terça-feira, 18 de agosto de 2020

A memória contra o terrorismo


9 de Agosto: Dia Internacional dos crimes norte-americanos contra a humanidade

A data do bombardeamento atómico de Nagasaki pelos EUA fixa uma memória que é indispensável manter sempre viva: a dos crimes EUA contra a humanidade. Não se iniciaram em 1945, mas atingiram com os bombardeamentos de Hiroshima a Nagasaki uma atrocidade monstruosa. Prolongam-se até aos dias de hoje e a criminosa elite imperialista responsável por eles permanece no poder, quaisquer que sejam os responsáveis de turno. E ameaçam a humanidade inteira.


Este domingo é um dia especial. Passam 75 anos sobre um enorme ataque terrorista. Não foi o maior da história, que ocorreu poucos dias antes, 6 de Agosto, em Hiroshima. O ataque com uma bomba atómica à cidade de Nagasaki tem algo mais do que o triste mérito de ser o segundo pior da história.

Segundo estimativas conservadoras, cerca de 80.000 pessoas perderam a vida numa fracção de segundo. Com o correr dos anos, várias dezenas de milhares mais morreram pelos ferimentos, os efeitos da radiação, o cancro. Ao todo, pelo menos 250.000 pessoas foram aniquiladas num instante.

Hiroshima é o sombrio marco que marca o início de uma nova era na história da humanidade, que encontrou uma arma que lhe permite suicidar-se e desaparecer como espécie. Nagasaki reflecte a contumácia do imperialismo norte-americano, a sua obstinação em fazer o mal e desencadear os mais terríveis sofrimentos sobre quem tenha a audácia de se opor aos seus desígnios. Conhecidos os tremendos efeitos da primeira bomba, os dirigentes dos Estados Unidos não hesitaram em reincidir na sua conduta criminosa e lançaram uma segunda em Nagasaki. É o caso do terrorista que, na apoteose da sua crueldade, se orgulha e se deleita contemplando como a sua vítima se contorce de dor.

Portugal | Patrões: primeiro lay-off, depois despedimentos


As empresas que beneficiaram do lay-off simplificado ou outros apoios estão autorizadas a avançar com as chamadas «rescisões por mútuo acordo». Algumas recorreram a trabalho suplementar, alerta o PEV.

Os patrões das empresas que estiveram em regime de lay-off simplificado ou recorreram a algum dos novos apoios do Governo têm agora o aval da Segurança Social para fazer «rescisões amigáveis». 

O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) rejeita falar de despedimentos, tendo afirmado ao Negócios que «os acordos pressupõem vontade de ambas as partes».

Certo é que a possibilidade de fazer um «acordo de revogação fundamentado em motivo que permita o despedimento colectivo ou extinção de posto de trabalho» dá direito a subsídio de desemprego, ainda que com os limites das «quotas» das rescisões «amigáveis», consoante a dimensão da empresa. 

Para a CGTP-IN, que já reagiu à notícia, é «inaceitável» que seja facilitada a estas empresas a possibilidade de despedir, frisando que os trabalhadores tornam-se voluntários à força e que, mais uma vez, o patronato está a transferir custos para a Segurança Social.

Portugal | 71 pessoas infetadas em lar de Odivelas


Trinta e sete utentes e 34 profissionais de um lar de idosos no concelho de Odivelas testaram positivo para a covid-19. Estão todos assintomáticos.

A informação foi confirmada ao JN pela autarquia. No total, a instituição conta com 60 residentes e 54 profissionais.

Este surto foi detetado na Casa de Saúde e Repouso da Amoreira, situada na localidade da Ramada, e segundo disse o vice-presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Edgar Valles, só foi identificado "por mero acaso". "Um dos utentes deslocou-se ao hospital, por motivos alheios à covid e foi testado, tendo dado positivo. A partir daí decidiu-se testar todos os utentes e funcionários e aqueles que deram positivo estão assintomáticos", afirmou, citado pela agência Lusa.

