sexta-feira, 17 de julho de 2020

EUA | O dia que nunca chegará

"Eu tenho um sonho" - Martin Luther King jr.
David Chan* | opinião

Desde a morte do afro-americano George Floyd nos EUA que o país assiste a uma série de protestos contra discriminação racial que não parecem abrandar. Porém, a resposta da polícia americana tem sido igualmente forte, levando à morte de um afro-americano durante os protestos, e apenas alastrando ainda mais o movimento.

Na verdade, tanto os afro-americanos como outras minorias beneficiaram com a revolução industrial. O desenvolvimento do capitalismo levou a uma melhoria nos seus direitos humanos básicos. Durante este processo de mudança histórica existiram apoiantes e opositores, no entanto, aqueles que beneficiam da mudança, os afro-americanos, nunca foram donos do seu destino. A segunda tentativa no país de mudar esta realidade aconteceu a 28 de agosto de 1963, quando Martin Luther King Jr. proferiu o seu famoso discurso “Eu tenho um sonho”, em frente ao Memorial Lincoln. Mais tarde assistimos ao seu assassinato, que iniciou o movimento de luta pelos direitos dos afro-americanos na era moderna dos EUA. Embora os manuais escolares americanos declarem que a “emancipação do Homem negro” seja um símbolo da liberdade no país, e o início dos seus direitos humanos, foi realmente este acontecimento que levou ao nascimento dos movimentos de protesto? O governo americano anteriormente nunca pareceu temer estes protestos. Caso se juntasse um grande número de pessoas, poderiam sempre recorrer ao uso das forças policiais, Guarda Nacional ou até mesmo Forças Armadas. Mas desta vez Trump foi até obrigado a usar o seu bunker como proteção durante os protestos contra a morte de George Floyd. Embora tanto autoridades nacionais como locais tenham anunciado algumas reformas policiais como resposta, o principal foco das mesmas é a redução de violência excessiva contra cidadãos negros, continuando a ser usada a força considerada necessária. O Homem negro continua a lutar pelo seu sonho de ser igual detentor da sua nação, porém, parece que continuará a viver num país inundado por uma ideologia de supremacia branca.

Tal como quando Trump se escondeu no seu bunker para se proteger dos protestantes e foi apelidado pelos media de “criança numa gruta”, podemos ver a elite americana a decidir brincar com a cobardia do seu presidente em vez de abordar todas as causas que levaram a estes protestos contra a discriminação racial. A elite americana que beneficia dos seus privilégios como brancos, escolhe assim simplesmente ignorar as vozes e indignação dos afro-americanos.

Plataforma

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EUA | Cães polícias já se disfarçam com aparente aspeto humanoide


O vídeo que mostra a repressão em Los Angeles (EUA) sob um grupo de manifestantes demonstra o estado avançado da evolução tecnológica do império racista dos EUA. Agentes caninos da polícia já conseguem induzir em erro os que observem os seu aspeto humanoide, só se apercebendo que afinal não se trata de agentes humanos mas sim caninos ou pelo menos selvagens - no pior sentido - quando atuam e interagem com indubitáveis seres humanos. É isso que mostra o vídeo made in USA em apontamento publicado em Plataforma com ligação à fonte Folha de São Paulo. Comprovadamente, uma e outra publicação também foram induzida em erro. Observem atentamente. (PG)

Vídeo mostra polícias a derrubar manifestante negro de cadeira de rodas em protesto nos EUA

Manifestações em Los Angeles contra violência policial ecoam assassinato de George Floyd

Quando a cidade de Los Angeles completava 44 dias seguidos de protestos contra a violência policial nos Estados Unidos, na última terça-feira (14), a ação controversa de um grupo de agentes voltou a repercutir nas redes sociais.

Em um vídeo gravado por membros de um coletivo de ativistas, os policiais aparecem tentando imobilizar Joshua Wilson, 34, homem negro com deficiência.

Usando os braços para se defender, Wilson é derrubado por pelo menos três policiais e um deles joga sua cadeira de rodas a alguns metros de distância. Na sequência, ele é imobilizado por dois agentes que seguram seus braços e o mantém no chão.

Sob gritos e protestos das pessoas ao redor, mais policiais aparecem imobilizando outro homem ao lado de Wilson e impedindo manifestantes de se aproximarem.

