sábado, 9 de maio de 2020

Brasil isola-se durante a pandemia seguindo em 'alinhamento automático' com os EUA


Com a possibilidade dos EUA suspenderem todos os voos comerciais com o Brasil, fica exposta a contradição da estratégia de política internacional do Itamaraty, avalia especialista ouvido pela Sputnik Brasil.

Falando na Casa Branca na terça-feira (28), o presidente Donald Trump afirmou que o Brasil experimenta "praticamente um surto" de coronavírus e não descartou suspender todos os voos comerciais entre os dois países, medida já adotada anteriormente contra a China.

Já nesta quarta-feira (29), o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou que a normalização dos voos entre os países é importante para a recuperação económica e que iria conversar com o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre o assunto. 

Para a professora de relações internacionais da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Karina Mariano, a estratégia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é de "alinhamento automático" com Washington e o Brasil paga o preço por ser um dos piores países do mundo na luta contra a pandemia.

"Trump tenta mostrar uma preocupação com a situação dos EUA, ele está sendo fortemente criticado pelas atitudes durante a pandemia, por ter demorado a tomar uma atitude, minimizado o problema no início. E pelas declarações, vamos dizer assim, infelizes que ele fez ao longo desse processo em coletivas", diz Mariano. "O que Trump indicou é: embora o Brasil seja um aliado, se for preciso, podemos desagradar esse aliado para beneficiar nosso público interno."

As eleições presidenciais previstas para este ano nos EUA fazem parte do cálculo de Trump, avalia a professora da Unesp. 

No momento, a diretriz do Departamento de Estado dos EUA é de recomendar que o Brasil não seja visitado e a embaixada estadunidense no Brasil orientou, ainda em março, os seus cidadãos a deixarem o país.

O Brasil já ultrapassou a marca de 5 mil mortes causadas pela pandemia. Nos Estados Unidos, são mais de um milhão de casos confirmados e 60 mil óbitos, segundo dados da Universidade John Hopkins

Desfile aéreo toma o céu de Moscovo pelos 75 anos do Dia da Vitória -- com vídeo


Desfile aéreo com 75 diferentes aeronaves enfeita a capital russa em celebração do Dia da Vitória.

Apesar da pandemia do coronavírus no mundo, os ânimos para celebrar os 75 Anos da Vitória sobre a Alemanha nazi não desfaleceu.

Durante o desfile, cada aeronave representará um ano que passou desde a histórica Vitória.

Desfile aéreo com 75 diferentes aeronaves enfeita a capital russa em celebração do Dia da Vitória.

Apesar da pandemia do coronavírus no mundo, os ânimos para celebrar os 75 Anos da Vitória sobre a Alemanha nazi não desfaleceu.

Durante o desfile, cada aeronave representará um ano que passou desde a histórica Vitória.

Se, por um lado, a Praça Vermelha não contará com o desfile tradicional com os veículos militares neste 9 de maio, o show aéreo está garantido da seguinte forma.

De início, um helicóptero de transporte Mi-26 dá abertura ao show acompanhado de outros helicópteros Mi-8MTSh.

Logo depois passarão cinco helicópteros de ataque Mi-35M, cinco Ka-52 e outros cinco Mi-28N.

Já os aviões serão encabeçados por uma aeronave de reconhecimento A-50U, seguida por três aviões Il-76MD, bombardeiros Tu-95MS, Tu-22M, Tu-160 e um avião-tanque Il-78.

Na sequência virão caças e bombardeiros leves MiG-29SMT, Su-24, MiG-31K com mísseis hipersónicos Kinzhal e os novíssimos Su-57.

Também uma formação de Su-34, Su-35S, Su-30SM, caças das esquadrilhas de acrobacia aérea Russkie Vityazi e Strizhi e aviões Su-25.


Sputnik | Imagem: © Sputnik / Sergei Guneev

Covid-19: Moscovo é um dos epicentros de contaminação com mais de cem mil casos


A capital russa ultrapassou este sábado os 100 mil casos de infeções com o novo coronavírus, fazendo de Moscovo um dos epicentros da pandemia de covid-19 em todo o mundo.

Com 12 milhões de habitantes, Moscovo registou 5667 casos de infeção, nas últimas 24 horas, totalizando 104.189, um número superior a qualquer outra capital europeia afetada pelo vírus.