Segundo explicou o autarca, que tem a pasta da Saúde, todos os funcionários que testaram positivo à covid-19 estão em casa, a cumprir quarentena, e os utentes foram divididos em alas.

Para fazer face à falta de profissionais, revelou Edgar Valles ao JN, foi pedido ao Instituto da Segurança Social a colocação de funcionários na instituição que é privada. Estes aguardam pelos resultados dos testes que tiveram de realizar para iniciar funções. A entidade gestora do lar também alocou profissionais de uma outra estrutura residencial de idosos que dirige em Caneças para fazer face à situação.

Espanha é o país europeu com mais casos de covid na população nos últimos 14 dias


Foram registados mais 2128 novos casos de covid-19 esta terça-feira em Espanha. No dia anterior tinham sido mais 1833 contágios pelo novo coronavírus. Os testes à doença com resultado positivo confirmam 5114 infeções neste país.

Apesar de ter sido registados 2128 novos casos esta terça-feira, a imprensa espanhola explica que este valor apenas inclui as pessoas que realizaram teste à covid-19 na segunda-feira. Porém, os resultados dos testes realizados nos últimos dias confirmam 5114 contágios em Espanha.

De acordo com o jornal espanhol "El Mundo", Espanha torna-se assim o país europeu com mais casos positivos de covid-19 por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias: a taxa de infeção é de 132,3 casos. Luxemburgo (98,6), Malta (98,3), Roménia (88,5) e Bélgica (60,8) ocupam os cinco primeiros lugares. Desde o início da pandemia, 364 196 tiveram a doença em Espanha.

Madrid notificou uma em cada três das infeções detetadas na véspera (704), mais do dobro do que Aragão (374), País Basco (282) e Andaluzia (202). O total de mortes associados ao novo coronavírus subiu para 28 670, depois de contabilizados os 63 óbitos contabilizados na última semana.

A pandemia de ​​​​​​​covid-19 já provocou pelo menos 774 832 mortos e infetou mais de 21,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Jornal de Notícias com agências | Foto: EPA

Timor-Leste novamente livre de casos depois de doente infetado recuperar


Díli, 18 ago 2020 (Lusa) -- Timor-Leste está hoje novamente livre de casos de covid-19 depois de o último doente diagnosticado, um cidadão indonésio, ter recuperado, segundo os dados oficiais do Ministério da Saúde divulgados hoje.

O boletim atualizado de dados do Ministério da Saúde mostra que o único paciente infetado -- o caso foi confirmado a 04 de agosto -- já não está no centro de isolamento de Vera Cruz, elevando assim para 25 o número total de doentes recuperados desde o início da pandemia.

Segundo o Ministério da Saúde há ainda 548 pessoas em quarentena em instalações do Estado, a que somam mais 202 em autoconfinamento em casa, sendo que a quase totalidade são pessoas que entraram pela fronteira terrestre ou em voos no início deste mês.

As autoridades de saúde realizaram até ao momento mais de 5.000 testes, estando ainda 221 pessoas à espera de conhecer o seu resultado.

Desde o início da pandemia Timor-Leste registou um total de 25 casos, já todos recuperados, sendo o doente infetado confirmado no início deste mês o primeiro desde maio.

O país está até 04 de setembro em estado de emergência -- o quarto período com restrições desde o início da pandemia.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 770.429 mortos e infetou mais de 21,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

ASP // JH 

Macau em contacto com farmacêuticas para aquisição de vacina contra a Covid-19


As autoridades de Macau estão em comunicação com seis fabricantes de uma vacina contra a Covid-19. As negociações ainda estão numa fase preliminar, pois o Governo quer saber as condições de aquisição e os componentes utilizados nestas vacinas que ainda estão em fase de desenvolvimento. Em relação aos recentes casos registados em Shenzhen, os Serviços de Saúde asseguraram que a situação está controlada e que não coloca em causa os vistos de Guangdong no final do mês.

