A capital russa ultrapassou este
sábado os 100 mil casos de infeções com o novo coronavírus, fazendo de Moscovo
um dos epicentros da pandemia de covid-19 em todo o mundo.
Com 12 milhões de habitantes,
Moscovo registou 5667 casos de infeção, nas últimas 24 horas, totalizando
104.189, um número superior a qualquer outra capital europeia afetada pelo
vírus.
Com 54 novas mortes no último
dia, são já 1010 os óbitos com covid-19 desde o início da pandemia.
O presidente da Câmara de
Moscovo, Sergei Sobianin, estima que os números potenciais de contaminação
sejam superiores a 300 mil, o que significa mais de 02% da população.
Devido às medidas de contenção
impostas às pessoas com mais de 65 anos, pouco mais de 15% de novos casos se
relacionam com essa faixa etária, enquanto a maioria dos afetados (42,7%)
tem entre 18 e 45 anos.
Por esse motivo, enquanto as
principais capitais europeias entraram em fase de desconfinamento, as
autoridades de Moscovo adiaram qualquer plano de reabertura, embora já existam
medidas para serem aplicadas quando for conveniente.
Sobiani prolongou o confinamento
para os moscovitas até 31 deste mês, para que, se não houver alterações, os
habitantes da capital completem dois meses fechados nas suas casas.
A exceção são os trabalhadores da
construção e da indústria, que poderão regressar aos seus postos já na
terça-feira, desde que usem equipamento de proteção.
A Rússia está com perto de 200
mil casos de contaminação, com um total de 198.676, tende registado dez
mil novos casos nas últimas 24 horas.
As autoridades sanitárias russas
estão a instalar hospitais de campanha, preparados para receber os doentes com
covid-19, tanto na cidade russa como nos arredores.
Jornal de Notícias / Agências
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