Vai ver que foi porque eu fiz mais de um quilo de cocô pelo nariz
# Publicado em português do Brasil
José Roberto Torero* | Diário de
Bolso
Diário, alguma coisa não está me
cheirando bem. Vai ver que foi porque eu fiz mais de um quilo de cocô pelo nariz.
A esquerdalha está comemorando a minha doença. Os caras não param de fazer
piada comigo. Um disse “nunca pensei que o problema do presidente seria não
fazer merda”, outro falou “ele mentiu até quando disse ‘caguei’” e um outro
soltou: “o presidente anda muito cheio de si”. Demorei meia hora pra entender
essa última.
Também aproveitaram as minhas frases antigas e disseram coisas como: “Não
cagou? E daí?”, “Todo mundo vai morrer”, “Deixa de mimimi e põe um
supositório”, e “Que que eu posso fazer? Não sou cocoveiro.”
Os canhotos riem, mas esse meu entupimento veio bem a calhar. Como estou com
cagaço de enfrentar essa CPI da covid, aproveitei o meu estado descocomentoso
pra me fazer de vítima. Aquela foto de mim cheio de tubo já foi isso. Porque o
meu marquetim é esse: quando não tô matando, tô morrendo.
Nós, Messias, somos assim: uma hora dizemos que somos todo-poderosos, outra
hora estamos sofrendo na cruz.
Se eu fosse uma pizza, ia ser mezzo “ninguém me segura”, mezzo “coitadinho de
mim”.
Se eu fosse uma dupla sertaneja, seria “Fodão” e “Fodido”.
Pena que eu vou perder umas motociatas. Mas tudo bem. O Carluxo já teve a ideia
de fazer um novo tipo de manifestação. Meu filho é um gênio!
Quer saber o que é, Diário? Então vou contar. É uma coisa muito melhor que um
panelaço. É um privadaço!
Todos os meus bolsominions vão fazer cocô ao mesmo tempo. O barulho dos peidos
vai ser muito maior que o das panelas. E o cheiro vai se espalhar pelo país
inteiro. Todo mundo vai lembrar de mim por um bom tempo.
Bom, Diário, agora chega de escrever. Vou me levantar e escovar os dentes, que
meu bafo não tá fácil. Só não sei se uso uma escova normal ou uma escovinha de
privada.
* #diariodobolso
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