sábado, 28 de março de 2020

A LÓGICA COM SENTIDO DA VIDA – II


Martinho Júnior, Luanda 

POR UMA PLANIFICAÇÃO INTEGRADA GEOESTRATÉGICA EM ANGOLA E NA SADC

Dez anos depois do calar das armas em Angola, a pedra-angular da luta de libertação contra o fascismo, o colonialismo e o “apartheid”, em plena azáfama de construção e reconstrução de estruturas e infraestruturas, o país parece apresentar algumas dificuldades em acordar para a realidade: vive demasiado dos sonhos dos que chegam atraídos pelos imensos recursos e potencialidades, como o resultado de políticas neoliberais de cariz neocolonial, que têm vindo a escancarar as portas sem a suficiente filtragem inteligente que a garantia e o respeito pela história, pela independência e pela soberania merecem e sem ter em conta o desperdício de energia solidária que advém do movimento de libertação, agora quantas vezes, na sua substância original, alvo de marginalização, ou deliberado esquecimento.

Urge, em função dos recursos físico-geográficos estabelecer os parâmetros da economia, fora da lógica capitalista e com esse fundamento, estabelecer a arquitectura e a engenharia duma planificação integrada geoestratégica para o século XXI.

A planificação integrada geoestratégica leva em conta os relacionamentos geográficos, físico-ambientais e humanos na sua essência, promovendo a inteligência, o estudo e a investigação contínua, de forma a garantir a formulação de sustentabilidade e de viabilização a muito longo prazo.

A ECONOMIA A SERVIR A VIDA


Manuel Carvalho Da Silva* | Jornal de Notícias

Alguns desavergonhados neoliberais vêm reclamando a necessidade de se salvaguardar a economia - tal como eles a encaram -, mesmo que isso implique a morte de milhões de seres humanos.

Porque a Covid-19 causa mais mortes na geração mais velha, apresentam aos jovens esta opção como a salvação das suas condições de vida futura. Ora, muitos dos sacrifícios por que passam hoje milhões de seres humanos afetados pelo coronavírus resultam de insuficiências dos sistemas de saúde, das desigualdades profundas e da falta de proteção social causadas pelas práticas predadoras dessa economia neoliberal, denunciada pelo Papa Francisco exatamente como a economia que mata, hoje e no futuro.

Nos últimos anos, os bancos centrais andaram a fabricar dinheiro a rodos e nunca houve tanta riqueza. Porque não se desencadeiam mecanismos para ir buscar dinheiro acumulado nos offshore e em enormes grupos empresariais?

É uma evidência que o choque provocado pelo vírus é simétrico, atinge todos os países e povos quase de forma igual, mas o egoísmo e a ganância sustentam-se no assimétrico. Se não tomarmos precauções, os mercados e as suas regras encarregar-se-ão de impor respostas com mais assimetrias.

Em Portugal, muitos trabalhadores e pequenos empresários vivem já situações de grande dificuldade. Simultaneamente, parte das empresas colocou o despedimento na lista das medidas prioritárias e até podemos estar à porta de haver algumas a descartar-se de trabalhadores antes de recorrerem ao lay-off e a créditos de emergência. O Governo, que tem sido capaz de adotar medidas excecionais no que se refere a pagamento de rendas e outros encargos, devia ter a coragem de assumir medidas legislativas que assegurem os vínculos laborais, jurídicos e de facto, num período temporal definido. A sua complexa aplicação poderia assentar em sacrifícios partilhados pelas partes envolvidas, com soluções mitigadas na forma e no tempo.

Se não nos acautelarmos, os colapsos serão muitos e alguns pesados. A União Europeia pode implodir face à ausência de coerência e coesão, à negação da solidariedade e equidade entre países e povos. As empresas, as pessoas e o país precisam urgentemente de financiamento, não precisam de mais dívida. No entanto, mais dívida é o que a União Europeia tem para oferecer: sob a condição de novos programas estruturais e na perspetiva de mais uns "resgates". Mesmo os eurobonds ou os coranabonds, que alguns reclamam enquanto dívida mutualizada, não deixa de ser dívida também nossa.

Diversos economistas têm vindo a falar de duas alternativas ao acumular de dívida: a primeira, a aquisição direta pelo Banco Central Europeu de títulos de dívida aos estados que a emitem, processo conhecido por monetarização da dívida, praticado nos EUA, no Reino Unido, no Japão e em países que têm bancos centrais normais. A outra, a emissão de títulos públicos a serem utilizados por pessoas, empresas, etc., em território nacional e em todo o tipo de transações, contra a garantia, por parte do Estado, de os aceitar de volta como meio de pagamento de impostos e taxas. Seriam na prática quase-dinheiro, quase-moeda. Estas alternativas são proibidas pelos tratados da União Europeia!?

Quando os caminhos que nos indicam são o desastre e as propostas nos repugnam, mesmo o que é proibido tem de ser feito.

P.S.: Parabéns ao empresário José Teixeira pela sua exemplar atitude.