Com 54 novas mortes no último dia, são já 1010 os óbitos com covid-19 desde o início da pandemia.

O presidente da Câmara de Moscovo, Sergei Sobianin, estima que os números potenciais de contaminação sejam superiores a 300 mil, o que significa mais de 02% da população.

Devido às medidas de contenção impostas às pessoas com mais de 65 anos, pouco mais de 15% de novos casos se relacionam com essa faixa etária, enquanto a maioria dos afetados (42,7%) tem entre 18 e 45 anos.

Por esse motivo, enquanto as principais capitais europeias entraram em fase de desconfinamento, as autoridades de Moscovo adiaram qualquer plano de reabertura, embora já existam medidas para serem aplicadas quando for conveniente.

Sobiani prolongou o confinamento para os moscovitas até 31 deste mês, para que, se não houver alterações, os habitantes da capital completem dois meses fechados nas suas casas.

A exceção são os trabalhadores da construção e da indústria, que poderão regressar aos seus postos já na terça-feira, desde que usem equipamento de proteção.

A Rússia está com perto de 200 mil casos de contaminação, com um total de 198.676, tende registado dez mil novos casos nas últimas 24 horas.

As autoridades sanitárias russas estão a instalar hospitais de campanha, preparados para receber os doentes com covid-19, tanto na cidade russa como nos arredores.

Jornal de Notícias / Agências

Covid-19: Portugal com "diminuição consistente" da mortalidade desde 15 de Abril


País regista 1126 vítimas mortais e 27 406 infetados. São mais 12 mortos e 138 casos em 24 horas, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde.

Em Portugal, nas últimas 24 horas, morreram mais 12 pessoas e foram confirmados mais 138 casos de covid-19. Segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), de hoje (9 de maio), há agora no país 27 406 infetados, 2499 recuperados e 1126 vítimas mortais.

O aumento de casos confirmados é um aumento de 0,5% em relação à véspera. Seis dos novos 12 mortos têm mais de 80 anos. A taxa de letalidade está agora nos 4,1%, segundo a ministra da Saúde, Graça Temido, e acima dos 70 anos de 15%.

"A curva por mortalidade por covid-19 mostra uma diminuição consistente desde o dia 15 de abril, o que é bastante relevante", disse a ministra, que anunciou também que a reunião quinzenal de avaliação das medidas com as várias figuras do Estado será na quinta-feira e não na terça-feira, de forma a permitir já um balanço dos primeiros dez dias de desconfinamento.

O número de pessoas internadas desceu pelo segundo dia consecutivo (menos 27), existindo agora 815 doentes hospitalizados - só 3% das pessoas infetadas estão em ambiente hospitalar, sendo que 83,8% dos casos é de pessoas que estão em casa. Dos hospitalizados, 120 estão nos cuidados intensivos (menos sete do que ontem). Por outro lado, o número de curados continua a aumentar. No último dia, foram dados como recuperadas mais 77 pessoas.

"Temos hoje, no SNS, uma capacidade nos cuidados intensivos de unidades de adultos de 713 camas", disse a ministra, indicando que eram 528 camas inicialmente (sem contar as camas das unidades de queimados ou de doenças coronárias). "Não está tudo feito", admite a ministra, dizendo que ainda não foram recebidos todos os equipamentos que foram encomendados e cuja entrega se esperava que fosse mais rápidos.

A ministra lembra que a capacidade máxima nunca foi alcançada, mas que o país está a aproveitar o momento de acalmia para chegar à meta que é a média europeia às 11,5 camas por 100 mil habitantes. "A taxa de ocupação é de 50%", disse a ministra, lembrando que já foi retomada a atividade não covid-19.

O valor médio do RT é de 1,04, que o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge apurou para os dias 1 a 5 de maio, o que "mostra que o número de novos casos, a cada geração, é relativamente constante e indica que temos que continuar com os cuidados necessários nos gestos básicos da nossa vida diária, especialmente neste período de alívio das medidas de confinamento", disse a ministra.

O boletim da DGS indica ainda que aguardam resultados laboratoriais 2955 pessoas e estão em vigilância pelas autoridades de saúde 26 667. O sintoma mais comum entre os infetados é a tosse (que afeta 42% dos doentes), seguida da febre (30%) e de dores musculares (21%).

