-emissoes/;
02- Restos de “apartheid”.
“O governo de Botsuana prometeu
restaurar a Reserva de Caça do Kalahari Central alguns dos serviços essenciais
que cortou há 14 anos.
Os serviços de saúde e água, que
o governo vem dizer que vai restituir, foram encerrados pelo governo durante os
despejos brutais dos Bosquímanos da
reserva em 2002.
Em 2006, O Tribunal Supremo de
Botsuana considerou que os despejos eram ilegais e sustentou o direito dos
Bosquímanos para voltar à reserva. No entanto, a maioria dos Bosquímanos
continua a ser negada o acesso à sua terra ancestral e o governo impôs um sistema
de autorização de um mês para as crianças que quiserem viver com as suas
famílias no interior da reserva depois de terem completado os 18 anos. O
sistema tem sido comparado às práticas do apartheid da África do
Sul.” – https://www.survivalbrasil.org/ultimas-noticias/11159;
03- “O Governo Bilderberg,
do Estado Novo aos nossos dias” – https://www.wook.pt/livro/o-governo-bilderberg-frederico-duarte-carvalho/18954754;
04- “Pode dizer-se que a
queda do Muro de Berlim começou aqui em Angola, em África”, referiu, sob fortes
aplausos de mais de dois mil conferencistas nacionais e estrangeiros. – http://tpa.sapo.ao/noticias/politica/durao-barroso-destaca-papel-de-angola-na-africa-austral;
05- “Todos os indicadores
sobre África, ao invés de revelarem indício de algum renascimento, remetem-nos
para leituras crónicas que muito têm a ver com a inércia, a catástrofe e a morte.
Os indicadores integrados, que
abrangem sobretudo as questões de largo espectro relativas ao relacionamento do
homem com o ambiente que o cerca no espaço físico-geográfico continental, são
os mais críticos e conferem-nos uma certeza: África testemunha nas suas
próprias entranhas vitais a aceleração da degradação da Mãe Terra e torna-se no
mais incontrolável factor de desequilíbrio, à beira dum dramático abismo, onde
o futuro é apenas uma garantida aridez que tem tudo a ver com uma incandescente
catástrofe!” – https://frenteantiimperialista.org/blog/2019/04/28/africa-da-inercia-a-catastrofe/
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