*Investigador e professor universitário

Deco diz que metade dos portugueses com sintomas não cumpre quarentena


Um estudo da associação de defesa do consumidor Deco esta quinta-feira divulgado conclui que metade dos portugueses com sintomas de covid-19 não cumpre a quarentena e uma grande maioria não contactou os serviços de saúde.

Segundo a Deco Proteste, 9% dos portugueses que responderam ao questionário online revelou ter tido pelo menos um dos sintomas característicos da covid-19 (febre, tosse seca ou dificuldades respiratórias) nos últimos 15 dias, mas 77% não contactaram os serviços de saúde, metade revelou não cumprir a quarentena e apenas 12% dos que apresentaram sintomas ficaram em casa, não saindo em nenhuma circunstância.

Na presença de sintomas suspeitos, as indicações da Direção-Geral da Saúde são para ligar para a linha SNS24 e seguir as instruções, mas apenas 13% dos inquiridos o fez e 7% afirmou que se dirigiu diretamente às urgências.

O estudo da Deco foi feito entre 18 e 20 de março através de um questionário online com uma amostra de 1.002 respostas da população adulta portuguesa.

Espanha | 832 mortos nas últimas 24 horas, o maior número diário


Já morreram em Espanha 5.690 pessoas com o novo coronavírus. Só no último dia houve 832 vítimas mortais, o maior número em 24 horas

Os dados oficiais do Ministério da Saúde espanhol revelam ainda um aumento de 8.189 no número de infetados.

Já morreram em Espanha 5.690 pessoas com o novo coronavírus. Só no último dia houve 832 vítimas mortais, o maior número em 24 horas

Desde o início da pandemia, o país registou um total de 72.248 casos de covid-19, dos quais 9.375 tiveram alta e são considerados como curados.

Na totalidade do país estão ou estiveram 40.630 hospitalizados e 4.575 pessoas estão ou já estiveram em unidades de cuidados intensivos.

Diário de Notícias | Lusa

Itália supera dez mil mortes provocadas pelo coronavírus


A Itália superou, neste sábado, as dez mil mortes provocadas pelo coronavírus. 889 pessoas morreram nas últimas 24 horas, anunciou o serviço italiano de Proteção Civil.

Com 10 023 mortos, a Itália é o país com o maior número de óbitos no mundo provocados pela Covid-19. O país regista até o momento 92 472 casos de pessoas infetadas. Porém, o índice de contágio está em queda: +8,3% na quinta-feira, +7,4% na sexta-feira e +6,9% este sábado.

A informação disponível diz também que 12 384 pessoas infetadas já recuperaram.

Atualmente, estão identificadas 70 065 infetados. Destes, 3856 (6%) estão em estado crítico.

Globalmente, o covid-19 já terá morto quase trinta mil pessoas (29951).

O segundo país com maior número de mortes é a Espanha, com 5812 (mais 674 de que ontem).

João Pedro Henriques | Diário de Notícias com AFP

Gráfico: A progressão das mortes em Itália © DR

EUA modernizam armas nucleares estacionadas na Alemanha


Washington estacionou armas nucleares em toda a Europa para intimidar Moscovo. Na Alemanha, o Parlamento aprovou retirada de bombas americanas em 2010, mas elas não só serão mantidas, como também modernizadas.

Em vista aérea, os campos ao redor da Base Aérea de Büchel se estendem como uma colcha de retalhos verde-marrom, pontuada por pequenos vilarejos e bosques que compõem a região do Eifel, no oeste da Alemanha. Observando mais de perto as imagens de satélite, veem-se várias dezenas de hangares camuflados. Vários metros sob a terra, encontra-se um segredo cuidadosamente guardado: depósitos subterrâneos com bombas nucleares americanas da época da Guerra Fria.

O número exato de bombas armazenadas nos depósitos subterrâneos na base aérea é desconhecido. As estimativas variam entre 15 e 20, e sua localização é um segredo de Estado. Tão secreto que a residente Elke Koller, farmacêutica aposentada, só descobriu sua existência por meio de reportagens da mídia em meados dos anos 1990 apesar de ser membro do Partido Verde local, na época.

Ela disse à DW ter ficado "completamente chocada" ao saber da existência dessas bombas. Desde então, tornou-se manifestante convicta, organizando marchas e manifestações locais contra os artefatos nucleares.

O governo alemão nunca confirmou oficialmente a existência das bombas nucleares em Büchel. De fato, os parlamentares corriam o risco de ser processados por divulgação de segredo de Estado, caso reconhecessem oficialmente sua localização.

Publicamente, Berlim só admite fazer parte do que é oficialmente chamado Acordo de Compartilhamento Nuclear.

No caso de um ataque nuclear, os militares americanos que vigiam as bombas localizadas na base aérea alemã com a ordem de atirar em qualquer intruso acoplariam a bomba aos aviões-caças alemães e ativariam o código. Em seguida, as equipes alemãs embarcariam no que os iniciados chamam de "missão de ataque", conduzindo as bombas americanas ao seu destino.