O Governo iniciou negociações com seis empresas farmacêuticas que estão a trabalhar no desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19, revelou ontem Leong Iek Hou em conferência de imprensa. A coordenadora do Núcleo de Prevenção e Vigilância da Doença explicou que ainda não há resultados sobre a eficácia das vacinas em desenvolvimento e que os contactos do Governo têm como objectivo saber os componentes utilizados e as condições de aquisição no futuro.

“Começámos as negociações com empresas farmacêuticas e fabricantes através de cartas e videoconferência. As reuniões estão relacionadas com questões de aquisição de vacinas por parte do Governo, mas temos de esperar até à conclusão dos testes clínicos para saber a eficácia das vacinas”, disse Leong Iek Hou em conferência de imprensa. 

Questionada sobre os nomes das empresas que estão em contacto com o Governo, a coordenadora do Núcleo de Prevenção e Vigilância da Doença referiu apenas que são “seis fabricantes de vacinas, três da China e três internacionais”, e frisou que as autoridades têm “contactado com todos os laboratórios que estão a trabalhar no desenvolvimento de uma vacina”. Já em relação ao teor das reuniões, Leong Iek Hou revelou que as autoridades têm questionado as referidas empresas “sobre o ponto de situação da vacina e que componentes estão a utilizar”. 

Na conferência de imprensa, Leong Iek Hou frisou que o Governo só irá adquirir uma vacina que tenha concluído a terceira fase de ensaios clínicos e que seja confirmada como segura e eficaz. Recorde-se que a imprensa chinesa avançou ontem que tinha sido aprovada a primeira patente de uma candidata a vacina contra a Covid-19, que poderá ser produzida em massa brevemente. “Para o uso comum de uma vacina são precisas três fases de ensaio clínico. A vacina de Hong Kong ainda está na fase de ensaios clínicos, por exemplo, e ainda não há indicação clara de quais são as vacinas eficazes, temos de tomar como referência os dados objectivos da terceira fase. Temos de esperar pela conclusão da terceira fase de ensaio clínico para proceder a aquisição”.

Confrontada com os recentes casos de infecção registados na cidade Shenzhen, a representante dos Serviços de Saúde garantiu que Macau não equaciona implementar medidas de quarentena obrigatória aos visitantes da província de Guangdong com visto de turista a partir do dia 26 de Agosto. Leong Iek Hou assinalou que estão a ser realizados testes de ácido nucleico em massa na cidade de Shenzhen depois de casos confirmados no último fim-de-semana em trabalhadores de um supermercado. “A situação de Guangdong é uma situação controlada. As autoridades têm tomado muitas medidas. Ainda faltam duas semanas para 26 de Agosto. Se a situação não vier a agravar-se, os vistos [de Guangdong] vão manter-se.”

Sobre a possibilidade de substituir os testes de ácido nucleico por testes ao sangue, Leong Iek Hou explicou que análise ao sangue é mais demorada porque “depende de anticorpos”. “Os testes através do sangue dependem dos anticorpos e necessitamos de algum tempo. Tal como a febre do dengue, que precisa de três a cinco dias para ter anticorpos, o processo demora mais tempo para obter resultados do que o teste de ácido nucleico. No início do aparecimento dos sintomas podemos utilizar o teste de ácido nucleico para saber se a pessoa foi infectada. Não me parece que o teste através do sangue seja tão eficaz”, concluiu.

Irá Trump voltar a utilizar o “argumento China”?


David Chan* | Plataforma | opinião

Uma sondagem organizada pela agência noticiosa Associated Press e pela Universidade de Chicago revelou que 80 por cento dos norte-americanos acredita que o rumo tomado pelo país é errado e descontrolado. O descontentamento da população para com a forma como o país tem evoluído desde que Trump assumiu a liderança atingiu o pico, tendo até sido iniciadas manifestações contra as tentativas disparatadas do presidente de criar um conflito com a China.

