quarta-feira, 11 de março de 2020

Sobe para 59 o número de infetados em Portugal


PROTEGER AS NOSSAS CRIANÇAS É ESSENCIAL, JÁ QUE O GOVERNO DEMONSTRA QUE NÃO AS PROTEGE

Através da informação da TSF salientamos o essencial sobre a pandemia só agora declarada pela OMS. É notório e lamentável que em Portugal o governo e ademais entidades teimem em colocar em riscos as crianças das escolas básicas, não antecipando as férias, para já, e prepararem-se para declarar a suspensão das aulas se acaso se verificarem a existência de muitos mais infetados nessas duas semanas. Verificamos que muitas universidades suspenderam as aulas e o que se pergunta é porque motivo as crianças continuam com obrigatoriedade da sua presença nas escolas, num convite ao contágio que mais cedo que tarde irá acontecer. Só agem depois de acontecer? 

Porque é essencial proteger as nossas crianças devem ser os encarregados de educação a declarar a suspensão das aulas no ensino básico e nas creches, organizando-se e não os levando às escolas nem os expondo a riscos desnecessários. Aliás, a medida acertada e que devem tomar será suspender as atividades em grupo e as aglomerações dos cidadãos "grandes e pequenos" o mais possível, não contribuindo para maior disseminação do coronavírus. Quanto à informação deve ser objetiva e não dispersa e disposta em “carradas” como a encontramos, lendo, vendo e escutando. (PG)

11 mar19:52

Aumento de pessoas nas praias leva Autoridade Marítima a lançar alerta
A Autoridade Marítima Nacional (AMN) alertou esta quarta-feira para os cuidados que os cidadãos devem ter nas praias, dado o "considerável aumento de pessoas a frequentar" estes espaços devido às medidas preventivas para contenção do surto de Covid-19.
"A Autoridade Marítima Nacional alerta para a não ida a banhos e recomenda que deverão ser redobrados os cuidados na praia e a adoção de um comportamento de segurança", refere a AMN, num comunicado publicado na página na internet.

11 mar18:37

Fecho das escolas ainda por decidir
À saída da reunião da Concertação Social, a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, explicou que "não há ainda definição sobre se vai ou não ser decidido o encerramento das escolas".

11 mar17:45

Irlanda registou primeira morte
A Irlanda registou a primeira morte provocada pelo novo coronavírus, anunciou o Ministério da Saúde daquele país.
De acordo com o último balanço, feito na terça-feira, o país identificou 34 pessoas infetadas.

11 mar17:18

Luis Sepúlveda em coma induzido
Luis Sepúlveda está em coma induzido, confirmou fonte da Porto Editora à TSF. O coma foi induzido ao escritor para que sejam realizados os tratamentos necessários, numa altura em que o seu estado já era grave.

11 mar16:04

Deco pede intervenção do Governo para travar viagem de finalistas a Espanha 
A Deco, que tem dado apoio aos pais dos alunos e tem mantido contato com a agência de viagens, apelou a uma declaração do Governo que esclareça os pais e as agências sobre se desaconselha ou não as viagens de finalistas a Espanha, como desaconselhou as da Itália. 
"Não basta recomendar publicamente. É importante que as entidades oficialmente desaconselhem estas viagens", disse o coordenador do departamento jurídico e económico da Deco, Paulo Fonseca. 

11 mar14:25

Governo garante planos de contingência em todos os transportes públicos
O ​​​​​​​ministro do Ambiente garantiu que todas as empresas de transporte público estão a aplicar os seus planos de contingência para o novo coronavírus, referindo que todas as empresas públicas fazem desinfeção "muito mais intensa" dos seus veículos.