Essa seria, de fato, a primeira vez que as equipes chegariam mais perto das bombas bem guardadas: de acordo com um piloto, que falou com a DW sob condição de anonimato, eles treinam apenas com maquetes. Esse acordo bombas americanas vigiadas por soldados americanos numa base alemã, mas transportadas por tripulações e aviões das Forças Armadas alemãs, a Bundeswehr remonta à Guerra Fria e à estratégia de dissuasão nuclear da Otan, destinada a conter a União Soviética. Ainda hoje, a postura nuclear da aliança atlântica é parte integrante – alguns diriam: fundamental – de sua composição estratégica.

Basicamente, o Acordo de Compartilhamento Nuclear prevê que os Estados-membros da aliança militar não possuidores de armas nucleares participem do planeamento e treinamento para o emprego delas pela Otan. Além disso, segundo afirmam as autoridades Estados, isso garante que seus pontos de vista sejam levados em consideração por países com capacidade nuclear, incluindo os EUA. Embora seja desconhecido o número exato de bombas americanas armazenadas na Europa, as estimativas indicam aproximadamente 150. Alemanha, Bélgica, Holanda e Itália fazem parte do acordo de compartilhamento. Com exceção das em solo italiano, todas as bombas estão localizadas a poucas centenas de quilómetros entre si outra.

SALVAR O CAPITAL OU SALVAR O POVO?


Expropriar a banca, as empresas estratégicas e naturalmente a saúde privada, inclusive as farmacêuticas

Ángeles Maestro [*]

A actual crise sanitária e social tem proporções gigantescas e consequências ainda por determinar, sem comparação desde há décadas.

A saúde pública é ultrapassada enquanto os hospitais de gestão privada com financiamento público olham para o outro lado, mantêm boa parte das suas instalações encerradas e continuam a sua actividade habitual. As seguradoras privadas, em meio à tragédia, multiplicam a publicidade pretendendo aproveitar-se da angústia das pessoas enquanto aproveitam as medidas do governo para reduzir o seu pessoal.

Ao mesmo tempo, surge uma autêntica hecatombe social.

O confinamento decretado para tentar minimizar os contágios revelou toda a magnitude da criminosa desordem capitalista. A polícia, a guarda civil e o exército tomaram as ruas para evitar que as pessoas saiam de casa sem motivo justificado enquanto se deixa ao livre arbítrio do grande capital manter ou não a produção. A incongruência produz situações aberrantes como trabalhadores e trabalhadoras indo trabalhar em sectores não indispensáveis, apinhadas no metro, enquanto o exército com metralhadora em punho ou a polícia as impedem de dar um passeio pelo seu bairro no fim-de-semana. Ao mesmo tempo, a redes sociais reflectem um número crescente de abusos, arbitrariedades e brutalidade policial na aplicação, precisamente, da Lei Mordaça.

De facto, as empresas que fecharam fizeram-no, na maioria dos casos, em consequência da exigência do pessoal. Milhares de empresas mantêm sua produção de bens e serviços não essenciais; e fazem-no expondo seu pessoal – mesmo com casos e sintomas positivos e sob ameaça de demissão – a correr o risco de contágio e de se converterem em novas fontes de infecção. Um dos muitos casos relatados foi o da multinacional dinamarquesa VESTAS, que fabrica turbinas eólicas e obriga os seus 1.300 funcionários a trabalhar na sua sede em Saragoça, apesar de ter vários casos confirmados de Coronavírus. Os sindicatos denunciaram que esta empresa armazena e esconde milhares de máscaras, luvas de nitrilo, óculos e fatos de segurança, etc [1] .

O sindicato CGT da Airbus, depois de comprovar que tanto na empresa como em indústrias auxiliares havia centenas de trabalhadores e trabalhadoras com sintomas – positivo ou em quarentena – e perante a recusa da empresa em parar a produção, convocaram greve indefinida a partir de 30 de Março. O objectivo é dar cobertura a todas as pessoas que decidam não comparecer ao trabalho.

Coronavírus. Portugal regista 100 mortos e espera pico para final de maio


Número de infetados no nosso país cresceu para 5170, anunciou a Direção-Geral de Saúde

A ministra da Saúde atirou para o final de maio o pico da pandemia de covid-19 em Portugal. Na sexta-feira as autoridades tinham referido que o pico nunca aconteceria antes de maio, mas este sábado, na apresentação do boletim epidemiológico, Marta Temido estendeu-o mais para a frente, ou seja, para o final do mês. Uma informação dada no dia em que se soube que no nosso país já morreram 100 pessoas por covid-19 e há 5 170 infetados.

"De acordo com os dados de que dispomos, a incidência máxima da infeção está adiada para o final de maio, o que indica que as medidas de contenção adotadas, designadamente ficar em casa a não ser para ir trabalhar, estão a ser efetivas", disse a ministra da Saúde, Marta Temido, na conferência de imprensa diária sobre a evolução da pandemia de covid-19 em Portugal.