As tensões continuam a aumentar, e peritos militares começam a analisar a possibilidade de um ataque americano à China antes de novembro. Porém, os EUA, acostumados ao trono que ocupam no cenário mundial, parecem não estar conscientes da situação à beira do colapso, continuando a atacar a China.

O foco do ataque poderá ser um pouco diferente do passado. Outrora, tais decisões poderiam não ter causado tanta polémica e descontentamento entre a população e a comunidade internacional, mas o país ao não conseguir controlar os respetivos problemas internos e continuar a interferir em assuntos de outros estados impede que os próprios americanos aceitem estas atitudes e que o resto do mundo as veja com ligeireza. 

China aprova primeira patente de vacina contra covid-19


Mídia estatal diz que governo concedeu sua primeira patente à empresa chinesa CanSino. Vacina pode ser produzida em massa em curto período de tempo, afirma documento. Fase 3 dos ensaios clínicos ainda não foi concluída.

O governo da China aprovou sua primeira patente para uma candidata a vacina contra covid-19, concedida à empresa biofarmacêutica chinesa CanSino, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (17/08) pela imprensa do país asiático.

O jornal estatal People's Daily citou documentos publicados pela autoridade reguladora de propriedade intelectual da China que mostram que a patente foi emitida em 11 de agosto.

A vacina da CanSino, desenvolvida em parceria com o Instituto Científico Militar e batizada de Ad5-nCOV, foi a primeira a alcançar a fase 2 dos ensaios clínicos e atualmente está na fase 3. Em junho, a droga recebeu aval para uso interno e limitado em militares do Exército chinês.

CHINA VS. EUA: Começa o revide


#Publicado em português do Brasil

"Preparar para interrupção completa de relações com os EUA. Acabou a conversa de salão. Já era hora!" (Pepe Escobar, Facebook)
Todos os anos, em agosto, a liderança do Partido Comunista reúne-se em Beidaihe, resort à beira-mar, não distante de Pequim. Ali esmiúçam-se as linhas gerais de orientação para a sessão plenária do Comitê Central do Partido Comunista da China, que acontece em outubro. Essas linhas gerais, aprovadas no plenário do Comitê Central, passam a ser as prioridades nacionais.

Vêm notícias de Beidaihe, segundo as quais já estão definidos os pontos chaves a serem discutidos no próximo pleno. O sumário abaixo veio de pelo menos duas fontes dignas de confiança.

Se confirmada, a agenda marcará o mais duro e mais abrangente revide, até agora, pela China, contra o incansável assalto que lhe faz o regime Trump já há mais de três anos. Principais linhas:

* 'Limpeza' muito ampla de empresas norte-americanas na China, especialmente empresas financeiras e do setor de serviços. Serão canceladas as respectivas licenças para operar na China. Será fechado o acesso dos EUA aos setores financeiro, agrícola e de serviços na China. São as empresas que têm os maiores superávits comerciais com a China. Se vamos lutar, os norte-americanos têm de gemer.

* Acelerar o desenvolvimento de armas nucleares. Usaremos força de contenção nuclear realmente poderosa para fazer frente à loucura dos EUA, de modo que não se atrevam a agir com violência contra a China.

* Aumentar o gasto total de defesa para mais de 4% do PIB e desenvolver vigorosamente armas avançadas. Vamos desequilibrar genuinamente os EUA e o grupo imperialista de países que os EUA comandam, com fortes capacidades de defesa;

* Nos opor firme e inequivocamente à hegemonia dos EUA, unindo todas as forças que possam ser unidas. Vamos estabelecer uma aliança de nações anti-imperialista e anti-hegemônica. Usaremos essa coalizão pela justiça, para fazer oposição à aliança imperialista ainda hegemônica.

* Promover poderosamente o espírito de independência e autoconfiança. Com esforço de todo o país, lutaremos para alcançar avanços decisivos de alta tecnologia e de high-end manufacturing, furando o bloqueio dos EUA contra a China, nesses setores.