Leia mais em Folha de S.Paulo

China fustiga as "difamações insultuosas" dos EUA


A China não pretende confrontar ou substituir os Estados Unidos como a principal potência tecnológica do mundo mas vai combater as "difamações insultuosas" e os ataques de Washington, assegurou hoje um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Em resposta às diversas acusações emitidas na quinta-feira pelo Governo dos EUA, Hua Chunying disse que a principal preocupação da China consiste em melhor as condições de vida da sua população e manter a paz e a estabilidade global, apesar do que é definido pelos críticos como uma crescente política externa agressiva destinada a ampliar a influência da China nos setores militar, tecnológico, económico e outros.

"Enquanto Estado soberano e independente, a China tem o direito de proteger a sua soberania, segurança e interesses, defender os progressos registados pelo povo chinês, recusar as intimidações e injustiças contra a China e combater as difamações insultuosas e os golpes baixos dos EUA contra a China", disse Hua em conferência de imprensa.

O responsável chinês reagia às declarações do Procurador-Geral norte-americano, William Barr, que na quinta-feira acusou a China de fazer uma "guerra-relâmpago" económica para "ultrapassar os Estados Unidos como principal superpotência mundial".

"A República Popular da China está empenhada numa 'blitzkrieg' económica, uma campanha governamental -- e social --, agressiva, orquestrada, para se apoderar dos comandos da economia global e ultrapassar os Estados Unidos como principal superpotência do mundo", disse William Barr num discurso no Michigan.

Pré-história da Covid-19 nos esgotos de Barcelona



A narrativa oficial do «vírus de Wuhan» pode ser cómoda para evitar uma investigação profunda das reais origens do fenómeno mas está longe de caber nas realidades que vão sendo conhecidas.

José Goulão | AbrilAbril | opinião

Cientistas da Universidade de Barcelona detectaram genomas do novo coronavírus SARS-CoV-2 nos esgotos da cidade no dia 12 de Março de 2019, isto é, nove meses e meio antes da declaração das autoridades chinesas da cidade de Wuhan e praticamente um ano antes de ter sido anunciado, em 25 de Fevereiro de 2020, o primeiro caso de COVID-19 «importado» na capital catalã. Mais uma demonstração de que a narrativa oficial do «vírus de Wuhan» pode ser cómoda para evitar uma investigação profunda das reais origens do fenómeno, conveniente do ponto de vista geopolítico, oportuna para as operações de propaganda em multiplicação mas está longe de caber nas realidades que vão sendo conhecidas.

Os autores do estudo catalão desenvolvem uma investigação sobre a importância da monitorização das águas residuais das estações de tratamento de esgotos como fonte de informações que permitam antecipar o aparecimento de surtos virais. Os resultados foram objecto de uma pré-publicação em finais de Junho na plataforma medRxiv e contêm elementos novos que os autores consideram «inesperados» e «surpreendentes».


Fazendo referência ao facto de terem descoberto genomas do novo coronavírus numa amostra congelada no dia 12 de Março de 2019, usada como factor de comparação com as colhidas mais recentemente nas mesmas estações de tratamento de águas residuais, os cientistas catalães dizem que «esta impressionante descoberta revela a circulação do vírus em Barcelona muito antes do relato de qualquer caso de COVID-19 no mundo»; sendo «provável», portanto, «que situações semelhantes possam ter acontecido em outras partes do mundo».

E para que não haja dúvidas: em 12 de Março de 2019 «os níveis (de SARS-CoV-2) eram muito baixos mas claramente positivos», assegura o coordenador do trabalho científico, o professor Albert Bosch.

Recorde de novas infeções por Covid-19 nos EUA

O número de novos casos de Covid-19 nos Estados Unidos não pára de aumentar.

De acordo com a universidade Johns Hopkins, no espaço de 24 horas, foram registadas mais de 67 mil novas infeções, um novo recorde.

A Florida ultrapassou a barreira dos 300 mil casos confirmados e o número diário de mortes por coronavírus foi, nos últimos dois dias, superior a cem.

A rápida propagação do vírus está a fazer aumentar o escrutínio sobre as decisões dos governadores.

O governador republicano do Oklahoma, Kevin Stitt, que apoiou um dos planos de reabertura mais agressivos do país e raramente usa máscara, tornou-se no primeiro governador dos Estados Unidos a testar positivo à Covid-19.

Stitt diz que sente "um pouco como uma simples constipação. Mas basicamente estou assintomático e, obviamente, batendo na madeira, está tudo bem aqui".

O Irão revelou que 140 dos seus trabalhadores da saúde morreram com Covid-19 desde o início da pandemia.