"Estimamos que venhamos a ter um número muito elevado de pessoas com infeção, e isso coloca enorme pressão sobre o sistema de saúde e todos temos de fazer o que está ao nosso alcance para enfrentar o melhor possível aquilo que nos espera", acrescentou, vincando que "o objetivo é reduzir a transmissão da infeção e mitigar os efeitos da covid-19".

A diretora-geral da Saúde foi mais cautelosa. Questionada sobre se essa previsão incide na última ou na penúltima semana de maio, Graça Freitas deu uma explicação sobre a atualização diária das previsões sem, contudo, revelar pormenores."São projeções para efeitos de planeamento e prever o impacto, com um objetivo concreto e podem ou não realizar-se. Não nos parece que seja útil, não por uma questão de falta de transparência, mas porque causaria expectativas sobre se lá chegamos ou não, e são apenas instrumentos de trabalho".

A diretora-geral de Saúde disse ainda, quando questionada sobre as últimas estimativas relativamente aos números do pico, anteriormente colocados nos 21 mil, que é provável que o número semanal de casos seja maior. Também a ministra Marta Temido fez sempre questão de referir que os números de infetados vão subir.

"Provavelmente o número de casos em cada semana será superior ao que foi inicialmente calculado, mas superior de uma forma controlada porque temos tido medidas de contenção", disse Graça Freitas.

Norte com maior número de mortes

O número de mortos em Portugal subiu para 100, anunciou este sábado a Direção-Geral da Saúde, ou seja, mais 31% relativamente a sexta-feira. Ao mesmo tempo, o número de infetados no nosso país cresceu para 5170, de acordo com o último boletim epidemiológico que inclui os dados recolhidos até às 24:00 do dia anterior.
Norte é a que regista o maior número de mortes (44), seguida da região Centro (28), da região de Lisboa e Vale do Tejo (27) e do Algarve (1).O boletim aponta para 43 casos recuperados, enquanto quase 20 mil pessoas estão em vigilância pelas autoridades de saúde.

No mundo o novo coronavírus já causou mais de 27 600 mortes, sendo Itália o país que tem mais vítimas mortais a lamentar - 9 134 (números de sexta-feira). A nível planetário, são mais de 607 mil os infetados e 134 mil os recuperados. Há em todo o mundo - 183 países e territórios - mais de 445 mil casos ativos.

A Espanha é, depois de Itália, o país do mundo com um registo de vítimas mortais mais elevado. E os números da tragédia não dão tréguas: nas últimas 24 horas, morreram 832 pessoas infetadas com o novo coronavírus - foi o maior número de vítimas mortais registado num só dia no país vizinho, o que eleva o balanço total para 5 690, de acordo com a última atualização das autoridades sanitárias.

Graça Henriques | Diário de Notícias

 Na imagem: Graça Freitas e Marta Temido apresentaram os novos números do coronavírus em Portugal. © EPA/Manuel de Almeida

Portugal | PARA AS FAMÍLIAS EM CASA, É TEMPO DE SOLIDARIEDADE


Muitas das famílias em quarentena não se revêem na família-tipo apresentada nas declarações oficiais, com salários médios, de profissão intelectual e a viver em cidades de grande ou média dimensão.

Anabela Laranjeira | AbrilAbril | opinião

Estes dias trazem-nos novidades e desafios, o tempo é de intranquilidade e de profundos receios, mas também de gestos de partilha e de solidariedade sentida. A ligação virtual é intensa mas basta ir também à janela real para ver os arco-íris das crianças vizinhas ou ouvir os bons dias de quem tinha perdido o hábito de os dar.

Neste momento, muitas das famílias com filhos seguem a recomendação de os manter em casa, sem escola nem atividades que possam frequentar em grupo no exterior. Muitas outras tomam difíceis decisões, é preciso resolver a necessidade de continuarem o seu trabalho.

Para os pais e mães que estão em casa, e de acordo com os relatos nas redes sociais, a ligação à escola parece ser um tema forte; o que é preciso para manter a rotina de estudo? Os professores estão a fazer o possível para manter a ligação aos alunos, seja através de vídeo-chamadas, do envio de trabalhos vários, de conversas e troca de relatos via mail.

São os pais, neste momento, aqueles que ajudam e fiscalizam o que tem de ser feito e, por isso, a questão impõem-se, online e offline, uma vez mais. A necessidade de ajuda nos trabalhos escolares não cavará, em breve, ainda mais, a diferença entre famílias de profissões intelectuais e com maior acesso à escolarização e as outras famílias?

Portugal | Empresas encerradas com salários por pagar


Com salários em atraso de vários meses, algumas empresas do sector da restauração e hotelaria fecharam portas em plena pandemia sem dar qualquer informação aos trabalhadores, denuncia a Fesaht.