Lisboa com maior aumento de casos

Apesar de a região Norte continuar a ser aquela que tem maior número de casos (15854. mais 45), o maior aumento nas últimas 24 horas foi registado na região de Lisboa e Vale do Tejo (7166, mais 73).

No caso dos mortos, a Norte há agora mais seis (645), em Lisboa e Vale do Tejo mais cinco (238) e no Centro mais um (215). Nesta região há mais 17 casos (para um total de 3581).

No Alentejo há mais três casos novos, para os 235, mas mantém-se apenas um morto. No Algarve (345 casos, 13 mortos), Açores (135 casos, 14 mortos) e Madeira (90 casos, nenhum morto), os números são iguais aos do boletim epidemiológico de sexta-feira.

"Já percebemos todos que o país não é simétrico, há grandes assimetrias. O que se verifica são focos e temos que ter uma atuação de intervenção para criar uma bolha à volta destes focos", disse a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, indicando contudo que os números são animadores, mas ninguém pode relaxar.

Três focos de atuação

A ministra da Saúde diz que a Direção-Geral de Saúde tem agora três focos de atuação: o apoio à definição de regras de saúde pública para a retoma da atividade económica, como por exemplo referentes à reabertura de restaurantes ou o regresso às aulas presenciais dos alunos do 11.º e 12.º anos.

As autoridades de saúde estão ainda a concluir a preparação, até ao final da semana, sobre o regresso de visitas a lares, creches, transportes públicos e futebol. São temas que, segundo a ministra, estão em preparação.

Sobre os lares, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que já houve 450 óbitos nestes espaços. "É uma percentagem ainda elevada, mas abaixo do reportado noutros países", refere, destacando o trabalho que tem sido feito a todos os níveis nestes espaços.

Outro foco do trabalho da DGS prende-se com a retoma da atividade do sistema nacional de saúde, que deve privilegiar os programas não presenciais, o desfasamento de horários de atendimento, o agendamento por hora marcada, para permanecer o menor tempo possível nos centros que prestam serviços.

Por fim, Marta Temido lembra o acompanhamento da situação epidemiológica desde o nível local até ao nacional, com especial atenção à identificação de novos grupos de infeção. "O nosso objetivo será cada vez mais a adoção de medidas proporcionais aos casos que precisamos de conter, detetando-os precocemente e isolando-os e acompanhando-os até à recuperação", indicou.

Festa do Avante

Questionada sobre a realização ou não da Festa do Avante, a ministra lembra que ainda estamos em maio e que o evento é só em setembro. "A evolução da situação epidemiológica é ainda uma incerteza", diz, lembrando que é necessário dar passos pequenos, mas que a situação será coordenada com as autoridades de saúde.

"As regras serão definidas pela DGS e serão oportunamente consideradas e partilhadas com os organizadores",  declarou Marta Temido.

Independentemente disso, lembra a ministra, a festa é uma iniciativa da atividade política de um partido que não está limitada.

Susana Salvador | Diário de Notícias

Portugal | Vozes de burro à solta


Inês Cardoso* | Jornal de Notícias | opinião

Paulo esteve 25 dias isolado com covid, mas continua a esconder a informação de vizinhos e amigos, depois de ter sentido reações negativas que o envergonharam. Lorena Viúla colocou o apartamento que tinha vago junto ao Hospital de Cascais à disposição de profissionais de saúde, mas o primeiro telefonema que recebeu foi da gestão do condomínio, a informar que os vizinhos tinham receio de ser infetados e não permitiam. Laura, funcionária de um lar, foi barrada depois de haver casos positivos na instituição, porque o marido e a filha não a queriam em casa. O presidente da Liga dos Chineses de Portugal insurgiu-se contra a xenofobia em relação a esta comunidade, a ponto de num despacho um juiz fazer referência à covid-19 como "vírus chinês".

Os casos são todos reais e descritos na Imprensa. Mostram o clima de discriminação enfrentado por muitas pessoas devido ao medo causado pelo novo coronavírus. As linhas vermelhas têm sido tantas vezes pisadas que já motivaram dezenas de intervenções da Provedoria de Justiça e da Comissão Nacional de Proteção de Dados.