O país tem assistido a um rápido aumento do número de novos casos, depois de ter flexibilizado as restrições de confinamento em meados de abril.

O Presidente iraniano, Hassan Rohani, pede às pessoas que respeitem as diretrizes da saúde, incluindo o uso de máscaras e o distanciamento social.

No continente africano, a situação na África do Sul é a mais mais preocupante. O país já registou mais de 310 mil infeções por Covid-19 e integra a lista dos 10 países com mais casos no mundo.

Cerca de 4 mil e 500 pessoas morreram devido à doença, ou seja 1,5% do total de infetados, um número relativamente baixo que os especialistas acreditam dever-se ao facto de o país ter uma elevada percentagem de população jovem. Os especialistas alertam no entanto que a crescente falta de oxigénio e camas hospitalares pode fazer disparar a taxa de mortalidade por Covid-19.

Solidariedade com Palestina critica “política hipócrita” do governo português


Comité de solidariedade condena o estreitamento de relações diplomáticas e económicas, num momento em que o governo israelita “se prepara para anexar grande parte do território palestiniano ocupado”. Bloco de Esquerda questiona o ministro da Ciência.

Em comunicado, o Comité de Solidariedade com a Palestina (CSP) condena a recente reunião online do ministro português da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, com o ministro da Ciência e Tecnologia de Israel. Ver notícia no esquerda.net.

O CSP sublinha que o governo português ao apelar, neste momento, a uma “cooperação renovada, efetiva e tangível” está a fomentar a impunidade de Israel. O comité lembra que “o governo de extrema-direita israelita se prepara para anexar formalmente uma grande parte do território palestiniano ocupado”, o que constitui uma grave violação do direito internacional e um ataque ao povo palestiniano e às perspetivas de paz.

Note-se que Benjamin Netanyahu anunciou que, a 1 de julho de 2020, se iniciava a anexação da Palestina, 30% da Cisjordânia, de acordo com o plano de Donald Trump.

No comunicado, aponta-se ainda que “a política hipócrita do atual governo não se limita a esta reunião”, lembrando que, em 2019, a “Força Aérea Portuguesa assinou um contrato de 50 milhões de euros (link is external) com a empresa de armamento israelita Elbit Systems”, que testa o seu material na repressão a civis palestinianos.

A Solidariedade com a Palestina pede o “fim à política de cumplicidade do governo português com o apartheid israelita”, exige o fim das colaborações coniventes e a imposição de sanções ao governo israelita.

O CSP salienta ainda que a política do governo contrasta com o crescimento do movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), nomeadamente em Portugal.

Há 206 surtos ativos de Covid-19 em Portugal. 134 em Lisboa


A ministra da Saúde, Marta Temido, e a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, fazem a atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus (Covid-19) em Portugal. Acompanhe aqui em direto.

Conhecidos os dados do boletim epidemiológico desta sexta-feira, a ministra da Saúde, Marta Temido, e a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, atualizam na habitual conferência de imprensa a informação sobre a evolução da pandemia da Covid-19 em Portugal.

Marta Temido começou por se referir aos dados do boletim desta sexta-feira indicando que, dos 312 casos, 236 se registaram em Lisboa e Vale do Tejo e que os três óbitos registados dizem respeito a pessoas com mais de 80 anos. A taxa de letalidade global é agora de 3,5% e a taxa de letalidade acima dos 80 anos de 16,1%, atualizou. 

Em termos genéricos, e face ao total de casos confirmados que o país registou até agora, 68,2% de recuperados, 27,4% dos doentes estão a ser tratados em casa, há 0,9% de doentes hospitalizados e, "a lamentar 3,5% de óbitos".

206 surtos ativos em Portugal

Marta Temido referiu também que há, neste momento, 41 surtos ativos no Norte, 13 no Centro, 134 em Lisboa e Vale do Tejo, cinco no Alentejo e 13 no Algarve. 

Sobre o número de internados, a ministra salientou como um "bom indicador" hoje estarem menos 29 pessoas nessas circunstâncias face aos dados de ontem. Dos 447 doentes internados, detalhou, 385 estão em LVT - ou seja, 86%. Desses, 302 estão em hospitais que servem cinco concelhos "sobre os quais continuamos a focar a nossa principal ação em termos de combate à doença".

Portugal | O reforço que vai para o banco


Miguel Guedes* | Jornal de Notícias | opinião

O salvador pode aparecer de fininho, usando as portas entreabertas e o olhar de soslaio. Instala-se, mede o ambiente com o termómetro emocional, saca dos números e faz pela vida.