No Hotel das Termas de Vizela (distrito de Braga), explorado pela Tesal há oito anos, o salário de Fevereiro ficou por pagar aos trabalhadores.

Em nota à imprensa, a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht/CGTP-IN) refere que a empresa informou os 18 trabalhadores que requereu o lay off mas que este está suspenso devido a dívidas à Segurança Social.

«Os trabalhadores estão receosos com a falta de salários e o futuro dos postos de trabalho», pode ler-se na nota.

65 trabalhadores com o futuro incerto

A empresa Camipão, com sede em Vila Praia de Âncora (distrito de Viana do Castelo), tinha oito estabelecimentos de venda de pão e cafetaria abertos, emprega 65 trabalhadores e ontem encerrou todos os estabelecimentos, informa a estrutura sindical noutro comunicado.

A Fesaht denuncia que a empresa deve parte do salário de Janeiro de 2020, bem como o salário de Fevereiro, subsídios de férias e Natal de 2019 e, a alguns trabalhadores, ainda subsídios de férias e Natal de 2018.

A Campião encerrou sem informar os trabalhadores sobre os salários e o futuro da empresa, pelo que o sindicato solicitou a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

AbrilAbril

OS MUROS QUE A COVID ERGUEU


Inês Cardoso* | Jornal de Notícias | opinião

Até que a ciência encontre respostas que nos salvem, a perversidade da Covid-19 é que tem nos muros a única forma eficaz de prevenção. O distanciamento social pressupõe um bloqueio físico em relação ao outro, atrás do qual espreita perigosamente um muro afetivo e social.

Começa com as discussões entre países e críticas às culpas de cada um (como as mal esclarecidas e "repugnantes" declarações do ministro das Finanças holandês sobre a Espanha), depois com desconfianças de uma região em relação a outra, e a certa altura com a ideia indefinida de que o outro é, indiscriminadamente, uma ameaça.

Faz-se o cerco a distritos, concelhos, e para algumas pessoas o ideal seria que se divulgasse o número da porta de cada infetado, para melhor o podermos vigiar. Como se um doente não fosse uma vítima, mas um agressor. Claro que alguns falham os deveres impostos, como pessoas em quarentena obrigatória também falham. Mas para as fiscalizar estão no terreno as autoridades. Individualmente, devemos controlar os nossos próprios movimentos e riscos, não disparar energias para o controlo dos outros. Não temos todo o conhecimento para agir corretamente sobre eles e nesta altura proliferam convicções e juízos que correm o risco de ser completamente errados.

A fronteira entre os cuidados a que todos estamos obrigados e a reação epidérmica a tudo o que mexe é ténue e delicada. É preciso restringir movimentos, mas é igualmente essencial respeitar a lei. Não é por acaso que a provedora de Justiça já teve de vir a terreiro alertar para o risco de ilegalidade em ações avulso decididas por autarcas ou regiões.

O vírus não conhece fronteiras. O seu combate também não. De nada vale querermos proteger o nosso quintal e não agirmos concertadamente, porque a propagação em qualquer ponto do Mundo tem efeitos globais. Veja-se o exemplo da China, que atualmente tem a doença controlada mas, apesar do máximo rigor das medidas, continua a importar casos. Todos temos medo do vírus, do que ele possa fazer aos nossos. Mas talvez devamos ter igual medo da nossa resposta. Da discriminação, desunião e nalguns momentos insensibilidade em relação à história e solidão do outro.

Portugal | Costa ganha força na crise e Ventura sobe ao quarto lugar -- sondagem


Sondagem da Pitagórica para o JN e a TSF dá 41,7% ao PS e alarga fosso para o PSD (25,2%). Chega explode (8,1%) e está a poucas décimas do Bloco (8,6%), deixando para trás a CDU (5,3%), o PAN (3,1%), o CDS (2,9%) e a Iniciativa Liberal (2%).

O PS está a ganhar tração eleitoral nestes dias de crise. Uma sondagem da Pitagórica para o JN e a TSF dá 41,7% aos socialistas (mais cinco pontos percentuais do que nas eleições de outubro passado). Mas há uma outra revolução a bater à porta da política portuguesa: o Chega alcança uma projeção de 8,1% (sobe quase sete pontos) e já ameaça bater-se taco a taco com o BE (8,6%) pelo título de terceiro maior partido.

O trabalho de campo desta sondagem aconteceu em plena crise da pandemia de Covid-19 e enquanto se precipitavam medidas radicais - escolas fechadas, estado de emergência, restrições à mobilidade de circulação, lojas e cafés fechados [ler cronologia]. Nada disso parece ter afetado a popularidade de António Costa e do Governo. Ao contrário, o PS ganha força e estaria agora, se houvesse eleições, 16 pontos percentuais acima do PSD (em outubro foram oito). Rui Rio conseguiria agora 25,2% (menos dois pontos e meio).

TODA A VERDADE TEM TRÊS ETAPAS


Larry Romanoff | Global Research, March 20, 2020

Toda a verdade tem três etapas

A primeira, é ignorada.
A segunda, é amplamente ridicularizada.
A terceira, é aceite como evidente por si mesma.