11 mar12:40

Número de infetados em Portugal sobe para 59
A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou, esta quarta-feira, que o número de casos de doentes infetados pelo novo coronavírus subiu para 59.
O último balanço dava conta de 41 casos de Covid-19 em território português.
De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica, há 471 casos suspeitos, dos quais 83 aguardam resultado laboratorial.
Segundo a DGS, há ainda 3.066 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Imagem em TSF | Texto selecionado por PG em TSF

Portugal | O GOVERNO CORRE ATRÁS DO COVID 19, MAS NÃO O APANHA


Octavio Serrano* | opinião

"Mas uma coisa se sabe; as autoridades europeias, até meados de Fevereiro não olharam para o assunto com grande preocupação"

Escrevi este texto a 10 de Março; o governo italiano decidiu colocar a Itália em quarentena; ordem para ficar em casa; a não ser, que hajam motivos profissionais ou se trate de aquisição de alimentação; fecham escolas, serviços do Estado, não essenciais; proíbem-se todos os eventos, em que as pessoas se possam juntar; proíbem-se as deslocações não essenciais entre províncias; a palavra de ordem do país é parar a propagação do vírus! Mas constatando, até que ponto a disseminação do Covoid 19 chegou, tenho sinceras duvidas que tal seja possível.

Foi muito recentemente; concretamente na passagem de ano, que a Organização Mundial de Saúde deu a noticia; existiriam duas dezenas de casos de pneumonia, de origem desconhecida, em habitantes da cidade chinesa de Wuhan; só a 23 de Janeiro, as autoridades chineses isolaram a zona, num raio de 70 km; nesse intervalo de tempo as pessoas puderam sair e entrar dessa zona; viajar e transmitir; o resultado, foi aparecerem novos casos por toda a China; e que viajantes contaminados espalhassem o vírus por várias zonas do Mundo.

Afirma-se que foi um alemão o primeiro europeu contaminado no continente; num Congresso, uma participante chinesa contaminada, mas assintomática teria ficado ao lado dele; mas a zona onde o perigoso vírus de tornou uma epidemia, em relativamente pouco tempo foi no Norte de Itália; talvez devido, ao facto de se tratar de uma zona muito visitada por turistas chineses; ou por terem regressado italianos de viagens turísticas e de negócios à China. Realmente não se tem a certeza.

Só agora? | OMS declara pandemia do novo coronavírus


Diretor-geral da OMS observa que número de casos fora da China se multiplicou por 13, e o de países afetados triplicou em apenas duas semanas. Ele pede aos países ação urgente e enérgica contra o Sars-Cov-2.

A disseminação da doença covid-19, causada pelo novo coronavírus Sars-Cov-2, pode ser caracterizada como uma pandemia, afirmou nesta quarta-feira (11/03) o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Genebra, Suíça.

O número de casos fora da China se multiplicou por 13 em duas semanas, e o de países afetados triplicou, afirmou o diretor-geral como justificativa para usar a expressão, que vinha evitando nas últimas semanas.

O termo "pandemia" designa a disseminação de uma doença por vários países ou continentes. Segundo a OMS, já há mais de 118 mil casos de infecção com o vírus Sars-Cov-2 em 114 países, com 4.291 mortes oficialmente confirmadas.

Segundo Ghebreyesus, o número de infecções, mortes e países atingidos deverá aumentar ainda mais. Ele se disse também muito preocupado com os "níveis alarmantes de disseminação e gravidade", bem como com os "níveis alarmantes de inação" diante do vírus, indicando que a classificação como pandemia é um estímulo para que os países ajam.

A declaração não muda nada naquilo que os países já deveriam estar fazendo para combater de forma enérgica o avanço do vírus, acrescentou. "Todos os países ainda podem mudar o rumo dessa pandemia", sendo necessário, para tal, esforços em detectar os infectados, isolá-los e tratá-los, assim como mobilizar a população em resposta ao avanço do vírus.

"Pedimos todos os dias aos países que adotem medidas urgentes e enérgicas. Soamos o alarme alto e claro", reiterou Ghebreyesus. A OMS afirmou que Irã e Itália são as atuais frentes de combate, mas que novos países vão se unir a eles em breve.

Também nesta quarta-feira, a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, se manifestou pela primeira vez sobre o avanço do novo coronavírus no país, insistindo que a disseminação do patógeno seja contida, e que é preciso união no combate ao surto. O país tem cerca de 1.300 infecções e duas mortes confirmadas.