Há quem tenha feito algo semelhante há 35 anos, a rodar um Citroën em Congresso. Da Figueira da Foz até ao banco do poder que lhe foi entregue em longos e sucessivos anos, vai uma história que só acaba com o arquivamento de todos os crimes que lhe poderiam ser imputados no âmbito do principal inquérito à queda do BES. Cavaco Silva - então presidente da República - e o Banco de Portugal (BdP) acabam ilibados pelo Ministério Público e chega o momento de todos repetirmos peremptoriamente, enquanto portugueses, que podíamos confiar no BES mas não naqueles que nos diziam que podíamos confiar no BES. Elementar. A saída do governador Carlos Costa do BdP, uma boa notícia que peca por tardia, confirma a ideia de que é só uma questão de tempo. O optimismo dos reguladores só encontra paralelo e verdadeira competição na suposta ignorância de alguns responsáveis políticos.

É mesmo um caso em que o reforço vai para o banco. Substituir Carlos Costa por Mário Centeno é uma história escrita que o PS quis fazer render para caucionamento democrático. Como se perante uma porta giratória se desligasse a energia. A porta existe, está lá mas, pese embora imóvel, continua a ser uma porta giratória e continua a dar entrada. É difícil entender como a indiscutível capacidade de Centeno para o exercício do cargo pode secar toda e qualquer questão de ética política relativamente à sua nomeação para governador do BdP. Mal da democracia quando toda a ética política tem de ser vertida para leis e não convocada a viver por si. A legalidade não esgota o estado democrático.

Já tudo é diferente quando se trata de salvar a pele. Em queda nas sondagens e com diferenças de dois dígitos em relação ao Joe Biden, Donald Trump não se limita a ser bloqueado em redes sociais. Ele mesmo bloqueia e devolve Brad Parscale ao banco das redes sociais que comandou na eleição presidencial de 2016 e muda de director de campanha, promovendo o até agora conselheiro político, Bill Stepien. A miragem de um salvador é, agora, absoluta "realpolitik". 

No momento em que o Reino Unido acusa a Rússia de tentativa de roubo dos estudos sobre vacinas para a epidemia e de aquisição ilícita de documentos confidenciais, será melhor usar e abusar de cautela. Até 3 de Novembro, o dia das eleições, ou muda a direcção do vento ou só mesmo a descoberta de uma vacina americana para a covid-19 pode inverter os acontecimentos, evitando a previsível derrota republicana. Irónico como o destino político de um presidente como Trump acaba por estar nas mãos da ciência.

O autor escreve segundo a antiga ortografia

*Músico e jurista

UE-Portugal | As contas: paguem e não bufem


Curto por Ricardo Marques, jornalista do Expresso. O título é sugestivo… sobre a conta que está na mesa da pseudo União Europeia, bastião da pseudo democracia. Para saber o que diz… é uma questão de ler e depois outra questão: fazer as contas à conta. Quem imagina que vai pagar a conta a sobrevalorizar devido à pandemia covid-19? Prepare-se: já a estamos a pagar e vamos pagar muito mais. Até com a própria vida iremos pagá-la. Depois de mortes ainda pagaremos mais alguma coisa – nós ou os nossos familiares. É sempre um fartote de “paga e não bufa”. Até apetece balir… Mééééé.

Salte para o Curto. Ponha-se a pau. Vai cair o Carmo e a Trindade sobre os portugueses excluídos e de menores recursos. Cumprindo a conhecida “máxima” que nos fala do mar que bate nas rochas e que acaba sempre por tramar o mexilhão. Pois.

Bom dia. Boas contas. Bom desembolsar, bom vasto períoodo de miséria e fome. Pague e não bufe. Afinal são as contas do costume, que apresentam para cobrança aos mémés cá do burgo e de muitos outros burgos.

Sobre outros assuntos há mais, muito mais, no Expresso Curto. Vá ler.

MM | PG

Covid-19 | Os mafiosos dos medicamentos e os EUA


No Expresso pode ler a diferença exposta entre os ricos e os pobres, povos e países. Entre a vida e a morte, entre o padecimento e a cura. Quem a põe a descoberto é o covid-19 (ainda mais). Covid-19 que proporciona uma grande oportunidade de negócio altamente lucrativo somente para uns quantos enriquecerem muito mais que imensos países onde os povos morrem que nem tordos e cumprem o ensejo de redução da população mundial… pobre.