Não se trata sequer de comportamentos individuais e isolados. Houve autarquias a divulgar nomes e moradas de doentes. Pelo menos num caso, foi publicada a etnia. No início do surto em Portugal, uma autarquia suspendeu uma empreitada simplesmente porque vários trabalhadores eram de Felgueiras, um dos primeiros concelhos afetados.

Há mecanismos biológicos desencadeados pelo medo e é admissível que, num momento inicial, ele dificulte a clareza na análise do risco. Mas convivemos com a covid-19 há mais de dois meses e essa convivência está para durar. Já não há desculpas para reações primárias. A proposta do Chega em relação aos ciganos é tão discriminatória e absurda que só poderia merecer o que mereceu: ser arrumada em três tempos com um golo de trivela. O problema é que, sendo absurda, traduz um racismo latente na sociedade. E, pior ainda, outras estigmatizações mais subtis, e por isso mais difíceis de captar e desconstruir.

*Diretora-adjunta

Portugal | TÍTULOS DOS JORNAIS DE HOJE


Hoje é notícia: Concelhos que escaparam; Lixos perigosos de Itália

Confira as capas dos jornais deste sábado, dia 9 de maio

No início deste fim de semana é hora de ficar a saber quais os títulos que fazem as capas dos jornais nacionais nas bancas. Este sábado, dia 9 de maio, o tema da pandemia de Covid-19 continua a ser incontornável e as praias especialmente continuam no tema do dia, o semanário Expresso dá conta de que "cercas, drones e militares vão controlar lotação" destes locais, já o Público refere que o "Algarve quer vigilância privada a controlar o acesso".

"Há 87 concelhos do país que estão a escapar ao vírus", é a manchete do Jornal de Notícias que acrescenta que a "densidade populacional e distância face aos aeroportos beneficiam o interior". Já o Correio da Manhã faz capa com as novas "regras apertadas" nos restaurantes e chamada de capa com os "3.500 guardas" da GNR que vai "cercar Fátima" no 13 de maio.

Diário de Notícias fez um trabalho de consulta com "25 personalidades" que analisaram a "reação do Governo à Covid-19" e "20 deles aceitaram dar nota". A conclusão? O "Governo merece 14,9 valores. Na saúde muito bem, na economia nem por isso".

Veja abaixo os títulos e na galeria acima as capas.

Expresso:
- "Cercas, drones e militares vão controlar lotação das praias"
- "Sérgio Moro. Ele quer mandar no Brasil"
- "Especialistas temem efeitos da vacina"
- "SNS não aguenta pico acima do registado em abril"
- "António Costa e Mário Centeno em alta pressão"
- "O regresso às creches, os receios dos pais e as regras a ter"
- "Crianças estão com mais dificuldade em dormir"
- "Cofina faz nova proposta de compra da TVI"
- "Que empresas mais ganham com ajustes diretos"
- "PJ e MP têm casos parados por causa da covid-19"
- "Habitação de luxo continua a subir"
- "Guterres contra tsunami de ódio"
- "Europa tem de ficar mais forte"

Sol:
- "Entrevista a Vítor Bento: 'Vamos viver a maior recessão de que temos memória'"
- "Portugal continua a importar lixos perigosos de Itália"
- "Entrevista a Graça Freitas. 'Desde que se começou a usar máscara, as pessoas aproximam-se mais umas das outras'"
- "Bagão Félix: 'Receio que a nova normalidade venha a ser a da velha normalidade'"
- "D. Januário Torgal Ferreira: 'Eu não teria recorrido ao lay-off (na Igreja)'"
- "Fátima. Velas à janela na noite de 13 de Maio e imagem de Nossa Senhora nas ruas de Lisboa"
- "4 irmãos em 4 países Matilde (8 anos): 'Não quero ouvir mais nada da covid-19. Estou farta deste vírus'"
- "Violência doméstica. Histórias de vidas infernais que a PSP acompanha"
- "TVI e Global Media. Ana Gomes quer ERC e CMVM a analisar idoneidade de investidores"