Com o COVID-19, entramos agora na etapa 2. Inicialmente, a comunicação mediática ignorou as alegações e as análises de que o vírus poderia ter sido  originado nos EUA. Mas a propagação de informações e as reestruturações de provas de todos os lados, inclusive nos EUA, tornou-se demasiado intensa e agora as reivindicações estão a ser abertamente ridicularizadas pela comunicação mediática ocidental.

Resumidamente, os virologistas chineses descobriram, taxativamente,  que a fonte original do vírus não era a China, nem Wuhan, nem o mercado de marisco, mas tinha sido localizada nos EUA, sendo um  cenário possível, que o vírus possa ter sido originado no Laboratório de Armas Biológicas das Forças Armadas dos EUA, em Fort Detrick (que foi fechado pelo CDC em Julho, devido a surtos) e levado para a China durante os Jogos Militares Mundiais, em Outubro de 2019.

Além do mais, os virologistas japoneses e taiwaneses chegaram independentemente à conclusão de que o vírus poderia ter sido originado nos EUA.

Os americanos fizeram o seu melhor desde o início para evitar a culpabilidade, criando histórias de morcegos, cobras, pangolins, o mercado de marisco, a Universidade Wuhan como sendo uma instalação de armas biológicas (que não é) e o conto da CIA espalhado através da VOA (Voice of America) e da Radio Free Asia, de que o vírus vazou daquela universidade. Eles declararam (documentadamente) que, pesquisadores chineses haviam participado (há 7 anos) em pesquisas semelhantes sobre o vírus, financiadas peloS NIH dos EUA, insinuando, até certo ponto, a culpabilidade chinesa e ignorando que a pesquisa anterior era insignificante para os acontecimentos actuais.

Devo dizer que os americanos provaram ser muito hábeis ao pegar no microfone primeiro, a fim de criar uma narrativa “oficial” de um acontecimento actual enquanto inundavam a comunicação mediática com o dedo apontado o bastante,  a fim de impedir que um público crédulo tivesse tempo de juntar as peças de maneira lógica.

Eles desprezaram o facto muito real de que poucas nações iriam criar ou libertar uma arma biológica que atacaria, em primeiro lugar, a sua própria nação. Também descartaram a probabilidade geopolítica de um “end game” – que um vírus é uma poderosa arma de guerra económica, capaz de provocar à economia da China o que uma guerra comercial não poderia fazer.

Os leitores ocasionais tendem a ignorar o facto de que, na mentalidade americana, existem muitas razões geopolíticas sólidas para atacar a China, o Irão e a Itália e que os países restantes são, apenas, danos colaterais que tiveram azar.

Muitos artigos sobre o vírus, que contêm estas e outras informações semelhantes, foram publicados em sites de notícias de segunda linha, na Internet, alguns obtendo um enorme número de leitores com centenas de milhares de downloads e novas publicações dos mesmos. Muitos desses artigos foram traduzidos em 6 ou 7 línguas e publicados em sites em todo o mundo. Simultaneamente, foram feitas muitas postagens nas redes sociais chinesas, especulando sobre as circunstâncias estranhas e sobre a longa cadeia de coincidências fora do comum, que conduziram ao surto do vírus em Wuhan.

Um dos artigos mencionados acima foi traduzido e publicado numa rede social chinesa e reuniu 76.000 comentários, nas primeiras 8 horas. Por fim, os principais meios de comunicação mediática chineses fizeram as mesmas considerações – que o vírus poderia ter se originado nos EUA e que os americanos estavam envolvidos num grande acobertamento desse facto.

Depois, Zhao LiJian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, oficializou esta narrativa, através de várias publicações nas redes sociais dos EUA. Um artigo importante da comunicação mediática, no New York Times, referiu que “as observações de Zhao foram espalhadas na plataforma da rede social mais destacada da China, o Weibo. . . [e] foram vistas mais de 160 milhões de vezes, junto com as imagens das publicações originais no Twitter.

Aparentemente, as postagens de LiJian no Twitter, sendo essencialmente uma fonte oficial que não pode ser facilmente ignorada, a alegar que o vírus foi trazido para a China dos EUA durante os Jogos Militares e exigindo uma explicação dos EUA, estavam a receber demasiada atenção do público para serem ignoradas. Tudo o que foi acima mencionado, criou pressão política suficiente para forçar a comunicação mediática ocidental a responder. E, claro, eles responderam ignorando os factos da mensagem e destruindo o mensageiro.