"Nossa solidariedade, nossa razão e nossa compaixão mútua estão sendo colocadas à prova, e desejo que passemos nessa prova", disse Merkel em Berlim, ao lado do ministro da Saúde, Jens Spahn.

Deutsche Welle | AS/ap/dpa/efe

Europa lembra vítimas de atentados racistas


Apesar de eventos para lembrar o Dia Europeu em Homenagem às Vítimas do Terrorismo em todo o continente, muitos dos atingidos e seus familiares se sentem deixados sozinhos em sua dor.

Por toda a Europa, diversos eventos marcam nesta quarta-feira (11/03) o Dia Europeu de Homenagem às Vítimas de Terrorismo. Na França, onde nos últimos cinco anos mais de 250 morreram em ataques terroristas, o presidente Emmanuel Macron esteve à frente das celebrações que reuniram 900 vítimas e seus familiares em Paris.

Em Zwickau, no estado da Saxónia, o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, reuniu-se já na terça-feira com prefeitos de todo o país para falar sobre ódio e violência.

Muitas vítimas de ataques terroristas lutam por toda a vida com as consequências das atrocidades sofridas. Elas costumam se sentir decepcionadas com a postura da sociedade, um sentimento que mesmo um dia memorial pouco poderá mudar.

Como no caso de Đ Anh Lân, morto por três coqueteis molotov na noite de 22 de agosto de 1980. Ele tinha 18 anos quando fugiu do Vietname para a Alemanha, onde vivia num centro de refugiados em Hamburgo. Terroristas de extrema direita jogaram os dispositivos incendiários pela janela. Đ Anh Lân morreu de queimaduras dias depois, assim como seu vizinho, Nguyn Ngc Châu. "Fora estrangeiros!", escreveram os assassinos na fachada do abrigo de migrantes.

Nas estatísticas, esse dia marcou os primeiros assassinatos de cunho racista na República Federal da Alemanha. Passados 40 anos, a mãe, Đ Mui, luta até hoje com sua dor e para que seja construído um memorial em Hamburgo, oficial e aberto ao público, um local que dê visibilidade à dor. "Ninguém se importa", disse Đ Mui em entrevista ao jornal Die Zeit.

A quarentena total da Itália


Condição já abate país inteiro. Atividades como shows, missas e funerais foram vetadas. Deslocamentos somente com autorização. 28 presídios já se rebelaram, após proibição de visitas. Leia também: porquê a OMS não decreta pandemia.

Maíra Mathias e Raquel Torres | Outras Palavras,  10/03/2020 às 07:58 - Atualizado 10/03/2020 às 12:12

TODO O PAÍS

Ontem, a Itália se tornou o primeiro país a entrar inteiramente em quarentena por causa do novo coronavírus. O número de casos bateu a marca dos nove mil, com 5.049 pacientes internados, sendo 733 em unidades de terapia intensiva. Foram confirmadas 463 mortes. “Não existe mais zona vermelha, uma zona um ou uma zona dois. Haverá a Itália. Uma Itália zona protegida”, afirmou o primeiro-ministro Giuseppe Conte. E continuou: “A decisão certa hoje é ficar em casa. O futuro da Itália está em nossas mãos, que devem ser mãos responsáveis, mais do que nunca. Cada um deve fazer a sua parte.”

Todos os deslocamentos, inclusive os de turistas, vão precisar ser autorizados por agentes de segurança pelo menos até o dia 3 de abril. Caso o cidadão esteja fora da própria cidade, poderá voltar. A circulação será liberada por razões de saúde, trabalho ou “casos de necessidade”. Há um formulário na internet para que as pessoas preencham seus dados e os motivos da viagem. Segundo especialistas, isso torna o controle da movimentação dos cidadãos mais frágil. Mas, de acordo com o primeiro-ministro, haverá sanções – como multa e prisão por até três meses – caso as autoridades constatem que as informações são falsas.