Jornal de Notícias:
- "Há 87 concelhos do país que estão a escapar ao vírus"
- "Fome de bola"
- "Fátima Fiéis ignoram restrições e fazem-se à estrada"
- "Restaurantes. Sentar à mesma mesa passa a ser um luxo reservado às famílias"
- "Hospital S. João. Doentes covid com alta retidos por não terem para onde ir"
- "Habitação. Devolução do IMI dos centros históricos só será feita a pedido"
- "Douro Cruzeiros preparam regresso em junho"
- "Peniche. O mistério da menina desaparecida"

Público:
- "Algarve quer vigilância privada a controlar acesso às praias"
- "Governo teve um mês para decidir injeção no Novo Banco"
- "Teixeira dos Santos contestado como avaliador"
- "Arranca o novo restauro dos Painéis de São Vicente"
- "Consumo. Mesmo em casa, podemos beber bom café"

Correio da Manhã:
- "Restaurantes e cafés com regras apertadas".
- "Praias sem vigilância fechadas no verão"
- "Judiciária sem rasto de Valentina"
- "Desde ontem: 1,9 milhões recebem aumento de pensões"
- "Transferência: Centeno dá milhões ao Novo Banco sem avisar António Costa"
- "Bolsa: Benfica com OPA ilegal"
- "Bebé sem rosto: Ordem dos Médicos quer afastar 'Dr. Horror' por 5 anos"
- "Lisboa. Arrisca 16 anos por deitar criança no lixo"
- "Leiria. Juiz sozinho na sala para julgar homicídio"

Diário de Notícias:
- "Governo merece 14,9 valores: Na saúde muito bem, na economia nem por isso"
- "25 personalidades analisam reação do Governo à covid-19, 20 deles aceitaram dar nota. A máxima foi 19, a mínima 12"
- "Como 41 jovens líderes estão a dar a volta à crise. Respostas inovadoras para vencer o vírus"
- "Paulo Rangel: 'À medida que o desconfinamento se concretiza, o PSD vai alargar a sua tarefa de oposição'"
- "Doentes com covid arrastam-se mais tempo nos hospitais por falta de condições em casa"
- "O futuro da Europa entre a América e a China"

A Bola:
- "Benfica: Vlachodimos só pela cláusula, Newcastle está na pista do guarda-redes mas Benfica considera-o inegociável"
- "Helton Leite (Boavista) vai mesmo ser águia, Gabriel recuperado, plantel a 100 por cento"
- "FC Porto: Pepe, Marcano e Mbemba lutam por dois lugares"
- "Sporting: Amorim começa tudo do zero"
- "Covid-19: Reunião entre clubes do CP e FPF durou... um minuto"

O Jogo:
- "'Gostei de ver os três presidentes juntos', António Costa elogia exemplo de união dos três grandes na resposta 'ao que é essencial'.
- "FC Porto. 'Regresso custou muito fisicamente', Luis Díaz"
- "Sporting. Wolves lançam ataque a Palhinha"
- "Benfica. OPA chumbada por ilegalidade"
- "Pandemia. Liga quer implementar as cinco substituições"

Record:
- "Benfica. Fejsa já não volta, Sérvio fora dos planos de Lage a um ano de acabar contrato"
- "Sporting. Rúben Amorim com a mão na massa"
- "FC Porto. Luis Díaz e a reta final: 'Todos têm que ajudar e ser solidários'"
- "VAR garantido na retoma do futebol"

Notícias ao Minuto | Lusa

Costa: "Lógica mercantilista" justifica pedido de resposta da UE à pandemia


O primeiro-ministro reiterou na sexta-feira a necessidade de uma resposta europeia à crise financeira decorrente da pandemia, considerando não ser preciso apelar "aos valores de solidariedade", porque a "lógica mercantilista" mostra que é do interesse de todos os Estados-membros.

"Não é preciso apelar aos valores da solidariedade. A pura lógica mercantilista é suficiente para explicar por que razão é mesmo necessário que a Europa responda em conjunto", considerou António Costa numa entrevista no Porto Canal.

"É do interesse de todos. É puro egoísmo, se quiser. A Holanda, que é das maiores beneficiárias do mercado interno [europeu], não precisa de ajudar os outros para bem dos outros. Precisa de comparticipar com todos num esforço comum para seu benefício próprio", explicou o chefe do Governo.