Assim iniciaremos o sistema nacional econômico de "duplo ciclo" [ing. national economic "dual-cycle" system]. Estabelecer o sistema econômico continental euroasiático e o sistema de compensação global do Renminbi [ing. EurAsian continental economic system and the global RMB settlement system].

* Romper resolutamente a contenção estratégica contra a China, pelos EUA. Com grande determinação, temos de libertar Taiwan, romper a primeira e a segunda cadeia de ilhas construída pelos EUA, e alcançar avanço estratégico contra os EUA.

* Abandonar firmemente toda e qualquer ilusão sobre os EUA e fazer ativa mobilização de nosso povo, para a guerra.

Promoveremos vigorosamente a Guerra para Resistir Contra a Agressão dos EUA e Ajuda à Coreia (também chamada Guerra da Coreia) [ing. War to Resist US Aggression and Aid Korea [a.k.a. Korean War], e o espírito de Shangganling [batalha decisiva da Guerra da Coreia[1]]. Usaremos mentalidade de guerra, para reorientar a economia nacional.

* Preparar o país para guerra e construir reservas de alimento e energia. Vender todos os papéis dos EUA [ing.  U.S. bonds], e repatriar as reservas chinesas de ouro que estejam nos EUA. Retirar dos EUA cientistas, professores e alunos [chineses] que estejam nos EUA. Preparar para interrupção completa de relações com os EUA.

Significado de revide: ato ou efeito de responder a agressão com uma atitude semelhante, réplica; resposta; objeção

Nota:
[1]  "Batalha de Shangganling (chamada, nos EUA, Operation Showdown), na qual se demonstrou a crescente efetividade militar do Exército Voluntário do Povo Chinês [ing. Chinese People's Volunteer Army (cpva)] na Guerra da Coreia. A intervenção dos chineses em outubro e novembro de 1950 privou o Comando da ONU liderado pelos EUA de uma vitória dada por garantida, e definiu o efeito da Guerra da Coreia, que permanece até hoje num limbo estratégico. Depois de cinco ataques liderados pelos chineses e várias contraofensivas puxadas pelo VIII Exército dos EUA, a frente de combate foi estabilizada sem possibilidade de avanço para os dois lados, mas com as forças chinesas ainda exposta ao poder de fogo dos EUA em terra e pelo ar. Prolongadas negociações para resolver o impasse (iniciadas em julho de 1951) deram aos exércitos chineses a possibilidade de se rearmar, reformar as próprias forças e fixar um método tático competitivo. Os dois lados ficaram presos no impasse sobre a repatriação de prisioneiros na primavera de 1952, o que levou uma ONU frustrada a tentar infligir dano máximo aos exércitos chineses, ao mesmo tempo em que se apossava de território chave, para forçar os chineses a aceitar o pedido de repatriação voluntária. O fracasso da "Operação Showdown" convenceu os líderes norte-americanos de que o poder bélico com o qual podiam contar no teatro coreano não era suficiente para pôr fim à guerra." (GIBBY, Bryan R., "The Battle of Shangganling, Korea, October-November 1952", in  Journal of Chinese Military History, Vol. 6: n. 1. Online Publication: 31/5/2017, artigo, ing. Trecho do resumo, aqui traduzido, para finalidades acadêmicas. NTs).

A "AJUDA" AO LÍBANO EM RUÍNAS


Navios de guerra da NATO estão neste momento diante da costa libanesa:   o porta-helicópteros Tonnerre (França), o HMS Enteprise (Grã-Bretanha) e em breve mais um dos EUA.

No momento em que tantos países do mundo enviam para o Líbano equipes médicas e ajuda humanitária, o imperialismo envia esquadras com tropa de desembarque. Consideram um país exangue, mas dotado de petróleo e gás natural, como uma presa pronta para ser escravizada.

Os métodos de saqueio vão desde empréstimos sujeitos às condições ditadas pelo capital financeiro até a tropa da NATO.