O medicamento alegadamente recomendado para o combate/tratamento de doentes afetados pelo covid-19 está reservado aos EUA por açambarcamento da administração Trump. A farmacêutica norte-americana diz que a produção do Remdesivir foi reservada pelos EUA junto do fabricante e que levará algum tempo de demora a disponibilidade de fornecer outros países.

Para os mafiosos produtores de fármacos do país do igualmente mafioso presidente Trump faz todo o sentido o açambarcamento do medicamento que poderá fazer a diferença entre a vida e a morte, o padecimento e a cura. Tal conduta e aceitação dos países de resto do mundo, principalmente da UE, aliada incondicional das políticas neoliberais, racistas e fascizantes dos EUA, fazendo brandos protestos para europeus verem e deixarem-se uma vez mais enganar. Como se na União Europeia não existam fabricantes farmacêuticas que possam produzir esse mesmo medicamento ou outro que sirva os mesmos objetivos.

Parece evidente que existem naquelas decisões políticas e de produção de medicamentos algo semelhante a cartéis, a máfias empresariais e a máfias políticas, que além de conseguirem o objetivo há muito proposto de reduzirem a população mundial - principalmente os mais idosos e os jovens mais fragilizados na saúde – também visam a exclusividade e os exponenciais lucros que sustentam a percentagem mínima de doentios gananciosos dos conhecidos 1% da população que detêm a riqueza mundial.

Artigo exclusivo em que nas entrelinhas nos possibilita chegar a conclusões já tantas vezes denunciadas. Eis mais uma oportunidade de entender como funcionam os mafiosos e as máfias que controlam o planeta Terra e os povos que exploram em vida até à morte. E até na morte.

MM | PG

“Haverá escassez de remsidivir até setembro.” Representante da farmacêutica que produz medicamento anticovid em entrevista ao Expresso

A produção dos próximos três meses do primeiro medicamento autorizado pela União Europeia para o tratamento da covid-19 foi reservada pelos EUA junto do fabricante, a farmacêutica norte-americana Gilead. 

Em entrevista exclusiva ao Expresso, o diretor-geral da subsidiária do laboratório em Portugal, Vítor Papão, garante que “não estão a ser feitas reservas estratégicas” em lado algum e está confiante de que “o remdesivir não vai faltar em país nenhum”, porque “é disponibilizado mais onde há mais infeções”. 

Vítor Papão refreia porém as expectativas sobre soluções milagrosas, confessando que os últimos meses têm sido como “pilotar um avião enquanto ele está a ser construído”

João Diogo Coelho e Nuno Botelho | Expresso

Evo Morales: rastro de sangue até Washington


# Escrito e publicado em português do Brasil

Lançado no Brasil, Balas de Washington, de Vijay Prashad, é um documento indispensável sobre as invasões e golpes de Estado promovidas pelos EUA em todo o mundo. No prefácio, ex-presidente da Bolívia, relata a armação de que foi vítima

Evo Morales | Outras Palavras

Este é um livro sobre balas, diz o seu autor.

Balas que assassinaram processos democráticos, que assassinaram revoluções e que assassinaram esperanças.

O bravo historiador e jornalista indiano Vijay Prashad emprega toda a sua vontade para explicar e ordenar de forma compreensível e totalizadora o obscuro interesse com que o imperialismo intervém nos países que tentam construir seu próprio destino.

Nas páginas deste livro se documenta a participação dos Estados Unidos no assassinato de lideranças sociais da África, Ásia e da América Latina e nos massacres massivos dos povos que se opõem a pagar com sua própria pobreza os negócios delirantes das corporações multinacionais.

Prashad diz que essas balas de Washington têm um preço: “O preço mais alto é pago pelas pessoas. Porque nestes assassinatos, nesta intimidação violenta, são as pessoas as que perdem suas lideranças em seus locais, um líder camponês, um líder sindical, um líder dos pobres”.

Prashad nos relata de maneira documentada a participação da CIA no golpe de Estado de 1954 contra Jacobo Arbenz Guzmán, presidente da Guatemala democraticamente eleito. Arbenz tivera a intolerável audácia de se opor aos interesses da United Fruit Company.

No Chile, o autor mostra como o governo estadunidense, por meio da CIA, financia, com 8 milhões de dólares, greves e protestos contra Allende.