António Costa sublinhou que a União Europeia (UE) tem de ter um "instinto de sobrevivência" e, se a resposta a esta crise devido à pandemia da covid-19 não for "em conformidade" com a gravidade do problema, todas as "pulsões antieuropeias que existem em vários países vão sair fortalecidas".

"Felizmente, o Banco Central Europeu agiu rapidamente, a Comissão Europeia deu passos para uma ação rápida, o Parlamento Europeu também. O que é que tem estado a enterrar o funcionamento das instituições europeias? Os Estados, reunidos no Concelho [Europeu]", prosseguiu Costa, acrescentando que é preciso superar a "pequena minoria que tem estado a bloquear" o processo de decisão.

António Costa realçou que "há alguns colegas" de outros Estados-membros da UE que "parecem ter a ilusão de que sozinhos resolvem os seus problemas", mas "estão enganados".

EUA registam 1.635 mortos em 24 horas. São mais de 75 mil no total


Os Estados Unidos registaram 1.635 mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para mais de 75 mil o número total de óbitos desde o início da epidemia no país, foi hoje anunciado.

As autoridades norte-americanas contabilizaram também mais de 1,28 milhões de casos diagnosticados da covid-19, entre as 20:30 de sexta-feira (01h30 de hoje em Lisboa) e a mesma hora na véspera, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, que atualiza os dados em permanência.

Mais 29.079 novos casos da covid-19 foram identificados nas últimas 24 horas, enquanto cerca de 200 mil pessoas foram declaradas curadas, indicou a universidade norte-americana.

Os balanços diários nos Estados Unidos mantêm-se desde 01 de abril acima dos mil mortos.

Os Estados Unidos são de longe o país mais atingido pela covid-19, quer em número de mortos, como em casos diagnosticados, segundo dados oficiais.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 272 mil mortos e infetou quase 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

Notícias ao Minuto | Lusa

China dá alfinetada nos EUA com vídeo animado sobre evolução da pandemia


O vídeo chama-se 'Era uma vez um vírus' e foi publicado pela agência noticiosa estatal chinesa Xinhua.

A China publicou um pequeno vídeo de animação onde faz troça, de forma declarada, da resposta norte-americana ao evoluir da situação pandémica.

Usando figuras de Lego representativas dos dois países, o vídeo, intitulado 'Once Upon a Virus' ('Era uma vez um vírus'), faz um resumo básico da posições de Pequim e de Washington relativamente ao vírus desde dezembro.

Quando colocadas em sucessão, as reações assumem um caráter ainda mais insólito, principalmente porque, no que respeita ao novo coronavírus, os Estados Unidos têm contrariado todas as informações que chegam da China, assim como da Organização Mundial de Saúde.

Um dos pontos de maior divergência é a origem do vírus, que Donald Trump insiste ter tido origem num laboratório de Wuhan, epicentro do surto viral, ainda que sem apresentar provas.

O vídeo foi primeiramente publicado no canal de YouTube da agência noticiosa estatal Xinhua (New China TV), tendo sido visto mais de 960 mil vezes - sendo que o YouTube e o Twitter estão bloqueados na China - e partilhado por vários diplomatas chineses.

A LEGO já indicou que não está envolvida na produção da animação, de acordo com o New York Times.

Notícias ao Minuto ! Vídeo: © Reprodução Xinhua

Covid-19: EUA bloqueiam resolução na ONU para fim global de conflitos


Os Estados Unidos bloquearam hoje no Conselho de Segurança da ONU um procedimento que levaria à votação de uma resolução para o fim geral das hostilidades, para melhor combater a pandemia de covid-19, revelaram fontes diplomáticas.

O apelo tinha sido inicialmente lançado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, que pediu o fim de todos os conflitos militares no mundo, para que o combate global à pandemia fosse mais eficaz.

Segundo fontes diplomáticas não identificadas citadas pela agência AFP, Washington travou agora o processo, usando o seu poder de veto no Conselho de Segurança, alegando que "não pode apoiar o atual projeto de resolução", segundo fontes diplomáticas norte-americanas.

Na quinta-feira, os EUA tinham aceitado uma menção de compromisso com a Organização Mundial de Saúde (OMS), permitindo o atenuar de uma acalorada disputa com a China, sobre o papel desta agência das Nações Unidas, no combate à propagação do novo coronavírus.