Além das aulas paralisadas, foram vetadas atividades culturais, missas, casamentos, funerais e eventos esportivos. Bares e restaurantes só podem funcionar até 18h. Lojas podem abrir, desde que tenham condições de garantir uma distância mínima de um metro de distância entre os clientes. As visitas às prisões foram proibidas – o que provocou rebeliões em 28 centros de detenção no país. A revolta teve como saldo ao menos sete mortos. Trinta detentos estão foragidos.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, afirma que o governo não tem planos de trazer brasileiros que estão no país. “Não existe no radar essa possibilidade”, afirmou ontem, justificando que há dezenas de milhares de brasileiros morando na Itália.

Portugal | Criminosos até prova em contrário


Rui Sá* | Jornal de Notícias | opinião

Na semana passada contei aqui o drama de uma mãe com dois filhos menores que foi despejada pela Câmara do Porto de uma habitação municipal na Ribeira do Porto.

Mãe que, em 2017, face ao falecimento da sua progenitora, regressou a casa dos pais, onde tinha nascido e vivido, para passar a viver com o pai que, com 89 anos, não podia ficar sozinho - atitude que, felizmente, muitos filhos têm e a que apenas damos valor quando sabemos daqueles que são abandonados em hospitais ou que morrem sozinhos em casa sem ninguém dar conta...

Esta cidadã não tentou, em momento algum, enganar a Câmara. Quando se autonomizou, pediu à Câmara para ser "desarriscada" do agregado familiar. Tal como, quando regressou, solicitou para ser reinscrita no agregado familiar (o que é regulamentarmente possível, designadamente tendo em conta o motivo invocado de acompanhamento familiar). E comunicou o posterior falecimento do pai, chegando a ter recibos emitidos pela Câmara em seu nome. Não obstante esta situação, Rui Moreira e o seu vereador da habitação decidiram fazer o despejo, deixando sem teto duas crianças de 8 e 12 anos.

Numa primeira fase, Rui Moreira, consciente do repúdio que a situação estava a causar (não apenas na Ribeira, mas um pouco por toda a cidade) decidiu fazer o papel de "polícia bom", apelando a que não se discutisse o caso individual, que reconhecia como dramático, para se discutir a situação em abstrato de gestão do património habitacional. Mas, face ao crescimento do repúdio, com o assunto a não esmorecer na Comunicação Social, com a oposição a não calar o seu protesto e perante uma manifestação com mais de uma centena de pessoas à porta da Câmara em solidariedade com Joana, "fugiu-lhe o pé para o chinelo" e fez sair um comunicado que é (mais) uma nódoa na história da sua presidência. Divulgando dados pessoais que deviam estar protegidos (caso dos rendimentos da família e das rendas que pagava), com mentiras de permeio (que a família não tinha pedido reingresso, por exemplo). Mas o que é verdadeiramente escandaloso é que ensaia um assassinato de caráter de Joana, insinuando que, no fundo, esta é uma oportunista e que tinha ido viver com o pai por interesse, ou seja, para ficar com a casa!...

Bastava olhar para ela para ver que tal não é verdade! Mas o que verdadeiramente mexe comigo é esta tendência dos poderosos de considerarem que os mais fracos são, sempre, presumivelmente culpados até prova em contrário!... Os fins (justificar o despejo) não podem justificar os meios (esta calúnia)! Pelo que tenho vergonha, como autarca e como cidadão do Porto, deste comportamento que não se coaduna com a alma tripeira!

*Engenheiro

Coronavírus | A inconsciência e a irresponsabilidade que abunda em Portugal


Portugal está em vésperas de atingir o aumento de contagiados com coronavírus, os profissionais de saúde sabem isso e pela justificada falta de confiança nos poderes de decisão a nível da saúde pública, dos governos e de outras multidisciplinas associadas, muitos portugueses também o sabem.

Testemunhos sobre a inconsciência e irresponsabilidade que abunda em Portugal nas reações a tempo contra a contaminação pelo coronavírus parte acima de tudo de alguns cidadãos que sabendo da existência do surto noutros países não tiveram o menor cuidado em evitar deslocar-se ao estrangeiro para férias de carnaval e/ou outras atividades prazenteiras, empresariais ou coloquiais, envolvendo-se em amalgamas de prováveis contaminados.

