O
poder sionista em Israel, sempre com o apoio dos EUA, pretende avançar com a
anexação formal de quase um terço da Cisjordânia. Tratar-se-ia de uma machadada
– que Israel e Trump-Pompeo desejam definitiva – na viabilidade de um Estado
Palestiniano, que rasgaria décadas de promessas de resoluções internacionais e
mesmo de acordos assinados por Israel e EUA. Um novo crime a juntar a já tantas
décadas de ocupação e genocídio. Como vem sendo habitual, o Governo Português e
o seu cada vez mais inqualificável MNE envergonham o país com o seu silêncio
cúmplice. É necessária toda a solidariedade ao povo palestiniano!
O
Programa do novo governo de Israel prevê a anexação formal de quase um terço da
Cisjordânia, território palestiniano que, segundo inúmeras resoluções
internacionais, deverá integrar o Estado a que o povo palestiniano justamente
aspira. O governo de Netanyahu pretende concretizar a anexação já a partir
deste mês. Seria uma machadada – que Israel e Trump-Pompeo desejam definitiva –
na viabilidade dum Estado Palestiniano. Os territórios a anexar retalham a
Cisjordânia em pequenas ilhotas, como os velhos bantustões do apartheid na
África do Sul. Incluem a bacia do Rio Jordão, que separa a Palestina da
Jordânia, enclausurando a Cisjordânia e impedindo o seu acesso directo ao
exterior.
A
realidade da Cisjordânia nunca deixou de ser a da ocupação, nem mesmo após a
criação da Autoridade Palestiniana na sequência dos Acordos de Oslo de 1993.
Cerca de 60% do seu território faz parte da chamada Zona C, que Oslo previa que
permanecesse sob controlo militar directo de Israel (como aconteceu) até à
conclusão do processo negocial (que nunca aconteceu). Mais de 22% da
Cisjordânia faz parte da Zona B, formalmente sob «controlo conjunto» de Israel
(no plano militar) e da Autoridade Palestiniana (civil). Há já longos anos que
não existe sequer a ficção de um ‘processo negocial’ para concretizar as
promessas da chamada ‘comunidade internacional’ ao povo palestiniano.