Em 12 de Março, o Guardian, do Reino Unido, publicou um artigo alegando que a China estava “a pressionar propaganda” sobre o vírus, vindo dos EUA. (1) Em 13 de Março, o New York Times publicou um texto semelhante de uma “conspiração do coronavírus da China”, de falsas alegações sobre a origem do vírus. (2) Depois, em 14 de Março, a ABC News publicou uma matéria intitulada “Falsas alegações sobre as origens do coronavírus provocam fricções entre os EUA e a China”, na qual ridicularizavam a China e as reivindicações de um vírus americano. (3)

O Seattle Times publicou uma versão da história, afirmando: “A China está a lançar uma nova teoria sobre as origens do coronavírus: É uma doença americana. . . introduzida por membros do Exército dos EUA que visitaram Wuhan, em Outubro. Não há um pingo de evidência a apoiá-la, mas este parecer recebeu a aprovação oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, cujo porta-voz acusou as autoridades americanas de não manifestarem o que sabem sobre a doença.” (4) O UK Independent publicou a sua própria versão da “teoria da conspiração da China” (5), assim como a CNN (6).

O artigo do ABC afirmava que “o Secretário Adjunto, David Stilwell, deu ao Embaixador [chinês] Cui Tiankai, uma “exposição muito firme dos factos”, alegando que Cui estava “muito na defesa” diante desse ataque “oficial” americano. O Departamento de Estado dos EUA é citado como tendo dito: “Queríamos avisar o governo [chinês] de que não toleraremos [teorias da conspiração] para o bem do povo chinês e do mundo”.

A seguir, o Washington Post, a Bloomberg e meia dúzia de outros meios de comunicação mediática entraram em contacto com este autor para entrevistas, ansiosos por uma oportunidade de descartar esta ‘teoria da conspiração’, na sua origem. A Embaixada dos EUA em Pequim também “procurou” o autor “para falar sobre este assunto”.

Se a campanha de informação pública e a pressão política resultante puderem continuar, entraremos na fase três, onde a comunicação mediática começará a admitir: primeiro a possibilidade, depois a probabilidade, e a seguir, o facto dos EUA serem a origem do vírus da “China”.

Larry Romanoff

Artigo original em inglês :
COVID-19: All Truth Has Three Stages
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
 

Notas:

“Larry Romanoff, consultor de administração e empresário aposentado. Ocupou cargos executivos especializados em empresas de consultoria internacionais e possuía uma empresa internacional de importação e exportação. Professor Visitante da Universidade Fudan de Shangai, apresenta estudos de casos em assuntos internacionais a executivos especializados. Romanoff reside em Shangai e, actualmente, está a escrever uma série de dez livros, de um modo geral, relacionados com a China e com o Ocidente. Pode ser contactado através do email: 2186604556@qq.com”.

The original source of this article is Global Research
Copyright © Larry Romanoff, Global Research, 2020

Cuba critica 'mentiras e insultos' dos EUA apesar da propagação do novo coronavírus


O país caribenho censurou a administração norte-americana por sua campanha contra médicos cubanos, que estão em muitos países afetados pela COVID-19, bem como seus contínuos ataques ao governo venezuelano.

Na quarta-feira (25), o Departamento de Estado dos EUA publicou no Twitter uma mensagem criticando o relacionamento dos médicos de Cuba com seu governo.

O governo de Cuba mantém a maior parte do salário que seus médicos e enfermeiros ganham enquanto servem em suas missões médicas internacionais, ao mesmo tempo que os expõe a condições de trabalho egrégias. Os países anfitriões que procuram a ajuda de Cuba para COVID-19 devem examinar os acordos e acabar com os abusos trabalhistas.

A mensagem refere-se às missões médicas cubanas na Bolívia, Brasil e Equador, que foram suspensas sob pressão de Washington, de acordo com as autoridades do país do Caribe.

O presidente Miguel Díaz-Canel chamou a campanha lançada pelo governo norte-americano para desacreditar a cooperação médica cubana em todo o mundo de "mentiras e insultos" e destacou a declaração feita pelo Ministério das Relações Exteriores do país sobre o assunto, em resposta às recentes declarações "particularmente ofensivas" do Departamento de Estado estadunidense.

"Chega de mentiras e insultos, a cooperação médica cubana tem uma elevada moral, que é suficiente para esmagar os insultos do império vulgar, cruel, assassino e prepotente."

Revelado rápido aumento de casos da COVID-19 a bordo de porta-aviões dos EUA


O número de infectados com coronavírus a bordo do porta-aviões norte-americano USS Theodore Roosevelt (CVN-71) aumentou para 25, revela a CNN, citando fontes da Marinha dos EUA.

Anteriormente havia sido relatado sobre três infectados. O secretário interino da Marinha dos EUA, Thomas Modly, informou sobre novos casos sem mencionar o seu número, afirmando que toda a tripulação do porta-aviões passaria por testes de coronavírus, sem exceção.

"Estamos agora no processo de testar 100% da tripulação do navio para garantir que somos capazes de conter qualquer propagação que possa ter ocorrido", declarou Modly.

Uma fonte disse que várias dezenas de marinheiros podem ficar doentes à medida que os testes avançam. Outro interlocutor da CNN afirmou que, em caso de um crescimento explosivo do número de infectados, é provável que o Pentágono encubra as estatísticas, de modo a não apresentar o principal navio da Marinha dos EUA excessivamente vulnerável perante os adversários, especialmente os militares da China e da Coreia do Norte.