O governo português e as autoridades de saúde pública têm igualmente responsabilidades no aumento do surto viral no país. Ainda agora estão a discutir se devem de fechar escolas e outros potenciais locais suscetiveis à contaminação em massa.

Mercê de inconsciência e irresponsabilidade temos na atualidade, tempo em que já devíamos dispor de defesas e ações contra a disseminação, notícias preocupantes sobre o atavismo existente no combate à disseminação do vírus. É isso que trazemos a seguir em títulos encontrados na comunicação social e que nem deviam existir. A falta de entrosamento e a desorganização muito bem organizada são calcanhar de aquiles e vantagem para a disseminação do coronavírus.

A seguir, do Jornal de Notícias, exemplos de atavismo, desorganização, não consideração dos casos assintomáticos e gula empresarial de agência de viagens... Inconsciência e irresponsabilidade sobretudo. 


Há seis novos casos de doentes infetados com o novo coronavírus no Hospital de São João, confirmados durante o dia de ontem, que não estão contabilizados no balanço oficial. O JN apurou que resultados posteriores ao balanço feito pela ministra da Saúde, Marta Temido, ao final da tarde, engrossam o número de casos e de focos na Região Norte.


Uma médica do hospital da Misericórdia de Lousada permaneceu seis horas fechada num consultório com uma paciente suspeita de estar infetada pelo Covid-19, sem resposta da Linha de Apoio ao Médico. Ao JN, a profissional de saúde relatou a situação em que ficaram, sem acesso a casa de banho e sem poderem comer ou beber.


Uma jovem de 17 anos, transferida do Hospital de S. Sebastião, em Santa Maria da Feira, está a alarmar as autoridades locais de saúde, por não ter relação com outros focos de infeção. Admite-se que a jovem tenha contraído o vírus junto de colegas que estiveram, pela altura do Carnaval, em Milão, mas que não manifestaram, até agora, quaisquer sintomas da doença.


Pais de cerca de dez mil alunos que pagaram viagens de finalistas a Espanha pediram esta terça-feira a intervenção do Governo, após a agência XTravel se recusar a cancelar as deslocações, na sequência da epidemia de Covid-19.

Portugal | "A corrupção também é um vírus que corrói a nossa sociedade"


Na opinião de Joaquim Jorge, “há outros assuntos bem mais importantes” que, com o Covid-19, “estão a passar para segundo plano”.

“Nestes dias de epidemia e psicose do coronavírus, em que me vem à ideia a epidemia da peste ou, mais recentemente, o ébola, que foram muito mais letais […] há um sentimento de alarme que a comunicação social alimenta. Há razões para alguma inquietação e necessidade de estar alerta mas não há razão nenhuma para entrar em pânico e a histeria propaga-se muito mais depressa que o vírus”, começa por dizer o fundador do Clube dos Pensadores para, de seguida, passar ao ‘ataque’ à corrupção.

“Há outros assuntos bem mais importantes que estão a passar para segundo plano. A corrupção em Portugal é uma espécie de vírus do comportamento muito contagioso. Infelizmente muitos portugueses estão com esta enfermidade. Como diz António Barreto, ‘a política atualmente é tóxica’”, afirma Joaquim Jorge, antes de recordar alguns casos que têm marcado a atualidade.

“Há corrupção nos banqueiros, empresários, dirigentes do futebol, escritórios de advogados, sociedades de consultadoria e auditoria, departamentos governamentais, autarquias. Os casos sucedem-se."

"Agora também é na Justiça, mas não é por punir os responsáveis e apurar os destinos dos seus rendimentos. A justiça no seu funcionamento interno. Nem os juízes escapam a esta ideia que se está a generalizar que, ‘poucos escapam’, isto é, ‘um “forrobodó’”, atira.

É o caso, diz o também biólogo, do Tribunal da Relação de Lisboa. O que tem vindo “a lume é aterrador, tenebroso e tétrico! Sorteios falsificados, sentenças pagas e veredictos manipulados. A corrupção em Portugal também é um vírus que corrói a nossa sociedade e hipoteca o futuro do país”, conclui Joaquim Jorge.