Resistir.info

Leia em Página Global:

Portugal | Diz-que-diz-e-não-diz

Paulo Baldaia | Jornal de Notícias | opinião

No diz-que-diz da política à portuguesa, há poucas coisas mais estranhas que políticos a desmentir que tivessem dito o que deveras disseram. Eles desmentem porque, na verdade deles, o contexto em que disseram o que disseram mostra que queriam dizer coisa diferente. Ou, pelo menos, que as pessoas pensassem de modo diferente sobre aquilo que efetivamente eles falaram. Não tenha receio de se perder neste diz-que-disse, porque o leitor, por certo, faz parte do grupo que há muito confirmou que Rui Rio disse efetivamente que poderia negociar com o Chega se o Chega ficasse mais moderado e Ana Mendes Godinho disse efetivamente que a dimensão dos surtos nos lares não é demasiado grande. Então, porque se perderam eles?

Em relação à disponibilidade de Rio para negociar com um Chega mais moderado, convém começar por dizer que o líder do PSD já disse várias vezes que com este Chega não conversava mas que a conversa seria outra, se o Chega mudasse de atitude. Sem tema para debate, a contestação à determinação de Rio surgiu agora como podia ter surgido na sequência de entrevistas anteriores, à TSF ou ao Porto Canal. Rio afirma-se ao Centro, mas joga à Direita, podendo até esquecer o extremismo de Ventura, porque essa parece ser a única forma de o PSD regressar ao poder. Comete dois erros ao admitir essa possibilidade. O primeiro erro é a ajuda que é dada à afirmação do Chega e que começa a aparecer de forma sustentada em todas as sondagens. Podendo ganhar um parceiro forte para chegar à maioria, também enfraquece o PSD ao afugentar o eleitorado moderado para o PS. O segundo erro é a perda de credibilidade que acarreta admitir abraçar um projeto que inclua um radical xenófobo e racista, por muito que na hora de chegar ao poder esse radical esteja disponível para vestir a pele do cordeiro.

Com a ministra da Solidariedade, o problema é mesmo a perceção que se constrói a partir dos gabinetes ministeriais. As coisas ganham uma tal dimensão que, aos governantes, tudo parece desresponsabilidade. Afinal, nenhum humano tem o dom da ubiquidade, a omnipresença é uma coisa para os deuses. Morreram 18 pessoas num lar em Reguengos com falta de assistência, mas Ana Mendes Godinho quer salientar que temos 3% do total dos lares e 0,5% das pessoas internadas em lares que estão afetadas pela doença! Trabalha-se com o Excel, reduz-se tudo à proporção e já não há problema nenhum. Se calhar é mesmo assim, para quem não conhece os mortos são só números, mas quem pensa e fala assim não pode ser titular de uma pasta que tem no nome "Solidariedade".

*Jornalista

"Desde o início que os lares foram uma prioridade total para nós" - ministra


Em declarações aos jornalistas após uma visita a uma IPSS em Alcanena, Santarém, Ana Mendes Godinho realçou que os lares de idosos são, desde o início, uma prioridade "do Governo e de todos nós".

A propósito do documento da Ordem dos Médicos sobre o surto no lar de Reguengos de Monsaraz, na sequência do qual morreram 18 pessoas, a ministra referiu que a informação foi remetida para o Ministério Público, sublinhando que há "relatórios contraditórios".

"No dia 14 de julho, a Segurança Social fez um relatório de toda a situação e no dia 16 este relatório foi enviado para o Ministério Público", disse a ministra, frisando que "é nessa sede de processo que devem ser analisadas" todas as "matérias que constam dos vários relatórios que foram produzidos por várias entidades, alguns deles com elementos contraditórios".

O surto de Reguengos de Monsaraz, detetado em 18 de junho, provocou 162 casos de infeção, a maior parte no lar (80 utentes e 26 profissionais), mas também 56 pessoas da comunidade, tendo morrido 18 doentes (16 utentes e uma funcionária do lar e um homem da comunidade).

Posteriormente, num relatório da auditoria conhecido no dia 6 de agosto, a Ordem dos Médicos disse que o lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva não cumpria as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e apontou responsabilidades à administração, à Autoridade de Saúde Pública e à ARS.