Apesar do surto, o chefe de operações navais, almirante Mike Gilday, afirmou em uma declaração: "Estamos confiantes de que nossa resposta agressiva manterá o USS Theodore Roosevelt capaz de responder a qualquer crise na região".

Cerca de 5.000 marinheiros servem a bordo do porta-aviões.

Sputnik | Imagem: © AP Photo / Bullit Marquez

A primeira guerra da OTAN-MO vira a ordem regional


Thierry Meyssan*

Enquanto os Europeus e os Árabes estão absorvidos pelo coronavírus, os Anglo-Saxões mudam a ordem mundial. Sob o comando dos EUA, o Reino Unido tomou o controle da entrada do Mar Vermelho; os Emirados Árabes Unidos viraram-se contra a Arábia Saudita e infligiram-lhe uma humilhante derrota no Iémene do Sul, enquanto os Hutis faziam o mesmo no Iémene do Norte. Agora, o Iémene está cindido em dois Estados distintos e a integridade territorial da Arábia Saudita está ameaçada.

O Presidente Donald Trump continua a sua política de retirada militar do «Médio-Oriente Alargado». Para isso, ele desloca progressivamente as suas tropas, assina acordos com forças contra as quais elas tinham sido destacadas (por exemplo com os Talibã) e negoceia a libertação dos seus prisioneiros. Simultaneamente, o Pentágono apela ao Reino Unido para tomar a cabeça das operações da nova Aliança Atlântica-Médioriental e supervisionar a continuação da «guerra sem fim» no «Médio-Oriente Alargado». A Síria é considerada como zona de influência russa, enquanto a estratégia Rumsfeld/Cebrowski prossegue, por outro lado, com a divisão do Iémene em dois Estados distintos e a preparação do desmembramento da Arábia Saudita.

Repatriamento dos agentes da CIA mantidos prisioneiros

A 18 e 19 de Março de 2020, um cidadão dos EUA, Michael White, detido no Irão (Irã-br), foi transferido da sua prisão para a embaixada da Suíça em Teerão; um outro cidadão dos EUA, Amer Fakhoury, detido no Líbano, foi exfiltrado por tropas norte-americanas; por fim, o Presidente Trump pediu publicamente a ajuda da Síria para localizar um terceiro cidadão dos EUA, Austin Tice.

Estas operações são supervisionadas pelo discreto Conselheiro de Segurança Nacional, Robert O’Brien, que dispõe de uma sólida experiência em matéria de libertação de prisioneiros.

-- Michael White serviu 13 anos na Marinha dos EUA. Ele viajou para o Irão para se encontrar lá com a sua noiva. Foi preso, em 2018, e condenado a 13 anos de prisão por espionagem. Outros cidadãos americanos presos no Irão —entre os quais Morad Tahbaz, Robert Levinson, Siamak e Baquer Namazee— não parecem suscitar o mesmo interesse de Washington. Michael White foi entregue ao Embaixador suíço, Markus Leitner, por «razões de saúde». Ele não está, assim,livre.

-- Amer Fakhoury é um célebre colaborador das tropas de ocupação israelitas no Líbano. Ele foi membro do Exército do Sul do Líbano, chefe da sinistra prisão de Kiam e torcionário. Durante a retirada israelita fugiu do Líbano, mas, em Setembro de 2019, regressou lá por motivo desconhecido. Foi imediatamente reconhecido e preso. Acabou libertado por motivo da prescrição dos seus crimes, o que é juridicamente falso, mas proibido de deixar o território. Então, precipitou-se para a mega-embaixada dos EUA em Awkar, onde ficou sob a protecção da Embaixatriz Dorothy Shea e de onde foi exfiltrado de helicóptero, pelas Forças Especiais dos EUA, para Chipre.

-- Austin Tice é um capitão da Marinha que se tornou jornalista independente. Ele penetrou ilegalmente na Síria com a ajuda dos Serviços Secretos turcos antes de desaparecer, em 2012, em Daraya (subúrbio de Damasco). Eva Filipi, a Embaixatriz Checa que representa os interesses dos EUA na Síria, afirmara que ele estaria detido não por jiadistas, mas pelas autoridades sírias. O que Damasco sempre desmentiu.

Estes três cidadãos dos EUA são muito provavelmente colaboradores ou agentes da CIA.

-- Estranhamente, os Emirados Árabes Unidos quebraram o embargo dos EUA e levaram medicamentos ao Irão.

-- Cada facção libanesa acusa a outra de ter cedido às pressões dos EUA. O Hezbolla garante não ter traído a Resistência e não ter negociado secretamente com Washington, enquanto o Presidente do Tribunal militar (pró-Hezbolla) se demitiu.

-- É a primeira vez desde há duas décadas que um Presidente norte-americano solicita, publicamente, a ajuda da República Árabe Síria.

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