Desafiando a oposição popular
esmagadora, o governo Trump e a maioria dos governos estaduais, corporações
multibilionárias e os interesses financeiros de Wall Street estão dando
andamento aos planos para uma rápida reabertura da economia dos EUA.
David North | WSWS
A indústria automobilística está
liderando as exigências de um retorno ao trabalho prematuro e mortal.
Sucumbindo à enorme pressão política e econômica, a governadora de Michigan,
Gretchen Whitmer, sancionou a reabertura, a partir de hoje, das fornecedoras de
autopeças e das indústrias de ferramentaria e usinagem. As grandes empresas
automobilísticas pretendem retomar a produção no estado na próxima semana.
A Honda está retomando a produção
hoje em todos os Estados Unidos e Canadá. Isso inclui fábricas em Ohio, Carolina
do Sul, Carolina do Norte, Indiana, Geórgia e Alabama.
O governador da Califórnia, Gavin
Newsom, permitiu que as fábricas, juntamente com os depósitos e instalações
logísticas, reabrissem desde da última sexta-feira.
Na Flórida, Texas e em vários
outros estados, os serviços e o comércio, incluindo salões e barbearias, foram
– ou serão em poucos dias – reabertos. O Missouri está sancionando a abertura
de todos os negócios e permitirá a realização de shows ao grande público.
Na prática, os esforços para conter
a propagação da pandemia nos Estados Unidos caíram por terra. O governo Trump
está implementando uma política de "imunidade de rebanho" que
resultará nos próximos meses em dezenas de milhares – e, potencialmente,
centenas de milhares – de mortes que poderiam ser evitadas se medidas
apropriadas fossem tomadas para conter a propagação da pandemia.
Mas o governo Trump, que já havia
retirado totalmente o apoio dos EUA às operações da Organização Mundial da
Saúde, está sabotando ativamente os esforços dos Centros de Controle de Doenças
(CDC) de restringir, mesmo que moderadamente, as demandas das corporações de um
retorno imediato ao trabalho.