Colômbia | Um genocida inominável


FARC-EP

Corajosa, muito corajosa a denúncia de Daniel Mendoza Leal através da sua extraordinária série MATARIFE un genocida innombrable , contra Álvaro Uribe Vélez, essa "tormenta de morte que não deixa de açoitar o país". O povo inteiro, a dignidade humana, deve apoiar sua valentia que recolhe o decoro de muitos compatriotas que sempre esperaram justiça contra os abusos do tirano.

Se se chegar a impor a tutela de Uribe contra a série, "de acordo com a Constituição – considera o advogado Mendoza Leal – seria como infringir as leis da física. Contudo, na Colômbia o dinheiro e o poder podem por vacas a voar no céu". Isso não deve acontecer. O genocida, mesmo que consiga influenciar alguns magistrados, nunca poderá amordaçar a verdade. Uribe tem um cadastro espantoso e aterrador. O ex Promotor Geral, Eduardo Montealegre, disse recentemente que "Uribe é um criminoso de guerra. Chegou a hora de ele responder perante a justiça. Evadiu-se durante a sua longa carreira política de todos os crimes que cometeu". O estranho neste caso notório é o desentendimento e a ausência de perseguição judicial tanto na jurisdição colombiana como no Tribunal Penal Internacional.

Tudo em Uribe é dantesco: o paramilitarismo do seu coração, que aperta com a sua mão direita ensanguentada, causou – segundo Memória Histórica – mais de 100 mil mortos na Colômbia. A alcunha de Matarife (Açougueiro) que lhe atribuiu Gonzalo Guillen, é apropriada e justa. É tão assassino que cravou com prazer a faca no Acordo de Paz de Havana.

Brasil | O tripé nefasto que sustenta um governo capenga


# Escrito e publicado em português do Brasil

Em meio à crise, apoio ao presidente despenca. Mas capital financeiro e militares ainda escoram governo, amortecendo turbulências. Centrão é convidado compor o grupo e evitar impeachment. O político antissistema vai sendo desmascarado…

Paulo Kliass | Outras Palavras

Em meio à profunda crise política, econômica, social e sanitária em que está mergulhado nosso País, boa parte dos analistas se indaga a respeito dos mecanismos que ainda permitem assegurar alguma sustentação ao governo do capitão Bolsonaro. De fato, é mesmo impressionante a sua capacidade de resiliência em situações de grande isolamento político e crescente perda de popularidade, como a que vive atualmente.

Contam para isso a articulação em torno do amplo movimento das igrejas neopentecostais e o discurso direto do presidente à população, em uma linguagem simples e sem os requintes da liturgia do cargo. A postura do “contra tudo e contra todos” tende a angariar simpatias na linha da vitimização do “coitado” que seria boicotado por governadores, prefeitos, Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e grandes meios de comunicação.

Por outro lado, contribui bastante também para a manutenção do governo uma aliança que se estabeleceu entre os interesses do sistema financeiro e as pretensões políticas de parcela da elite das Forças Armadas. É importante recordar que Paulo Guedes permanece com destaque e poder no sistema de governo, sendo um dos remanescentes da equipe que teve início na Esplanada em janeiro de 2019. Junto com ele ainda estão ocupando seus cargos figuras mais próximas do bolsonarismo-raiz, a exemplo de Ricardo Salles no Meio Ambiente, Ernesto Araújo nas Relações Exteriores, Damares Alves na pasta da Família, entre outros.

O superministro da Economia estabelece, desde a época da campanha eleitoral, um importante elo de ligação do Planalto com o povo do financismo. Essa articulação atua como uma espécie de colchão de amortecimento, para impedir que os sucessivos resultados negativos nas pesquisas de opinião se transformem em crises políticas ainda mais graves. Com o apoio implícito e explícito à política de austeridade extremada, os representantes do mundo da finança seguem como grandes entusiastas da presença de Guedes no comando da economia.

O INCÊNDIO DO BRASIL

O fascismo bolsonarista destrói não só a floresta amazónica como também a cultura e a ciência acumuladas ao longo de gerações.

A lista dos museus brasileiros incendiados impressiona.

A revista Nature menciona seis:

Museu do Instituto Butantã (S.Paulo); Estação Antárctica Cmte. Ferraz; Museu de Ciências Naturais (B.Horizonte); Museu da Língua Portuguesa (S.Paulo); Museu Nacional (Rio de Janeiro); Museu de História Natural e Jardim Botânico (B.Horizonte, 2020).

O genocídio do povo com a pandemia estende-se também à ciência e à cultura.

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