Segundo alguns diplomatas, o problema estará inclusão da OMS na proposta, para outros, contudo, os Estados Unidos querem regressar a uma proposta de texto inicial que fora abandonada pela necessidade de mais transparência na cooperação entre os países.

Depois de ter sido negociado em março, a versão mais recente da resolução pede "coordenação reforçada" entre os membros das Nações Unidas e enfatizava "a necessidade urgente de apoiar todos os países ou entidades relevantes no sistema da ONU, incluindo agências de saúde".

Esta formulação, sem mencionar especificamente a OMS, era uma tentativa de chegar a um compromisso que envolvesse os EUA num acordo final, mas não terá sido suficiente para o bloqueio hoje anunciado pelo Governo norte-americano.

Washington acusa a OMS de falta de transparência e de ter atrasado o alerta global sobre as consequências da pandemia, enquanto a China elogia o papel da agência das Nações Unidas, enfatizando a sua importância na luta contra a propagação do novo coronavírus.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 269 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,2 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

Notícias ao Minuto | Lusa | Imagem: © Reuters

Relatório do antissemitismo do Partido Trabalhista inglês: a caça às bruxas


Thomas Scripps | WSWS

Uma investigação de 860 páginas intitulada “O trabalho da Unidade de Governação e Jurídica [GLU, na sigla em inglês] em relação ao antissemitismo, 2014-2019” descreve um retrato devastador das operações sujas da direita blairista. Ao fazer isso, ressalta o papel politicamente criminoso desempenhado pelo ex-líder do partido, Jeremy Corbyn, na proteção dessas perigosas forças antissocialistas e contra a classe trabalhadora das demandas pela sua expulsão.

Escrito pelos aliados de Corbyn, para mostrar supostamente que uma “atmosfera de luta entre frações” minou a resposta do partido para as denúncias de antissemitismo, o documento prova que o aparato do partido realizou uma implacável e reacionária campanha contra os seus próprios membros, e que Corbyn compactuou com essa caça às bruxas.

O relatório baseia-se por volta de 10 mil emails, milhares de mensagens trocadas no serviço de mensagens interno do partido, e 400 mil palavras de mensagens em dois grupos de WhatsApp para membros sênior do partido. Enquanto centenas de milhares de trabalhadores e jovens se inscreviam no Partido Trabalhista, com ilusões de que Corbyn lideraria uma luta contra a austeridade e a guerra, os funcionários na sede do Partido Trabalhista estavam, para usar as suas próprias palavras, mantendo um “sistema Stasi” para expurgar o sentimento de esquerda.

EUA | FRACO CONTROLO DA PANDEMIA


No passado dia 3 de maio, a pandemia nos EUA atingiu mais de um milhão de casos confirmados, ou seja, um terço do número total global, e o número continua a crescer.

David Chan | Plataforma | opinião

A situação está fora do controlo no país e a população está a revoltar-se contra o governo de Trump pela sua incompetência. A implementação do isolamento social só veio aumentar ainda mais este descontentamento, com protestos a serem organizados em vários estados. Em termos internacionais a situação também não é a melhor, à medida que vários países analisam a origem do vírus e encontram provas da possibilidade de este não ter surgido na China, as críticas ao país continuam. As guarnições militares fora dos EUA foram constantemente provocadas, houve vários reajustes estratégicos, recrutamentos militares e evacuação de nacionais americanos no estrangeiro para atrair a atenção do mundo.

Por um lado, esta estratégia veio reforçar a propaganda de que o vírus teve origem num laboratório em Wuhan, por outro lado veio mobilizar as forças militares. No final do mês de abril o secretário da Defesa americano anunciou o estabelecimento de uma ala secreta no Pentágono para uso contra a epidemia, porém, de seguida, o porta-aviões USS Harry S. Truman atracou em solo nacional e foi ordenado o regresso da 82ª Divisão Aerotransportada americana para uma série de exercícios enquanto o país falhava no controlo do vírus. Ao mesmo tempo que os protestos da população continuavam a crescer, foi criada esta ala secreta, que poderá ser usada pelo exército para combater a violência e protestos caso o surto fique fora de controlo, mantendo-se ainda claramente a hipótese de ser iniciada uma guerra internacional para aliviar esta pressão nacional.