Notícias ao Minuto | Imagem: © Joaquim Jorge

Leia em Notícias ao Minuto: 

Olhem as estrelas no céu. Lavem as mãos e as carteiras dos interesses minoritários


Raquel Moleiro, jornalista da corrente de informação apossada pelo carismático tio Balsemão Impresa Bilderberg, é a responsável e autora do Curto de hoje. Sem que seja uma alucinação Raquel vê mais estrelas no céu, boa visão. 

Raquel vê o que Rui Veloso não viu. Por isso cantou e oxalá continue a cantar que “não há estrelas no céu”. Parece que entretanto o Rui foi ao oftalmologista e ele receitou-lhe binóculos em vez de óculos. Afinal as mais estrelas que vimos (nós também as vimos) devem-se ao Covid-19. Globalmente são mais de 4 mil a quem o Covid-19 ceifou a vida. É disso que a jornalista fala impregnada de romantismo que nos toca. É, não é?

Recomeçando: Bom dia, este é o seu Expresso Curto, que roubámos da chafarica do tio Balsemão. Sem mais preâmbulos convidamos que o leiam e se atualizem. Pensem, acima de tudo, sobre o significado das palavras inseridas. Não dói nada.

Só mais uma achega: antecipar as férias de Páscoa a nível nacional. Sim ou não? Claro que sim. A ansiedade dos pais e de professores vai em crescendo. As crianças mais tenras também dão mostras dessa mesma ansiedade. Querem ir para a escola… mas não querem por medo do Covid-19. Eles estão nessa inquietação e contam com pais e professores para resolverem o assunto. Porque temos de os proteger. Porque é isso que mais queremos, devemos mandar tudo às urtigas e ser radicais na proteção de todos nós. Que os “mais entendidos” e com poderes de decisão se deixem de andar a tapar o sol com uma peneira e medidas avulsas decididas tardiamente. Ajam, em vez de reagirem por sistema. Ataquem, em vez de só aplicarem defesas tardiamente. Também aos cidadãos convém não andarem a brincar com coisas muito sérias e a contagiarem outros por desleixo. A nossa saúde está primeiro. Muito antes da economia e das charadas político-partidárias de organizações que muitas das vezes têm por objetivo protegerem interesses de minorias.

Ganhem juízo. Não contribuam para existirem mais estrelinhas no céu deste planeta.

Bom dia e muito boas decisões para a proteção da vida do coletivo. Lavem as mãos e as carteiras dos interesses só de uns quantos.

MM | PG

Operação Lex. Auditoria do CSM investiga centenas de processos atribuídos sem sorteio


Auditoria interna detetou centenas de processos distribuídos manualmente ao longo dos últimos 15 anos

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) abriu, há cerca de um mês, uma investigação para apurar eventuais falhas na distribuição de processos aos diversos juízes do Tribunal da Relação de Lisboa. Segundo o “Público” desta quarta-feira, a auditoria interna detetou, até ao momento, centenas de processos distribuídos manualmente ao longo dos últimos 15 anos. Este número, todavia, não implica que haja indícios de irregularidades nas entregas de todos os processos que escaparam ao habitual sorteio.

A análise pormenorizada a cada caso está agora a ser feita e ainda pode vir a revelar novos casos de viciação, além das três manipulações já conhecidas e que integram a investigação da Operação Lex.

Pelo que o “Público” apurou, os resultados preliminares da auditoria ao sistema informático que faz a distribuição eletrónica dos processos serviu para solidificar as suspeitas de fraude na distribuição que já existiam no âmbito da Operação Lex.

Os principais visados neste inquérito criminal são os juízes Luís Vaz das Neves, Orlando Nascimento e Rui Gonçalves.

Até ao final deste mês o CSM deverá voltar a avaliar novas conclusões da averiguação interna, conta o jornal. A equipa que está a fazer a auditoria está a analisar cada um dos casos de distribuição manual, comparando os registos eletrónicos e a documentação formal assinada pelos responsáveis pela distribuição.

Expresso, 11.03.2020 às 6h53 | Imagem: Orlando Nascimento foi eleito presidente da Relação em setembro de 2016 // José Goulão / Lusa

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