A Procuradoria-Geral da República disse depois à Lusa que foi instaurado um inquérito sobre o surto de covid-19 neste lar e que está a analisar o relatório da Ordem.

Jornal de Notícias | Imagem: António Cotrim/Lusa

Leia em Jornal de Notícias:

Novo normal no planeta dos burros: três badaladas e um balde de cal


Mórbido mas... Sobre a matança dos idosos, inserida mundialmente no programa covid-19 fala-se em Portugal de Reguengos de Monsaraz e de outros locais destinados a esses mesmos, idosos. 

Esses tais que são atirados para os chamados lares ou prateleiras pré-adeus ou vai-te embora. O Expresso Curto aborda tudo isso, ou quase tudo. Não como muitos dos idoosos vêem e sentem na pele o referido “assunto”, mas o Curto “fala” sobre isso. Quem hoje manuseia o tema é João Silvestre, do Expresso do idoso (mas ativo, livre e sem ter sido encafuado num “lar”) Balsemão Bilderberg – que não é pinto mas sim galo na capoeira da Impresa. Conferido e dito.

Pois é verdade, os velhos estão a marchar para as portas do São Pedro – oxalá ainda mantenha as chaves das portas do céu. Quantos idosos é que já foram levados pelo covid-19, aqueles a partir dos 60 anos anos? Aqueles que até nem chegam à idade da reforma e das maleitas PDI (próprias da idade), revertendo tudo isso para muito menos despesas do SNS e o que mais vier de vantagens…

Claro que isto até parece conversas de más-línguas ou as chamadas teorias da treta… Mas que, feitas bem as contas, o covid-19 é só vantagens nesse aspeto económico-financeiro. Uff, que alívio… para o SNS, para as reformas e pensões da dita segurança social (quê?), para o orçamento e para os milhões destinados aos Novos e Velhos Bancos e seus ilustres banqueiros e associados… Enfim.

Não. Assim não vale. Coincidências tem levado os países, os governos desses países, os serviços de saúde desses países, os serviços sociais desses países, os responsáveis pela amálgama e desbundas governamentais e etceteras, a esquecerem-se dos “lares” de modo ao covid-19 os levar para as portas do tal Pedro que é São. Assim aconteceu no Reino Unido, assim foi em França, assim foi em Espanha… Mas porque é que em Portugal não havia de acontecer? Somos alguns “superes” ou o quê?

Não. Isto não foi nem está a ser programado. Mas, já agora, até pode ser aproveitado. Dá jeito. Afinal a culpa, as responsabilidades são do cobid-19… Esse não podemos processar, nem depor ou demitir.

Já agora, sendo que é uma questão de fazerem as contas, vejam lá quantos milhões representam as poupanças nos achaques PDI, pensões e reformas, eteceteras prós idosos, graças ao covid-19. E isso será ver pela rama, sem ir ao fundo, às raízes.

Adiante. Do covid não vai rezar a história. Até porque estamos todos bem neste tal e tão propalado “novo normal” que nos estão a impingir e a tolher. Uns bons coices resolveriam isto tudo… mas isso aconteceria se fosse umas grandessíssimas bestas. Não somos, pois não?

Está tudo muito bem. Vamos ficar muito bem, no novo normal. Sem teorias da conspiração mas com três badaladas e um balde de cal tudo se resolve. Sendo que agora não será bem assim porque em muitos casos o “forno” espera-nos… e aquece-nos. Chama-se incineração.

Bom dia. Proteja-se das ministras-tias que nem lêem relatórios, só instruções de pouca ou nenhuma valia. Talvez leiam sobre as vantagens e aplicações sobre produtos de beleza… "Tias socialistas”, pois. É esta espécie de nova vida num novo normal, no planeta dos burros.

Siga para o Curto. Vale, e disso dissemos muito pouco, ou talvez não. Leiam, não dói nada.

MM | PG

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