A base militar Cheyenne Mountain, que durante anteriores epidemias foi utilizada como um "bunker", estará sob a liderança do Comando Norte dos Estados Unidos. Estes dois modelos militares mostram o nível de preparação dos EUA na eventualidade de uma epidemia ou guerra, e a probabilidade de o país iniciar uma após a situação nacional melhorar, demonstrando a força militar ao resto do mundo. Caso a epidemia não seja controlada, também não significa que esta estratégia de guerra não será utilizada, trata-se apenas de uma questão de tempo.

Human Rights Watch pede à China que acabe com discriminação a africanos


A organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) pediu hoje a Pequim que acabe com a discriminação aos africanos na China no âmbito da pandemia da Covid-19.

"O Governo chinês deve parar com o tratamento discriminatório aos africanos relacionado com a pandemia de Covid-19", afirmou a ONG em comunicado.

"As autoridades também devem proteger africanos e pessoas de ascendência africana em toda a China contra discriminação no emprego, moradia e em outros domínios", defendeu a HRW.

Um dos membros da organização na China, Yaqiu Wang, citado na mesma nota, argumentou que "as autoridades chinesas reivindicam 'tolerância zero' à discriminação, mas o que estão a fazer com os africanos em Cantão cidade no sul é apenas um exemplo".

"Pequim deve investigar imediatamente e responsabilizar todos os funcionários e outros responsáveis pelo tratamento discriminatório", acrescentou.

A grande mudança que vem aí: o Yuan Digital


Pepe Escobar [*]

Avança uma nova e radical mudança de paradigma. A economia dos EUA pode contrair-se em até 40% no primeiro semestre de 2020. A China, já a maior economia do mundo em paridade de poder de compra (PPC) desde há alguns anos, pode em breve tornar-se a maior economia do mundo mesmo em termos de taxa de câmbio.

O mundo pós-confinamento planetário – ainda uma miragem difusa – pode precisar de uma divisa pós confinamento planetário. E é nessa altura que um candidato sério entra na luta: o yuan digital fiduciário (fiat digital yuan).

No mês passado, o Banco Popular da China (PBOC) confirmou que um grupo de bancos de topo iniciou ensaios de pagamento electrónico em quatro diferentes regiões chinesas, utilizando o novo yuan digital. No entanto, ainda não existe um calendário para o lançamento oficial do que se designa por Pagamento Electrónico em Moeda Digital (Digital Currency Electronic Payment, DCEP).

O homem responsável pelo plano é o governador do PBOC, Yi Gang . Ele confirmou que além dos ensaios em Suzhou, Xiong'an, Chengdu e Shenzhen, o PBOC também está a testar cenários hipotéticos para as Olimpíadas de Inverno em 2022.

Se bem que o DCEP, segundo Yi, "tenha feito progresso muito bom", ele insiste em que o PBOC será "cauteloso em termos de controle de risco, especialmente no estudo de medidas anti lavagem de dinheiro e de 'conhecer as exigências do cliente' para incorporá-las na concepção e no sistema do DCEP.

DCEP should be interpreted as the road map for China leading to an eventual, even more groundbreaking replacement of the U.S. dollar as the world's reserve currency. China is already ahead in the digital currency sweepstakes: the sooner DCEP is launched the better to convince the world, especially the Global South, to tag along.

O PBOC está a desenvolver o sistema com quatro bancos estatais de topo, bem como com os gigantes dos pagamentos Tencent e Ant Financial.

Uma aplicação móvel desenvolvida pelo Banco Agrícola da China (ABC) já está a circular no WeChat. Trata-se, na realidade, de uma interface ligada ao DCEP. Além disso, 19 restaurantes e estabelecimentos retalhistas, incluindo Starbucks, McDonald's e Subway, fazem parte dos testes-piloto .

A China está a avançar rapidamente em todo o espectro digital. Uma Blockchain Service Network (BSN) foi lançada não só para fins de comércio interno como também para o comércio mundial. Um amplo comité está a supervisionar a BSN, incluindo executivos do PBOC, Baidu e Tencent, de acordo com o Ministério da Indústria e das Tecnologias da Informação (MIIT) .

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